A 15ª
(décima quinta) entrevistada da nossa série é a pré-candidata a Vereadora de
Natal Marlene Ramalho que falou acerca de seus projetos e a participação
de mulheres na política. Como evangélica ela conversou sobre o apoio do
segmento à sua candidatura.
Confira a entrevista completa!
Marlene
Ramalho de Castro Macedo, 54 anos, casada, tem três filhos e
uma
enteada. Nasceu
em São
Bento – PB. Funcionária pública municipal possui o curso de Secretariado
Executivo e está cursando o 6º período de Serviço Social.
JORNAL CLARIM NATAL - Quais razões levaram você a colocar
seu nome à disposição para possível disputa a vereadora de Natal?
MARLENE RAMALHO - Sonho de fazer mais
pela população e desejo de seguir servindo a sociedade em prol do social, agora de forma mais abrangente.
JCN - Você se considera preparada para
assumir uma provável candidatura a vereadora?
MARLENE RAMALHO - Sim, toda a minha
trajetória de vida pública e outras experiências como candidata me levam a
querer assumir essa responsabilidade.
JCN – Por que?
MARLENE RAMALHO - Iniciei a minha
caminhada para a vida pública no Movimento Estudantil, fui Líder de turma,
participei de Grêmio Estudantil, Centro Acadêmico, Presidente do Grupo de
Jovens NOGEP- Nova Geração do Pirangi, e Presidente do Conselho de Moradores do
Pitimbu III.
Na
esfera municipal assumi diversos cargos públicos, fui chefe do setor financeiro
da Procuradoria Geral do Município do Natal, Chefe da USAG SEMTAS, Chefe do
Setor de Desenvolvimento Pessoal da SMS, Subprefeita da Região Leste,
atualmente estou Diretora do Departamento de Segurança Alimentar da SEMTAS.
No Governo do Estado, fui Presidente do Conselho Estadual
de Emprego e Renda, Gerente social por 4 anos no MEIOS, Coordenadora Geral do
Projovem Urbano, 10 anos como Assessora Parlamentar de Deputado Estadual. Todos
esses cargos e o longo currículo prestado à sociedade me levaram a um amor cada
vez maior pelo desenvolvimento e funcionalidade das políticas sócias e, dessa
forma, nutri meu sonho e vontade de pleitear o cargo de vereadora de Natal.
JCN - Filiada a qual partido?
MARLENE RAMALHO - Partido - MDB
JCN - Quando você iniciou
na política?
MARLENE RAMALHO - Aos 15 anos de idade
JCN - Qual é a sua visão de
política?
MARLENE RAMALHO - A política é o nome
que se dá para a capacidade do ser humano de criar diretrizes com o objetivo de
organizar seu modo de vida. Para o ato de governar, legislar e fiscalizar uma
característica fundamental é a capacidade de mediar conflitos entre as pessoas,
a fim de encontrar uma saída que seja boa para todos.
Para
muitos, a política só representa processos eleitorais. Mas, ela é muito mais
que isso. Política engloba muitas questões do nosso dia a dia, pois além de
sermos regidos por normas e leis, estamos também inseridos nas políticas
educacionais, profissionais, sociais, assistenciais, entre outras.
JCN - Quais são as suas expectativas
para o período eleitoral de 2020?
MARLENE RAMALHO - Com o advento da
pandemia do covid 19 e a forma como se arrastam os dias atuais, é praticamente
incerto prever qualquer expectativa quanto ao pleito eleitoral de 2020, mas
continuamos a fazer nosso trabalho na eminência de que tudo se normalize o mais
breve possível.
JCN - Como está hoje a aceitação ao seu
nome nas ruas das comunidades?
MARLENE RAMALHO - Até o momento, tenho
procurado o apoio de amigos e familiares, esses por conhecerem minha luta e
caráter prontamente apoiam minha pré-candidatura. Dessa forma, espero seguir
trabalhando para o pleito que se aproxima.
JCN - Quais projetos farão parte de sua
pré-candidatura? Cite os principais.
MARLENE RAMALHO - A minha proposta de
pré-candidata a vereadora, é traçada em quatro pilares que vão nortear nosso
mandato, o principal fundamento será a representação social de fiscalização às
ações do governo municipal. O segundo é nossa forte união popular, com
interação da comunidade e mandato na identificação de ações prioritárias de
cada localidade. O terceiro pilar sendo a identificação de oportunidades de
emprego e melhoria de renda para a coletividade, as quais norteariam os
programas de Geração de Emprego e qualificação profissional das políticas
públicas do governo municipal, e por último, o incentivo ao esporte e lazer
promovendo a qualidade de vida e saúde para a população da nossa cidade.
JCN - Qual Bandeira que defenderá?
MARLENE RAMALHO - A de ações socais.
Dada a minha trajetória de vida pública sei da necessidade de programas
assistenciais e fomentadores de renda para a população.
JCN - Qual a sua história de vida, no
que se refere à sua atuação de interesse público?
MARLENE RAMALHO – Venho de uma família
de dez irmãos, meus pais, com poucos recursos e de vida simples, educaram a
cada um de seus filhos com um legado firmado na honestidade e no entendimento
de que sempre deveriam respeitar as pessoas, independente de quem fossem. Desde
muito nova coloquei esses ensinamentos em prática e para mim, exercer funções
sociais é a melhor forma de honrar o respeito e cuidado ao outro aprendido em
minha infância. Sendo assim, já na adolescência entrei em debates políticos,
lutas e grêmios estudantis, pois acreditava e acredito que nossa participação
cidadã é fundamental a toda a sociedade. Hoje, sigo na vida pública
desempenhando diversos cargos, listados aqui anteriormente.
JCN - Como evangélica, como está o
apoio do segmento evangélico à sua candidatura de vereadora?
MARLENE RAMALHO – Minha maior vontade é
criar diálogos efetivos com vários segmentos de nossa sociedade, esse em
questão não será diferente, pois é a fé que pratico. Até o momento, tenho
tentado estabelecer alianças com antigos colaboradores que entendem a
importância da representação ética em nossa cidade.
JCN - Como não ficar refém dos
partidos?
MARLENE RAMALHO - A característica
político-partidária implantada no Brasil estabelece que para concorrer a um
pleito eleitoral é necessário estar filiado a um partido político, e a este
partido devermos respeito e fidelidade, isso é o que a legislação trata,
contudo, como se diz a nossa Carta Magna: “Todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição”. Sendo assim, acredito que com diálogo responsivo, gerência de
crises e compromisso à Constituição é viável uma certa independência frente a
anseios populares.
JCN - A participação de mulheres na
política ainda é pequena. A que você atribui essa cota pequena?
MARLENE RAMALHO – Vivemos em um país
com fortes resquícios do passado, a ideia retrograda que limita mulheres a
funções especificas ainda é presente em muitos meios e, embora o Brasil tenha
uma grande expressão feminina em seus habitantes, essa expressão em pleitos
eleitorais segue tímida.
Acredito
que o empoderamento crescente de nossas mulheres, bem como a consciência
crítica de seu entorno estejam em crescimento e devem ser alavancadas.
Em
meio a toda sobrecarga e dificuldade que muitas mulheres enfrentam creio e luto
para que esse quadro mude o mais breve possível e que a luta por direitos,
proteção e representatividade continuem.
JCN - Como pretende atuar se eleita
for?
MARLENE RAMALHO - Com a participação da
sociedade, empenho e muita dedicação na elaboração de projetos em prol da
população como um todo, e a solidificação dos pilares de nossa pré-campanha.
JCN – Qual análise você faz a respeito da situação do país?
MARLENE RAMALHO - Dentro do contexto da
minha visão política, observo que a cada eleição a população fica mais distante
das decisões inerentes aos seus anseios. Seja por descredito na honradez do
processo eleitoral ou até mesmo na de seus participantes, seja por
desconhecimento da vital importância de sua participação crítica nas escolhas
públicas. De qualquer modo, acredito ser fundamental a integralidade da adesão
social, pois só assim conseguiremos obter decisões democráticas, justas e
necessárias ao corpo populacional.
JCN - Qual a mensagem gostaria de deixar.
MARLENE RAMALHO - Diante dos obstáculos
que nos deparamos na vida, se faz necessário acreditar que só venceremos se
enfrentarmos a luta na certeza que a vitória acontece, quando não desistimos, e
desistir nunca fez parte de meu vocabulário, lutar sempre, desistir jamais!
Dessa forma, estou mais uma vez como pré-candidata lutando pelo que acredito e
encorajo a todos os leitores dessa reportagem. Não devemos desistir dos nossos
sonhos, pois são eles os motores de nossas vidas.
Além
disso, reforço a ideia já proposta por Aristóteles: somos seres políticos.
Assim, devemos desejar algo melhor, uma política melhor e mais racional, temos
que fazer o diferente, levar novas ideias para a política. Portanto, se
organizar para decidir no coletivo, participar das decisões sobre os rumos de
um país, cidade ou estado é o caminho para construir uma sociedade mais justa,
igualitária, participativa, democrática e politizada.
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