Marcelo
Henrique, presidente do Conselho Comunitário do Gramoré, Zona Norte de Natal
concedeu entrevista para falar sobre a Eleição Comunitária que poderá ser
realizada ainda este ano de 2021. Esta será a primeira de uma série com
informações voltadas para o processo eleitoral.
JORNAL
CLARIM NATAL - Quando
você assumiu a administração do Conselho Comunitário do Conjunto Gramoré?
MARCELO
HENRIQUE - Assumimos
junto com minha diretoria a administração do Conselho Comunitário na data de 29
de junho de 2018.
JORNAL
CLARIM NATAL - O
mandato de um presidente de Conselho Comunitário do Gramoré é de quantos anos?
MARCELO HENRIQUE - Segundo o estatuto, o mandato de um presidente de Conselho Comunitário e toda a sua diretoria é de três anos.
JCN - Quando encerra o seu mandato?
(mês e ano)
MARCELO
HENRIQUE - Tendo em
vista, termos assumido no dia 29 de junho o nosso mandato para se completar os
três anos, vai até o dia 29 de junho de 2021.
JCN - Que balanço você faz de sua
gestão?
MARCELO
HENRIQUE - O
Conselho Comunitário do Gramoré é um Conselho que tem história, porém passou-se
muito tempo sem ninguém assumir, ficou vacante, sem diretoria e muitas vezes algumas
pessoas que assumiram não deram a real importância a instituição. Tentavam
fazer as coisas em benefício próprio e não do coletivo. Então, a gente faz um
balanço positivo, onde a gente veio buscando desde o início melhoria do
coletivo, a busca da melhoria coletiva.
JCN - Quais foram os principais
investimentos e realizações de sua gestão?
MARCELO
HENRIQUE - Diversas
foram as realizações, benfeitorias que se tornaram marca de nossa gestão. Não
trago aqui apenas as centenas e centenas de limpezas feitas nas praças, nas
ruas, as podações em toda comunidade. No geral, e mais de uma vez em cada
local; as operações tapa-buracos; as diversas lutas pela melhoria do transporte
público, inclusive tirando um problema antigo que era aquela ida até o viaduto
do Soledade da linha 17; lutamos pela reforma, onde foram feitos reparos na
Escola Municipal Maria Dalva; conseguimos junto do poder público também reforma
de diversas quadras de esporte da comunidade; e por aí foi.
Mas a
gente também conseguiu trazer a implantação de 15 lombadas e de mais de 10
faixas de pedestres e sinalizações de placas; etc.
Foram
muitas coisas que é impossível elencar aqui numa única resposta.
Mas isto
é uma marca da nossa gestão.
JCN - Qual a marca de sua gestão?
MARCELO
HENRIQUE - A marca
da nossa gestão é a aproximação com o Poder Público e gerando por si só
melhorias na comunidade.
JCN - Conseguiu cumprir todos os seus
objetivos? Se não, o que gostaria de realizar?
MARCELO HENRIQUE – É impossível a gente cumprir tudo em apenas 3 anos, mas com certeza demos o nosso melhor e muitos outros sonhos temos aqui pra nossa comunidade, coisas que a gente, com certeza, vai poder realizar numa próxima gestão.
JCN - Durante este período a frente do
CCCG qual foi o aprendizado?
MARCELO
HENRIQUE – A gente
aprende que é possível sim quando se está em união com o Poder Público com a
comunidade, conseguir resultados positivos e trazer benefícios à comunidade.
Isso é um aprendizado que fica na minha cabeça. É possível sim que através da
união, a comunidade, os moradores junto com o poder público, acreditando no seu
representante que possamos trazer sim melhorias. Isso é uma marca que também
deixamos.
JCN
- Todos que passam pelo cargo de presidente de Conselho Comunitário falam
que é um trabalho árduo. É difícil lidar com o poder público?
MARCELO HENRIQUE – Sem sombra de dúvidas é um trabalho muito árduo. É um trabalho que ficamos de manhã, tarde, noite e as vezes, até madrugada pensando no bem da comunidade. É impossível dizer que não é um trabalho árduo, se é difícil lidar com o poder público, em algumas secretarias, algumas instâncias, alguns órgãos sim, porque existem pessoas que não têm vocação para lidar com o público. Mas, isso é o de menos. A gente vai conseguindo lidar com muito diálogo, aproximação, amizade, e passando por cima desses problemas.
JCN - Relatos de presidentes
comunitários mostram que a maioria da diretoria nunca termina a gestão unida.
Sua diretoria permanece ao seu lado? Eles o acompanham nas audiências,
reuniões, etc?
MARCELO
HENRIQUE – Como
respondemos em outro momento, em outra pergunta, é um trabalho muito árduo. Nem
todo mundo se identifica com o trabalho comunitário, nem todo mundo tem
vocação. É impossível qualquer diretoria de Conselho Comunitário, seja Gramoré,
seja qualquer outra comunidade permanecer juntas no trabalho até o final da
gestão. A nossa gestão não foi diferente, mas terminamos com a maior parte dos
membros, a maioria continua com a gente. E muitos deles nos acompanharam sim,
em audiências, reunião, etc.
JCN - Ligado politicamente a um
vereador, você acredita que seria mais difícil trazer ações para a comunidade sem a força política do
referido parlamentar?
MARCELO
HENRIQUE – Sem
sombras de dúvidas, seria muito mais difícil trazermos algumas ações pra
comunidade. O vereador é um vereador com mandato e o Conselho Comunitário o
presidente é um vereador sem mandato. Então, a gente pode dizer que o vereador dessa
aproximação é que tem com a comunidade que eu cito e trago o vereador Preto
Aquino, quem tem trazido muitas ações ao Gramoré. A gente pode dizer que houve
sim uma força muito grande da parte dele, do referido parlamentar, ações que
fizemos durante esses três anos.
JCN - Você vai abrir o processo
eleitoral na data correta?
MARCELO
HENRIQUE – sim. Nós
pretendemos sim, abrir o processo eleitoral na data correta, a partir de julho
e rezar para que a pandemia esteja bem mais tranquila para que não possamos
colocar em risco a saúde das pessoas, caso contrário, assim como fizeram os
outros Conselhos Comunitários que abriram ou iriam abrir a eleição, a gente
adia para que não coloque as pessoas em risco.
JCN - Marcelo você é candidato à
reeleição?
MARCELO
HENRIQUE – Sobre a
possível eleição, nós ouvimos em reunião o nosso grupo, grupo de amigos da
comunidade do Gramoré e também ouvimos os moradores, aqueles que viram o nosso
trabalho durante esses anos, eles querem que a gente continue. Então, nós
decidimos que sim. Iremos a uma reeleição.
JCN - O estatuto do Conselho
Comunitário do Gramoré é caduco, como o chamam no linguajar popular. Você reformulou este documento? Se não, a eleição será realizada baseado no antigo
estatuto?
MARCELO
HENRIQUE – Sobre o estatuto
do conselho comunitário, uma das conquistas da atual diretoria foi a
reformulação desse estatuto. Para uma eleição já vai ser usado o novo estatuto,
que o antigo datava do ano de fundação de 1983. Realizamos assembleia e a
assembleia aprovou o novo estatuto.
JCN - Deixe uma mensagem aos moradores
do Gramoré?
MARCELO
HENRIQUE – Primeiro
agradecer ao Jornal Clarim Natal pela oportunidade de estarmos aqui, deixando
uma mensagem à população em geral, aos leitores desse jornal, dizer aos
moradores que não deixem de acreditar nas melhorias da própria comunidade. Sei
que nem tudo aquilo que é necessário à comunidade às vezes chega, em forma de
benefícios, mas que se faz necessário continuar perseverante, continuar tendo
esperança de que a gente vive e vai viver sim, numa comunidade melhor, numa
cidade melhor, consequentemente, um mundo melhor. Mas, que para isso, é
necessário cada um(a) contribua como cidadão, fazendo sua parte nos pequenos
gestos no nosso dia a dia dentro da comunidade. E fiscalize, os outros
moradores, e que possa junto com o conselho buscar essas melhorias para a nossa
comunidade.
Que Deus
abençoe, e nesse período tão difícil que a gente vive, período de pandemia a
gente possa ter saúde e paz.
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