“O cenário político indica que irei para o julgamento popular mais uma vez, com o intuito de manter a representação que exerço na Assembleia Legislativa”, ressaltou o parlamentar
O terceiro entrevistado da nossa série 2021 é o deputado
estadual Hermano Moraes.
Confira a entrevista completa!
Aos 59 anos, casado, um casal de filhos Hermano da
Costa Moraes é natural de Natal/RN.
Possui o curso Superior em Direito e Pós-Graduado em Gestão Pública e é Advogado.
JORNAL CLARIM NATAL – Filiado a qual partido?
DEPUTADO
HERMANO MORAES – Partido
Socialista Brasileiro (PSB)
JORNAL CLARIM NATAL - Quem é o deputado Hermano Moraes?
HERMANO MORAES
- Um político que trabalha
arduamente e que encara a atividade pública como uma missão, lutando todos os
dias por igualdade e justiça social.
JCN - O senhor está em seu terceiro mandato. É pré-candidato à reeleição para
um quarto mandato de deputado estadual?
HERMANO MORAES
- Certamente. O cenário
político indica que irei para o julgamento popular mais uma vez, com o intuito
de manter a representação que exerço na Assembleia Legislativa. Sempre atento
ao social, mas também priorizando o desenvolvimento econômico, para que haja no
RN a oferta de oportunidades e seja possível a transformação social.
JCN - Foram aprovadas recentemente 2 leis de sua autoria. Quais?
HERMANO MORAES
- Nos últimos meses, a
produção parlamentar foi intensa. Na verdade, foram seis os projetos de nossa
autoria que viraram leis nesse período. Garantimos internet para fins
profissionais e educativos para pessoas que estão com o acesso comprometido,
criamos políticas estaduais de sanitização de ambientes e de combate às fake
news, avançamos com ações para atender pacientes com esclerose múltipla e
instituímos o ensino de primeiros socorros em escolas, além de iniciativas no
âmbito cultural. No contexto da pandemia, também destaco a lei que multa os
fura-filas, aprovada e sancionada no início deste ano, para assegurar a
vacinação prioritária dos grupos de risco contra a Covid-19.
JCN - Com seu trabalho reconhecido pelo povo, durante estes três mandatos o senhor
já possui mais de 95 leis aprovadas, além de 130 projetos de lei e mais de 4
mil requerimentos aprovados. Quais principais?
HERMANO MORAES - A regulamentação na produção de queijos artesanais foi um “gol de placa” do nosso mandato e por isso merece destaque. A cadeia produtiva, principalmente do Seridó, produz essa iguaria reconhecida internacionalmente e a obtenção do selo vai estimular ainda mais a sua comercialização. A referida Lei passou a ser referência para legislações elaboradas em outros estados.
Ainda no campo da economia, merece destaque o incentivo à produção do caju no RN, que sempre foi um grande exportador de castanha. O projeto para a inclusão de produtos derivados da cajucultura na merenda escolar foi aprovado e sancionado por iniciativa nossa.
Por fim, desta vez no campo social, destaco a criação do Fundo Estadual da Pessoa Idosa (FUNEPI). Ele é destinado a financiar os programas e ações relativas à pessoa idosa, para assegurar os seus direitos e criar condições para promover autonomia, integração e participação efetiva na sociedade. Uma iniciativa muito importante no contexto da proteção e defesa dos direitos da pessoa idosa.
JCN - No exercício de seu terceiro mandato, faça um
balanço de sua atuação como deputado estadual do RN.
HERMANO MORAES - Penso que esse é um julgamento que cabe mais à sociedade. Trabalho arduamente para corresponder à confiança depositada com muita entrega enquanto parlamentar. Posso dizer que temos hoje uma produção interessante, com muitos e bons projetos. O mandato é do povo e entendo que tenho que trabalhar e muito em prol dele. Não tenho faltas injustificadas em sessões e mesmo remotas, diante do atual contexto, me mantive ativo e produzindo.
O setor produtivo, o turismo, as crianças e os adolescentes e os idosos são constantes em nossa produção, como pilares do mandato.
JCN -- Quais dificuldades enfrentou em seus mandatos?
HERMANO MORAES
- Sou um defensor da
coincidência de mandatos e que os mesmos tenham duração de cinco anos. Uma
reforma política é necessária. Para um país em crise econômica como o nosso,
eleições a cada dois anos se tornam muito onerosas e exaustivas. Participar de
todos os pleitos dificulta o andamento de projetos exitosos. A má política
temporária de governo destrói as políticas de projetos a longo prazo.
JCN -- Quais são as suas expectativas para o período
eleitoral de 2022?
HERMANO MORAES
- Primeiramente, que a
pandemia tenha chegado ao fim. Só assim poderemos viver uma campanha eleitoral
de fato. Tranquilos quanto a nossa saúde e podendo dedicar atenção às decisões
que tomamos. A última, erroneamente, aconteceu no contexto de pandemia. As
entendíveis restrições impossibilitaram o grande público de conhecer melhor as
propostas dos candidatos. Portanto, a vacina e a consequente imunização darão
uma perspectiva de normalidade para o pleito. A democracia como de fato deve
ser.
JCN -- Quais projetos farão parte de sua pré-candidatura?
Cite os principais.
HERMANO MORAES
- Ainda é um momento
incipiente. Certo mesmo é que darei continuidade ao que vem sendo feito. Numa
ocasião pertinente, a ideia será de ampliar e observar as necessidades da
população para que se possa trabalhar de forma direcionada às carências, com
atenção aos direitos sociais e ao fortalecimento das nossas economias.
JCN -- O que não foi possível realizar neste mandato, que o senhor gostaria de
concretizar, caso seja reeleito?
HERMANO MORAES
- Acredito que muitos
debates foram impedidos de acontecer em razão da pandemia. Debates igualmente
importantes, mas que foram secundarizados. Ou seja: uma dificuldade do momento
e não exclusiva do mandato. Mas a atividade parlamentar exige essa
dinamicidade. Temos que estar atentos ao hoje. As necessidades da população
mudam e cabe a nós, deputados, acompanhá-las.
JCN -- Qual bandeira defenderá?
HERMANO MORAES
- Continuarei a defender
bandeiras que entendo como transformadoras, como a justiça social, a
empregabilidade e a educação. Estou certo de que os potiguares precisam é de
oportunidades.
JCN -- Estamos em tempo de pandemia, como o senhor analisa
a postura da Prefeitura de Natal e do Governo do Estado em seu enfrentamento?
HERMANO MORAES
- Em primeiro lugar, é
necessário dizer que qualquer tipo de divergência política no combate à
pandemia não deveria existir. Porém, não foi o que vimos. Na verdade, o que
mais houve foi a falta de comunicação e entendimento entre os dois entes.
O Governo do
Estado foi mais duro com as restrições para preservar vidas. As flexibilizações
editadas foram assertivas no momento em que os quadros da doença melhoraram. No
quesito vacina, ficou refém do Governo Federal para o recebimento das doses,
embora tenham se mexido para tentar adquirir outras.
A Prefeitura,
por sua vez, surfou na onda populista de querer abrir tudo cedo demais em nome
da economia e na defesa de remédios sem comprovação científica, que ofertavam
uma falsa esperança à população. Uma ação um tanto irresponsável, uma vez que
naquele momento, a cidade atravessava uma situação crítica em relação à doença
e não se podia, como alertou o MP e o TCU, direcionar as pessoas para
medicamentos ineficazes.
JCN -- O Fórum Varela atualmente não tem praticamente
atendimento para a população da Zona Norte de Natal, o que pode ser feito pelas
autoridades para mudar essa situação?
HERMANO MORAES
- Temos cobrado essa
ampliação de atendimento do Judiciário na Zona Norte por entendermos o tamanho
que possui essa região da cidade, que abrange praticamente 40% da população de
Natal. Além da justificativa demográfica, a nossa capital oferece um transporte
público de péssima qualidade, o que ficou mais evidente na pandemia. O que
reforça a necessidade do acesso à justiça facilitado do outro lado do Rio
Potengi.
JCN -- Deixe uma mensagem.
HERMANO MORAES
- Se cuidem, usem máscara,
higienizem as mãos com frequência e, se puderem, mantenham o distanciamento
social. As vacinas estão chegando e a normalidade está próxima. Os maus
momentos passam. Sairemos fortalecidos enquanto comunidade e seguros no poder
da ciência e da solidariedade humana.
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