quinta-feira, 2 de julho de 2020

JUÍZO PRECIPITADO




 Certo dia quando uma senhora ia passando pela rua, viu através da janela da casa do pastor de sua Igreja, uma cena terrível, segundo ela. Imaginem, o seu pastor estava correndo atrás de sua esposa com uma vassoura levantada. Escutava o grito da esposa correndo e via o marido correndo atrás dela. Não teve dúvida! O pastor estava espancando sua mulher.

Espalhou esta notícia pela cidade Foi contando a cada pessoa conhecida que encontrava, e, não satisfeita, começou a contar também às pessoas estranhas. Em pouco tempo toda a cidade sabia da atitude inconveniente do pastor da Igreja.

A liderança da Igreja, diante do fato, reuniu-se e tomou a decisão cabível no caso. Desligou o pastor do seu ministério e comunicou esta decisão ao mesmo. Este, muito sabiamente, aceitou a decisão sem argumentar nada a seu favor.

Apenas fez um pedido. Que no domingo próximo vindouro fizesse um culto de despedida, convidando a todos quanto pudessem comparecer para sua despedida.

No dia aprazado, depois de uma curta, mas edificante mensagem evangélica convidou sua esposa que fosse até a plataforma e explicasse ao público porque ele estava sendo despedido.

Disse ela em alto e bom som: Meu marido está sendo desligado da Igreja, por um Juízo Precipitado!

Estou sabendo que a decisão do desligamento dele é motivada por espancamento à minha pessoa. Eu nunca reclamei a ninguém sobre isto, e nem poderia porque o que realmente aconteceu foi que num determinado dia, quando eu fazia a faxina na casa, apareceu um ratinho, que começou correr pelo cômodo. Eu, como tenho medo de rato, comecei a gritar e correr. Meu marido vendo isto apanhou uma vassoura e começou a correr atrás do rato para matá-lo.

Se este fato é motivo para seu desligamento da Igreja, iremos embora para outra cidade, se não, gostaria que a pessoa que espalhou a falsa notícia sobre meu espancamento, viesse até aqui, pois estamos (eu e meu marido) prontos a perdoar essa pessoa pelo engano cometido.

Todos os presentes sabiam quem havia espalhado aquela notícia, por isso a "senhora" não teve outro jeito, senão ir até lá e pedir perdão. Diante disso, o pastor disse a "senhora": Eu te perdôo, mas a irmã terá que cumprir um pedido que vou fazer, tudo bem? Ela respondeu afirmativamente.

Diante desta resposta o pastor deu-lhe a seguinte incumbência: "Você apanhe um travesseiro de penas, vá até o alto do morro num dia de vento forte, e solte todas as penas no ar" (isto é fácil, deve ter pensado a senhora). Mas o pastor continuou: "No dia seguinte volte e recolha todas as penas e recomponha o travesseiro para ficar do jeito que era antes".

Ah!  Pastor, isto é impossível! Depois que o vento espalhar as penas eu não conseguirei mais ajuntá-las. "Pois foi exatamente isto o que você fez com minha vida! Depois que você espalhou aquela falsa notícia, eu nunca mais terei o mesmo conceito com as pessoas desta cidade".

Mudaremos para outra cidade, mas deixamos aqui esta lição a todos os presentes: "Nunca julguem ninguém precipitadamente, e não espalhem o que não se pode recuperar".

Palitot.

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