terça-feira, 4 de novembro de 2025

Uma breve análise da malha viária de Natal

Lima Freire - Presidente da FECNAT
jlimaf4@gmail.com

Fizemos uma análise da malha viária de Natal, no que se refere a situação atual e principais aspectos e chegamos à seguinte conclusão: 

Quanto às rodovias estaduais e federais próximas e que estão interligando Natal. As rodovias BR-101 e BR-304 são vias de grande importância para a conexão de Natal ao litoral, interior e a estados vizinhos.  Há problemas significativos de manutenção, pavimentação e sinalização nestas rodovias: muitos trechos com buracos, desvios provisórios, lentidão em obras de recuperação asfáltica.

Referente a qualidade geral da malha rodoviária do Estado, identificamos através de levantamentos da Confederação Nacional de Transportes (CNT), os quais mostram que cerca de 60-70% da malha pavimentada do RN está em condições regulares, ruins ou péssimas. Em particular, 63% dos trechos avaliados apresentam problemas com o pavimento. A geometria da via, curvas perigosas, falta de acostamento e sinalização deficiente são contingências frequentes. O mau estado das rodovias acarreta prejuízos econômicos: aumento do custo operacional do transporte (combustível, manutenção de veículos), atrasos logísticos e consequente reflexo no preço final dos produtos. 

Quanto à infraestrutura viária urbana em Natal, há iniciativas recentes da Prefeitura para melhorar avenidas, calçadas, ciclovias e a fluidez do tráfego. Um exemplo é o conjunto de obras realizadas na Avenida Felizardo Moura, que inclui faixa reversível, trincheira e reforma de calçadas, além de instalar ciclovias.  A Avenida Maranguape é um dos corredores urbanos importantes: conecta a Zona Norte e serve como via de acesso para distritos industriais e cidades litorâneas. Há congestionamentos frequentes nos horários de pico. Já o Transporte ferroviário urbano, O Sistema de Trens Urbanos de Natal (CBTU) conta com duas linhas ligando Natal a municípios vizinhos, com cerca de 56-77 km de extensão (o valor varia conforme extensão considerada). Embora exista esse modal, há oportunidades de expansão ou melhorias no serviço (frequência, integração com outros modais, acesso). Não há dados recentes suficientes para avaliar totalmente sua capacidade frente à demanda. 

No que diz respeito às principais fraquezas e desafios das vias, anotamos que a pavimentação e manutenção encontram-se insuficientes, muitas rodovias estaduais e federais em estado precário, buracos, trechos danificados, o que agrava em períodos de chuvas, assim como, desvios temporários mal pavimentados agravam o problema também. 

No que se refere a sinalização, geometria e segurança viária, a falta de acostamento em muitos trechos, curvas perigosas sem sinalização adequada, também são prejudiciais em vias urbanas, invasões de calçadas, obstruções (como esgoto, calçadas avançadas sobre leito da via) prejudicam a segurança e fluidez. A capacidade de tráfego e congestionamentos tornam-se um grande desafio, corredores principais (avenidas que conectam zonas residenciais, áreas industriais, zonas de comércio/turismo) enfrentam congestionamentos, principalmente em horários de pico. As obras muitas vezes geram transtornos e atrasos (como no caso da BR-304, entre Macaíba e Parnamirim). 

Quanto à integração modal e mobilidade urbana, podemos destacar que a mobilidade urbana depende fortemente do transporte rodoviário e do automóvel. As alternativas como trens urbanos ainda têm papel limitado. A infraestrutura de calçadas, ciclovias etc., embora em desenvolvimento, ainda está aquém do ideal para pedestres e ciclistas. Há uma luz no fim do túnel, chamamos de pontos fortes, os quais são projetos em andamento que visam melhorias estruturais urbanas são as obras que mostram comprometimento em melhorar a mobilidade urbana, calçadas, ciclovias, fluxo de tráfego, intervenções para fluidez em vias de acesso, como abertura de faixas reversíveis, novas conexões viárias (trincheiras ou viadutos) que buscam descongestionar corredores importantes. Precisamos, também, de um sistema de trens urbanos com potencial, pois há espaço para ampliação ou melhoria no serviço para atender mais usuários. 

 


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário