sábado, 2 de maio de 2020

Marlene Ramalho fala sobre sua pré-candidatura a vereadora de Natal e destaca: “Temos que fazer o diferente, levar novas ideias para a política”


A 15ª (décima quinta) entrevistada da nossa série é a pré-candidata a Vereadora de Natal Marlene Ramalho que falou acerca de seus projetos e a participação de mulheres na política. Como evangélica ela conversou sobre o apoio do segmento à sua candidatura.
Confira a entrevista completa!

Marlene Ramalho de Castro Macedo, 54 anos, casada, tem três filhos e uma enteada. Nasceu em São Bento – PB. Funcionária pública municipal possui o curso de Secretariado Executivo e está cursando o 6º período de Serviço Social.

JORNAL CLARIM NATAL - Quais razões levaram você a colocar seu nome à disposição para possível disputa a vereadora de Natal?
MARLENE RAMALHO - Sonho de fazer mais pela população e desejo de seguir servindo a sociedade  em prol do social, agora de forma mais abrangente.

JCN - Você se considera preparada para assumir uma provável candidatura a vereadora?
MARLENE RAMALHO - Sim, toda a minha trajetória de vida pública e outras experiências como candidata me levam a querer assumir essa responsabilidade.

JCN – Por que?
MARLENE RAMALHO - Iniciei a minha caminhada para a vida pública no Movimento Estudantil, fui Líder de turma, participei de Grêmio Estudantil, Centro Acadêmico, Presidente do Grupo de Jovens NOGEP- Nova Geração do Pirangi, e Presidente do Conselho de Moradores do Pitimbu III.  
Na esfera municipal assumi diversos cargos públicos, fui chefe do setor financeiro da Procuradoria Geral do Município do Natal, Chefe da USAG SEMTAS, Chefe do Setor de Desenvolvimento Pessoal da SMS, Subprefeita da Região Leste, atualmente estou Diretora do Departamento de Segurança Alimentar da SEMTAS.
No Governo do Estado, fui Presidente do Conselho Estadual de Emprego e Renda, Gerente social por 4 anos no MEIOS, Coordenadora Geral do Projovem Urbano, 10 anos como Assessora Parlamentar de Deputado Estadual. Todos esses cargos e o longo currículo prestado à sociedade me levaram a um amor cada vez maior pelo desenvolvimento e funcionalidade das políticas sócias e, dessa forma, nutri meu sonho e vontade de pleitear o cargo de vereadora de Natal.
JCN - Filiada a qual partido?
MARLENE RAMALHO - Partido - MDB

JCN - Quando você iniciou na política?
MARLENE RAMALHO - Aos 15 anos de idade

JCN - Qual é a sua visão de política? 
MARLENE RAMALHO - A política é o nome que se dá para a capacidade do ser humano de criar diretrizes com o objetivo de organizar seu modo de vida. Para o ato de governar, legislar e fiscalizar uma característica fundamental é a capacidade de mediar conflitos entre as pessoas, a fim de encontrar uma saída que seja boa para todos. 
Para muitos, a política só representa processos eleitorais. Mas, ela é muito mais que isso. Política engloba muitas questões do nosso dia a dia, pois além de sermos regidos por normas e leis, estamos também inseridos nas políticas educacionais, profissionais, sociais, assistenciais, entre outras.

JCN - Quais são as suas expectativas para o período eleitoral de 2020? 
MARLENE RAMALHO - Com o advento da pandemia do covid 19 e a forma como se arrastam os dias atuais, é praticamente incerto prever qualquer expectativa quanto ao pleito eleitoral de 2020, mas continuamos a fazer nosso trabalho na eminência de que tudo se normalize o mais breve possível.

JCN - Como está hoje a aceitação ao seu nome nas ruas das comunidades? 
MARLENE RAMALHO - Até o momento, tenho procurado o apoio de amigos e familiares, esses por conhecerem minha luta e caráter prontamente apoiam minha pré-candidatura. Dessa forma, espero seguir trabalhando para o pleito que se aproxima.

JCN - Quais projetos farão parte de sua pré-candidatura? Cite os principais.
MARLENE RAMALHO - A minha proposta de pré-candidata a vereadora, é traçada em quatro pilares que vão nortear nosso mandato, o principal fundamento será a representação social de fiscalização às ações do governo municipal. O segundo é nossa forte união popular, com interação da comunidade e mandato na identificação de ações prioritárias de cada localidade. O terceiro pilar sendo a identificação de oportunidades de emprego e melhoria de renda para a coletividade, as quais norteariam os programas de Geração de Emprego e qualificação profissional das políticas públicas do governo municipal, e por último, o incentivo ao esporte e lazer promovendo a qualidade de vida e saúde para a população da nossa cidade.

JCN -  Qual Bandeira que defenderá? 
MARLENE RAMALHO - A de ações socais. Dada a minha trajetória de vida pública sei da necessidade de programas assistenciais e fomentadores de renda para a população.  

JCN -  Qual a sua história de vida, no que se refere à sua atuação de interesse público? 
MARLENE RAMALHO – Venho de uma família de dez irmãos, meus pais, com poucos recursos e de vida simples, educaram a cada um de seus filhos com um legado firmado na honestidade e no entendimento de que sempre deveriam respeitar as pessoas, independente de quem fossem. Desde muito nova coloquei esses ensinamentos em prática e para mim, exercer funções sociais é a melhor forma de honrar o respeito e cuidado ao outro aprendido em minha infância. Sendo assim, já na adolescência entrei em debates políticos, lutas e grêmios estudantis, pois acreditava e acredito que nossa participação cidadã é fundamental a toda a sociedade. Hoje, sigo na vida pública desempenhando diversos cargos, listados aqui anteriormente.

JCN - Como evangélica, como está o apoio do segmento evangélico à sua candidatura de vereadora?
MARLENE RAMALHO – Minha maior vontade é criar diálogos efetivos com vários segmentos de nossa sociedade, esse em questão não será diferente, pois é a fé que pratico. Até o momento, tenho tentado estabelecer alianças com antigos colaboradores que entendem a importância da representação ética em nossa cidade.

JCN - Como não ficar refém dos partidos?
MARLENE RAMALHO - A característica político-partidária implantada no Brasil estabelece que para concorrer a um pleito eleitoral é necessário estar filiado a um partido político, e a este partido devermos respeito e fidelidade, isso é o que a legislação trata, contudo, como se diz a nossa Carta Magna: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. Sendo assim, acredito que com diálogo responsivo, gerência de crises e compromisso à Constituição é viável uma certa independência frente a anseios populares. 

JCN - A participação de mulheres na política ainda é pequena. A que você atribui essa cota pequena?  
MARLENE RAMALHO – Vivemos em um país com fortes resquícios do passado, a ideia retrograda que limita mulheres a funções especificas ainda é presente em muitos meios e, embora o Brasil tenha uma grande expressão feminina em seus habitantes, essa expressão em pleitos eleitorais segue tímida.
Acredito que o empoderamento crescente de nossas mulheres, bem como a consciência crítica de seu entorno estejam em crescimento e devem ser alavancadas. 
Em meio a toda sobrecarga e dificuldade que muitas mulheres enfrentam creio e luto para que esse quadro mude o mais breve possível e que a luta por direitos, proteção e representatividade continuem.

JCN - Como pretende atuar se eleita for?
MARLENE RAMALHO - Com a participação da sociedade, empenho e muita dedicação na elaboração de projetos em prol da população como um todo, e a solidificação dos pilares de nossa pré-campanha.

JCN – Qual análise você faz a respeito da situação do país?
MARLENE RAMALHO - Dentro do contexto da minha visão política, observo que a cada eleição a população fica mais distante das decisões inerentes aos seus anseios. Seja por descredito na honradez do processo eleitoral ou até mesmo na de seus participantes, seja por desconhecimento da vital importância de sua participação crítica nas escolhas públicas. De qualquer modo, acredito ser fundamental a integralidade da adesão social, pois só assim conseguiremos obter decisões democráticas, justas e necessárias ao corpo populacional.

JCN - Qual a mensagem gostaria de deixar.
MARLENE RAMALHO - Diante dos obstáculos que nos deparamos na vida, se faz necessário acreditar que só venceremos se enfrentarmos a luta na certeza que a vitória acontece, quando não desistimos, e desistir nunca fez parte de meu vocabulário, lutar sempre, desistir jamais! Dessa forma, estou mais uma vez como pré-candidata lutando pelo que acredito e encorajo a todos os leitores dessa reportagem. Não devemos desistir dos nossos sonhos, pois são eles os motores de nossas vidas. 
Além disso, reforço a ideia já proposta por Aristóteles: somos seres políticos. Assim, devemos desejar algo melhor, uma política melhor e mais racional, temos que fazer o diferente, levar novas ideias para a política. Portanto, se organizar para decidir no coletivo, participar das decisões sobre os rumos de um país, cidade ou estado é o caminho para construir uma sociedade mais justa, igualitária, participativa, democrática e politizada.

 



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