quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Conheça a o Projeto Social AMCS

                                          


A AMCS (Associação de Mo
radores e Comerciantes do Santarém) é uma entidade social sem fins lucrativos com atuação voltada para o fortalecimento da comunidade da Zona Norte de Natal.

Sua fundação 

Foi fundada com o objetivo de integrar moradores e Comerciantes locais.

Ações 

A AMCS promove ações esportivas, culturais e de lazer contribuindo para o bem-estar e desenvolvimento social de crianças, adolescentes, adultos, idosos e pessoas com deficiência, incluindo pessoas com deficiência física e intelectual.

 

Compromisso com a inclusão 

O trabalho da AMCS é guiado pelo compromisso com a inclusão, o respeito à diversidade e o fortalecimento da cidadania por meio de projetos transformadores.

 

Missão da AMCS

Promover a inclusão social, o desenvolvimento humano e comunitário por meio de atividades esportivas, culturais, educativas e de lazer. fortalecendo os vínculos entre moradores e comerciantes da região de Santarém na Zona Norte de Natal.

 

Visão AMCS

Ser reconhecida como uma referência em ações comunitárias e de impacto social na cidade de Natal promovendo oportunidades, cidadania e transformação para todos os públicos, especialmente os mais vulneráveis.

 

Valores AMCS

Inclusão - Respeitamos e acolhemos todas as pessoas, independentemente de idade, condição física, origem ou crença.

Solidariedade - Agimos com empatia, cooperação e compromisso coletivo.

Transparência - Nossos processos são claros, éticos e acessíveis à comunidade.

Cidadania - Trabalhamos para garantir direitos e deveres de todos os cidadãos.

Respeito à diversidade - Valorizamos a pluralidade cultural, étnica e social do nosso território.

Comprometimento social - Temos responsabilidade com a transformação da nossa realidade local.

Oportunidade - Acreditamos no poder de criar e ampliar oportunidades para que todos possam se desenvolver de forma digna e igualitária.

 

Esportes 

Taekwondo - é uma arte marcial e esporte olímpico e paralímpico de origem coreana. Nossos atletas se destacam em competições de níveis estadual, regional, nacional e internacional.

Somos a atual equipe Campeã Regional Nordeste (2024). Alguns atletas nosso recebem benefícios de bolsa atleta estadual e nacional.

Através das aulas do mestre Dennys Alison, que é técnico da Seleção brasileira de paratekwondo, nossos diamantes vêm conhecendo o Brasil e o mundo nos representando.

Capoeira 

Expressão cultural afro-brasileira que mistura arte marcial, dança e música. A capoeira ajuda no desenvolvimento físico, musical e histórico-cultural dos praticantes, promovendo inclusão e identidade. Nossos alunos nos representam em rodas e competições estaduais. Nosso professor responsável é o Wesley Gregório.

 

Dança, terapia e Zumba

Combina movimentos livres de dança com técnicas terapêuticas. Ajuda no autoconhecimento, alívio de tensões e melhoria da saúde mental e emocional dos participantes. Modalidade que mistura dança e exercícios aeróbicos ao som de ritmos latinos e brasileiros. É uma forma divertida e eficaz de manter a forma e melhorar o humor e aumentar a energia. Nosso grupo adulto lota as aulas do professor TH - Thiago Freitas.

 

Futebol 

Esporte coletivo que trabalha espírito de equipe, coordenação, resistência física e respeito às regras.

 

Projeto Social Galerinha do Sol


                                                    
               Maria Ivanira  
Coordenadora do Projeto Social Galerinha do Sol
     

Bingo dos Pais – Projeto Social Galerinha do Sol

O Projeto Galerinha do Sol viveu momentos de muita alegria e confraternização com os pais e os meninos do projeto - o Bingo dos Pais.

Cada pedra chamada foi pura emoção. Agradecimentos aos parceiros: General Girão, Coronel Hélio, Deputado Hermano Morais, Major Santos, Junior Churrasco, Luk Gráfica e Mayara Pescados que fizeram este momento.

   Aula de Flauta Doce no Projeto Social Galerinha do Sol



Pequenos talentos e grandes sonhos, onde cada nota é um passo para formar cidadãos do bem e cheios de futuro. 

Judô é disciplina, respeito e superação



Treinos às terças e quintas feiras no Conselho Comunitário Cidade do Sol.

Venha fazer parte!

Momento de civismo e união: Desfile dos jovens do Projeto Social Galerinha do Sol


Dia 24 de setembro o Projeto Social Galerinha do Sol realizará um desfile pelas ruas do Conjunto Cidade do Sol em conjunto com uma Banda Marcial em comemoração à Semana da Pátria e ao 7 de setembro.

 

 


Plano Brasil Nordeste de Transformação Ecológica

 O Futuro é Agora!

                                                    
Maciel Macilei - Empreendedor digital


                                         Foto: Neoenergia.com


O Nordeste Brasileiro reúne uma combinação de potencialidades e desafios estruturais que a tornam, simultaneamente, como uma das mais vulneráveis as mudanças climáticas e uma das mais promissoras no processo de descarbonização da economia.

 

Por um lado, a região convive com um cenário complexo de governança para a transição econômica, além da persistência de desigualdades e outros desafios sociais. Gargalos regulatórios e a ausência de instrumentos de ordenamento territorial eficazes e integrados fragilizam a governança ambiental e climática. A conjuntura é agravada por desigualdades sociais persistentes, êxodo rural, baixa qualificação de mãos de obra e dificuldades no acesso a financiamento para iniciativas sustentáveis, o que limita o protagonismo de pequenos empreendimentos e comunidades tradicionais na nova economia verde.

 

Essas vulnerabilidades históricas têm sido intensificadas pelos efeitos das mudanças climáticas, que afetam de forma desproporcional os territórios e populações mais frágeis. A insegurança hídrica, a desertificação e o avanço do nível do mar pressionam ainda mais o a gestão de recursos naturais, elevam o custo de vida, prejudicam o turismo e agravam a pobreza e a migração forçada.

 

É neste cenário que o Nordeste desponta como território estratégico para a transformação ecológica do Brasil em oportunidades como a produção excepcional de energia renovável solar, hidrelétrica e, mais recentemente, o hidrogênio verde. A região também se beneficia de uma rica bioeconomia e da sustentabilidade agrícola, valorizando a diversidade de biomas como a Caatinga e os ecossistemas marinhos, além da inclusão da agricultura familiar em cadeias de valor.

 

Soma-se a isso o investimento crescente em inovação, infraestrutura e planejamento sustentável que buscam a integração logística e aumento da capacidade hídrica, além de investimentos em capacitação e capital humano.

 

Nesse contexto, a Estratégia Brasil Nordeste se soma e parte de iniciativas estaduais e federais para potencializar os fundamentos do desenvolvimento regional de forma sustentável e inclusiva, promovendo justiça climática, segurança ambiental e oportunidades produtivas ancoradas nas vocações territoriais nordestinas. Assim, a construção do Plano Brasil Nordeste, enquanto parte da Estratégia, é fruto do reconhecimento de que a transformação ecológica deve ser guiada por princípios de equidade, participação e fortalecimento da capacidade institucional regional, articulando politicas de desenvolvimento com ações estruturantes de adaptação e mitigação climática.

 

Objetivos

 

1. Prosperidade compartilhadas como ponto de partida.

 

2. Tecnologia e desenvolvimento a serviço das pessoas e do meio ambiente.

 

3. Propostas estruturantes

 

3.1. Inclusão e Acesso a Investimentos Sustentáveis

3.2. Fortalecimento de Instrumentos Financeiros Regionais

3.3. Descentralização quanto ao acesso as iniciativas já existentes.

3.4. Valorização e Conservação da Caatinga e demais biomas.

3.5. Desenvolvimento da Bioeconomia Regional.

3.6. Expansão e Integração da Infraestrutura Energética

3.7. Desenvolvimento Inclusivo e Sustentável da Transição Energética

3.8. Regulação e Inclusão Social

3.9. Geração de Valor.

3.10. Infraestrutura Verde e Resiliência Climática

3.11. Monitoramento, Prevenção e Resposta a Desastres

 

4. Propostas de Intervenção

 

4.1. Inclusão Produtiva Sustentável e Inovadora.

4.2. Integração Territorial e Aperfeiçoamento Normativo

 

Consórcio Nordeste – O Brasil que cresce unido! Esse deveria não ser tão somente um tema ou um tópico, pois o Brasil é o “celeiro do mundo”, aqui tudo tem, tudo se planta e tudo se colhe...

 

Porque não se industrializar de um tudo um todo, de forma assertiva e tecnológica?

 

Macilei Maciel 

CEO RECILIX

 

Crédito da foto

Foto: neoenergia.com

 



PL da Adultização: o que muda para plataformas e pais, segundo especialista

                              Direito e Segurança Pública

Jeoás Santos - Advogado militarista

                                                                           

                                                       Foto: Freepik

O Senado Federal aprovou, no último dia 27 de agosto, o Projeto de Lei 2.628/2022 — conhecido como PL da Adultização nas Redes ou ECA Digital. A proposta segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e estabelece um marco importante na proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital.

O texto traz mudanças que impactam diretamente famílias, plataformas digitais e empresas de tecnologia, impondo novas responsabilidades civis e sanções severas em caso de descumprimento.

De acordo com o advogado civil Jeoás Santos, o projeto representa um avanço no sentido de adaptar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) à realidade das redes sociais e dos jogos online.

“Estamos diante de uma legislação que busca equilibrar dois pontos fundamentais: a proteção integral de crianças e adolescentes e a responsabilidade civil das plataformas digitais. O PL da Adultização deixa claro que a omissão das empresas diante de conteúdos abusivos ou da exposição precoce de menores pode gerar penalidades graves”, explica o advogado especialista em direito cível, Jeoás Santos.

 Seis pontos essenciais do projeto:

 - Contas sob supervisão – Menores de até 16 anos só poderão ter contas em redes sociais com vínculo a um responsável. Plataformas terão de adotar mecanismos de verificação de idade mais eficazes.

- Remoção imediata de conteúdos nocivos – Postagens com indícios de exploração, aliciamento ou abuso infantil deverão ser retiradas após notificação, sem necessidade de ordem judicial.

- Proibição de loot boxes em jogos – Jogos online não poderão oferecer caixas de recompensa (“loot boxes”) a menores, prática comparada a jogos de azar.

- Ferramentas de controle parental – Plataformas serão obrigadas a disponibilizar mecanismos para limitar tempo de uso, bloquear conteúdos e restringir comunicação direta entre adultos e crianças.

- Publicidade e proteção de dados – Fica vedada a publicidade direcionada e o uso de técnicas de perfilamento e manipulação emocional em contas de menores.

- Sanções rigorosas – As penalidades incluem multas de até R$ 50 milhões ou 10% do faturamento da empresa, além de possibilidade de suspensão das atividades no país.

 Análise jurídica

Para Jeoás Santos, o texto abre debates relevantes sobre a responsabilidade civil das plataformas e o equilíbrio entre proteção de menores e garantias constitucionais, como liberdade de expressão e privacidade.

“O projeto se conecta ao Marco Civil da Internet e à LGPD, mas vai além ao prever regras específicas para a infância. A questão prática será a fiscalização e a viabilidade técnica de algumas exigências, como a verificação de idade. É um desafio jurídico e tecnológico que exigirá colaboração entre empresas, famílias e órgãos de controle”, ressalta o advogado.

Crime pode ser tipificado na área criminal e cível*

De acordo com o jurista, os primeiros passos legais que os pais ou quem identificar um comentário inadequado em alguma postagem com seus filhos ou crianças são: preservar as provas, fazendo prints da tela com data, hora, link e perfil do autor do comentário. Se possível, registrar em cartório (ata notarial) ou utilizar serviços que certificam o conteúdo online, não responder aos comentários, evitar interação para não gerar interpretações de provocação ou consentimento, denunciar o perfil na plataforma e registrar um Boletim de Ocorrência, que pode ser feito presencialmente ou pela delegacia virtual, relatando o ocorrido, e por fim, consultar um advogado especialista. 

O advogado vai definir a melhor estratégia para retirada imediata do conteúdo inadequado e responsabilização e quais processos serão movidos na área criminal, na qual será configurado como injúria, difamação ou calúnia (arts. 138 a 140 do Código Penal), a depender da situação. Haverá um possível agravante do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), por envolver a criança e adolescente. O objetivo é punir o autor do comentário ou publicação indevida. Na área cível buscaremos uma ação de indenização por danos morais contra o autor (ou responsável, se menor) com o objetivo de reparar financeiramente o dano causado e coibir práticas idênticas. 

“A diferença basicamente se refere ao âmbito da responsabilização e as consequências, pois na esfera criminal se busca a penalização pela conduta tipificada no Código Penal, ao passo que na esfera cível a responsabilização e compensação pecuniária pelos danos causados pelo ato ilícito praticado”, explica.

*Orientações para os pais*

Compartilhar momentos da infância dos filhos nas redes sociais e, em muitos casos, os riscos da exposição de vídeos, fotos e textos de crianças não são avaliados pelos pais ou responsáveis. É importante sempre lembrar que esses conteúdos que podem circular por todo mundo são memórias importantes da infância de alguém. E mesmo que tenha boas intenções, a superexposição de crianças e adolescentes pode ser perigosa e gerar constrangimento infantil, violação da privacidade das crianças, perda do controle das imagens postadas e até roubo de dados ou exposição a assediadores e outras violências virtuais.

Em casos, em que exposição gera algum dano a responsabilização dos pais deve ser avaliada caso a caso. “Em tese, o simples ato de postar fotos não gera culpa, se terceiros fizerem comentários ofensivos. Neste caso, a responsabilidade é de quem praticou a ofensa. Porém, recomenda-se cuidado com a exposição dos menores (inclusive pelo ECA, que protege a imagem da criança), pois se caracterizada a exploração, exposição, irresponsabilidade e falta de cuidado do responsável pode responder sim”, alerta Jeoás Santos.

Fragmentos de uma Viajem

 Nordeste do Nordeste







Oziel Miranda - mirandaozieldionisio@gmail.com



Em 1958, surge o livro Oiteiro de autoria de Magdalena Antunes, onde ela traz a memória a sua vida de menina, considerada a primeira memorialista do Rio Grande do Norte.

Das suas lembranças gostaria de destacar a viajem de Ceará Mirim para Natal com destino para Recife, onde iria estudar no Colégio São José.

Magdalena ao falar sobre a viajem diz que em uma linda madrugada de maio, as duas horas da manhã, seu Zé Vedóia, um dos empregados bate à porta, dizendo, "Seu Coroné as barras já vão quebrando".

Com esse aviso todos se levantam, "era um abrir e fechar de malas", Virgínia coando o café e os cavalos já se encontravam selados no pátio.

A caminho de Natal, a liteira era o transporte que conduzia sua mãe, sua irmã e a própria memorialista.

Ao amanhecer, seu pai apresenta a Lagoa de Extremoz. A autora do Oiteiro poeticamente nos diz: "Já estávamos pertinho daquele enorme espelho de prata derretida, e em poucos minutos beirávamos a lagoa e as patas dos cavalos faziam chá, chá, na areia embebida d'água e as pedrinhas estalavam pulando dos lugares".

No caminho, uma pausa na "Passagem da Vila", a liteira pára no alpendre da casa de sinhá Joaninha, Magdalena lembra que havia "uma garrafa de aguardente pendurada à porta principal”, na cozinha raspava-se coco, matavam-se galinhas, o milho batido no pilão para fazer o angu.

Ao meio dia foi servido o almoço, a memória da autora é minuciosa em detalhes: "Foi nos servido o almoço numa larga e curta mesa, com uma toalha de algodão muito alva e rodeada de franjinhas, desfiada na mesma fazenda, garrafas servindo de floreiras com ramos de manjericão e angélicas, garfos e facas espelhados como prata polida".

Pelas duas horas da tarde continuaram a viajem. Magdalena ao chegar a Aldeia Velha, avista no alto uma igrejinha, segundo ela, "era uma ermidazinha sem nome, muito humilde aparentemente". Pediu a mãe para ir ao local, pedir a Nossa Senhora três graças.  Sua tia disse que quem entrava numa igreja pela primeira vez o pedido era alcançado. Questionada qual era a graça, se nega a responder.

Seu pai ao se aproximar da liteira, começa a prosear, diz que na Aldeia Velha, morou um homem chamado Torres, que curava as pessoas de engasgo. O curador perguntava para que lado estava a pessoa engasgada e fazia uma oração e o engasgo acabava.

As dezessete horas chegam a Coroa, ficam à espera dos botes para atravessar o Rio Potengi para Natal.

 


terça-feira, 4 de novembro de 2025

Yara e os Guardiões da Floresta

             Isabella  
 

Yara sempre foi fascinada por fotografia. Aos 13 anos, carregava sua câmera para todos os lugares, mesmo quando parecia que não havia nada digno de foto. Naquele verão, porém, sua vida mudaria. Ela e a mãe, Marize, uma bióloga dedicada à preservação da fauna brasileira, viajaram para a Amazônia. O destino era um centro de conservação de animais silvestres, em parceria com uma aldeia Tikuna.

A primeira impressão de Yara foi esmagadora. A imensidão da floresta parecia um oceano verde sem fim, e o calor úmido fazia o ar pesar. Assim que chegaram ao centro, Yara conheceu outros jovens que também passariam férias ali: Lucas, um garoto engraçado e cheio de medo de insetos, mas apaixonado por tecnologia; Duda, corajosa e impulsiva, que adorava animais e não ligava de se sujar; e Ravi, quieto, de olhar profundo, que parecia entender a selva de um jeito diferente. ´

Na mesma tarde, Tupã, um jovem indígena da aldeia vizinha, apareceu para guiá-los e apresentar a floresta. Ele não falava muito, mas sua presença impunha respeito — como se fosse parte da mata.

Numa noite especial, Tupã levou os amigos até uma clareira onde vivia Nayra, uma onça-pintada rara, protegida pelo centro e considerada sagrada pelos Tikuna. Seus olhos dourados refletiam o fogo da fogueira, e Yara, encantada, tirou dezenas de fotos. “Ela não é apenas um animal”, explicou Tupã. “É guardiã da floresta. Sua força mantém o equilíbrio.” Yara não entendeu totalmente, mas sentiu o peso daquelas palavras.

Na madrugada seguinte, um alvoroço despertou a todos. Nayra havia desaparecido. A jaula estava arrombada, pegadas se espalhavam pelo chão e um rastro de gasolina denunciava: caçadores. Marize e os outros adultos do centro tentaram organizar uma busca, mas chuvas fortes isolaram a região, e a comunicação por rádio falhou. Sem conseguir esperar, Yara reuniu os amigos. “Não podemos deixar que levem Nayra. Se ficarmos parados, vai ser tarde demais.” Tupã concordou, e os cinco decidiram se aventurar sozinhos.

A floresta parecia testar cada passo. Cruzaram igarapés, enfrentaram lamaçais e se perderam em trilhas que mudavam de lugar. Lucas usou seu drone para sobrevoar a mata, mas um gavião derrubou o aparelho. Duda caiu em um atoleiro e quase foi sugada, sendo salva por Ravi, que surpreendeu a todos ao acalmar a garota com uma canção em tupi que ele dizia ter sonhado. Yara registrava tudo com sua câmera, percebendo que cada clique era uma memória preciosa daquela jornada.

As pistas os levaram até símbolos gravados em pedras próximas a uma cachoeira. Tupã explicou que eram marcas deixadas por caçadores ilegais para se guiar. O grupo acendeu tochas e seguiu pelo caminho até encontrar um acampamento escondido: gaiolas cheias de aves raras, macacos e, ao fundo, uma enorme jaula coberta. O coração de Yara disparou ao ver os olhos dourados por entre as grades — era Nayra.

Mas o vilão por trás de tudo surgiu: Dr. Vítor Vargas, um empresário estrangeiro que fingia ser ecologista, mas comandava o tráfico de animais silvestres. Ele ria enquanto negociava pelo rádio a venda da onça. “Este animal vale milhões. É perfeito para colecionadores de luxo.” Os jovens se esconderam, apavorados. “Precisamos de um plano”, cochichou Yara. “Se formos de frente, estamos perdidos.”

Foi então que cada um mostrou sua força. Lucas improvisou armadilhas com cordas e restos do acampamento. Duda, destemida, se esgueirou até as gaiolas para soltar os animais menores. Ravi distraiu os guardas imitando sons da floresta, enquanto Tupã se movia silencioso como um caçador ancestral. Yara, com o coração acelerado, filmava tudo, pronta para expor Vargas.

No momento certo, Duda abriu a jaula de Nayra. A onça saltou com um rugido que ecoou pela mata, assustando os caçadores. Os animais soltos criaram um caos no acampamento: araras voando, macacos roubando lanternas, tamanduás correndo entre os homens. Vargas tentou escapar, mas Tupã o derrubou com um golpe certeiro de cajado. Foi Nayra, porém, quem impediu a fuga definitiva: com um salto poderoso, ela bloqueou o caminho do vilão, mostrando que a floresta se defendia sozinha.

Quando os adultos finalmente chegaram, guiados pelo barulho e pelas filmagens de Yara, encontraram os caçadores amarrados e todos os animais libertados. Marize abraçou a filha com lágrimas nos olhos, orgulhosa e assustada ao mesmo tempo. Nayra voltou para sua clareira, observando o grupo com um olhar quase humano, como se reconhecesse a coragem daqueles jovens.

Na despedida, os amigos se sentaram à beira do rio. O sol se punha atrás das árvores, pintando o céu de laranja.

— Nunca pensei que fosse capaz disso tudo — disse Lucas, rindo.

— Nem eu — completou Duda, segurando a mão de Ravi.

Tupã olhou para Yara. — Agora a floresta confia em você.

Yara sorriu, levantando a câmera para registrar aquele momento. “A aventura pode acabar aqui, mas essa memória vai viver para sempre.”

E assim, cinco adolescentes tão diferentes se tornaram Guardiões da Floresta, unidos por um segredo, uma amizade e uma promessa: nunca deixar de lutar pelo coração vivo da Amazônia.

 

Uma breve análise da malha viária de Natal

Lima Freire - Presidente da FECNAT
jlimaf4@gmail.com

Fizemos uma análise da malha viária de Natal, no que se refere a situação atual e principais aspectos e chegamos à seguinte conclusão: 

Quanto às rodovias estaduais e federais próximas e que estão interligando Natal. As rodovias BR-101 e BR-304 são vias de grande importância para a conexão de Natal ao litoral, interior e a estados vizinhos.  Há problemas significativos de manutenção, pavimentação e sinalização nestas rodovias: muitos trechos com buracos, desvios provisórios, lentidão em obras de recuperação asfáltica.

Referente a qualidade geral da malha rodoviária do Estado, identificamos através de levantamentos da Confederação Nacional de Transportes (CNT), os quais mostram que cerca de 60-70% da malha pavimentada do RN está em condições regulares, ruins ou péssimas. Em particular, 63% dos trechos avaliados apresentam problemas com o pavimento. A geometria da via, curvas perigosas, falta de acostamento e sinalização deficiente são contingências frequentes. O mau estado das rodovias acarreta prejuízos econômicos: aumento do custo operacional do transporte (combustível, manutenção de veículos), atrasos logísticos e consequente reflexo no preço final dos produtos. 

Quanto à infraestrutura viária urbana em Natal, há iniciativas recentes da Prefeitura para melhorar avenidas, calçadas, ciclovias e a fluidez do tráfego. Um exemplo é o conjunto de obras realizadas na Avenida Felizardo Moura, que inclui faixa reversível, trincheira e reforma de calçadas, além de instalar ciclovias.  A Avenida Maranguape é um dos corredores urbanos importantes: conecta a Zona Norte e serve como via de acesso para distritos industriais e cidades litorâneas. Há congestionamentos frequentes nos horários de pico. Já o Transporte ferroviário urbano, O Sistema de Trens Urbanos de Natal (CBTU) conta com duas linhas ligando Natal a municípios vizinhos, com cerca de 56-77 km de extensão (o valor varia conforme extensão considerada). Embora exista esse modal, há oportunidades de expansão ou melhorias no serviço (frequência, integração com outros modais, acesso). Não há dados recentes suficientes para avaliar totalmente sua capacidade frente à demanda. 

No que diz respeito às principais fraquezas e desafios das vias, anotamos que a pavimentação e manutenção encontram-se insuficientes, muitas rodovias estaduais e federais em estado precário, buracos, trechos danificados, o que agrava em períodos de chuvas, assim como, desvios temporários mal pavimentados agravam o problema também. 

No que se refere a sinalização, geometria e segurança viária, a falta de acostamento em muitos trechos, curvas perigosas sem sinalização adequada, também são prejudiciais em vias urbanas, invasões de calçadas, obstruções (como esgoto, calçadas avançadas sobre leito da via) prejudicam a segurança e fluidez. A capacidade de tráfego e congestionamentos tornam-se um grande desafio, corredores principais (avenidas que conectam zonas residenciais, áreas industriais, zonas de comércio/turismo) enfrentam congestionamentos, principalmente em horários de pico. As obras muitas vezes geram transtornos e atrasos (como no caso da BR-304, entre Macaíba e Parnamirim). 

Quanto à integração modal e mobilidade urbana, podemos destacar que a mobilidade urbana depende fortemente do transporte rodoviário e do automóvel. As alternativas como trens urbanos ainda têm papel limitado. A infraestrutura de calçadas, ciclovias etc., embora em desenvolvimento, ainda está aquém do ideal para pedestres e ciclistas. Há uma luz no fim do túnel, chamamos de pontos fortes, os quais são projetos em andamento que visam melhorias estruturais urbanas são as obras que mostram comprometimento em melhorar a mobilidade urbana, calçadas, ciclovias, fluxo de tráfego, intervenções para fluidez em vias de acesso, como abertura de faixas reversíveis, novas conexões viárias (trincheiras ou viadutos) que buscam descongestionar corredores importantes. Precisamos, também, de um sistema de trens urbanos com potencial, pois há espaço para ampliação ou melhoria no serviço para atender mais usuários.