domingo, 30 de maio de 2021

Coluna Sociedade & Cidadania com Lima Freire


 Desta vez, iremos nos reportar a infraestrutura colocada à disposição dos trabalhadores e trabalhadoras, durante a pandemia, como garantia mínima de segurança no trajeto entre a residência e o local de trabalho dos natalenses.

Todos nós estamos bem cientes dos riscos aos quais estamos expostos ao nos ausentar das nossas residências, quer seja para ir ao trabalho,  supermercados ou farmácias; porém, entre todos os deslocamentos que necessitamos fazer, há um que geralmente fazemos usando o transporte coletivo, é o deslocamento entre a nossa casa e o local de trabalho.

Nos últimos dias não tem sido tranquila essa viagem, tendo em vista que os transportes estão trafegando lotados.

Vale lembrar que na pandemia, as empresas de transportes de passageiros em Natal, reduziram deliberadamente a quantidade de carros nas linhas, atitude essa que desagradou a população e causou superlotação nos poucos ônibus.

Ressaltamos que, o serviço de transporte coletivo da cidade é um bem público e assim ter o cidadão como prioridade, esse serviço pertence a cidade e deveria ser outorgado através de licitação pública, mas, em Natal não é!

Esse fato, vem causando um grande desconforto à população, um vez que: os natalenses encontram-se à mercê dos empresários dos transportes coletivos, os quais não respeitam o povo, o prefeito da cidade, o secretário da STTU Secretaria Municipal de Transportes e Transito Urbano, os fiscais da STTU e como se não bastasse, o Ministério Público, esse último determinou o retorno, às ruas, de 100% da frota dos coletivos, há aproximadamente um mês, e até agora não houve ninguém em condições de fazer com que os empresários de ônibus cumpram com as determinações impostas.

Até aqui não houve punição e nem advertência para os desobedientes envolvidos; será que está havendo prevaricação por parte dos agentes públicos? Ou, o que há é uma conivência coletiva?

Está mais aproximado de prevaricação, pois todo o aparato público disponível, as empresas, aparenta um aparelhamento dessas usurpadoras do serviço público, o qual deveria ser objeto de certame licitatório.

Contudo, o bicho não está tão feio assim! A população de Natal não está mais sozinha, nos últimos dias começou a brilhar “uma luz no fim do túnel”, tivemos notícias boas em relação ao transporte público em nossa cidade e capital potiguar.

Apareceu uma alma boa no cenário político natalense, trata-se do vereador recém-eleito Milklei Leite, morador da Zona Norte, um dos cinco vereadores eleitos na região Norte em 2020.

É bom destacar que por iniciativa do vereador Milklei Leite tramita um projeto de lei que, se aprovado, autoriza proprietários de veículos escolares(Vans), ônibus de turismo e outros, fazerem o transporte de passageiros em horário de pico como frota suplementar, tal medida desafogaria grandemente a superlotação dos ônibus, todavia, o plenário da Câmara Municipal vetou a urgência do projeto, postergando a possibilidade de um refrigério para os trabalhadores e trabalhadoras que são usuários dos transportes coletivos de Natal.

Ora, a maioria dos vereadores são sabedores da penúria que a população passa com transportes precários, passagens caríssimas e lotação acima do permitido, mesmo assim não enxergaram a necessidade da urgência em meio a pandemia.

Destacamos que, estamos acompanhando o desenrolar dessa querela na Câmara Municipal, e seria de grande valia a população também acompanhar e fortalecer a iniciativa do vereador Milklei Leite, como também, cobrar dos demais vereadores a adesão ao projeto de lei, uma vez que sendo aprovado beneficiará todos os usuários dos transportes coletivos, até que o município tome vergonha e faça a licitação dos transportes em Natal

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