Recife/PE
Foto: Inaldo Menezes/ArquivoPCR
Festividade
encerra oficialmente o Ciclo Natalino do Recife e é aberta ao público
O Ciclo Natalino do Recife foi encerrado na sexta-feira, dia 6 de janeiro, com a realização da Queima da Lapinha. A festividade que marca o Dia de Reis aconteceu no Pátio de São Pedro, no centro do Recife e contou com a presença de 14 pastoris, de Mendes e sua Orquestra, além de grupos de reisado e guerreiro. A festa iniciou com concentração do cortejo do Pátio do Carmo. A realização foi da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife.
Todos os grupos concentrados no Pátio do Carmo seguiram, acompanhados da orquestra, cantando as jornadas até o Pátio de São Pedro e conduzindo a lapinha com a imagem do Menino Jesus. Participaram do cortejo os pastoris: Lindas Ciganas, Estrela do Mar, Infanto juvenil da Tia Nininha, Infanto Juvenil Giselly Andrade, Infanto Juvenil Estrela Brilhante de Água Fria, Infanto Juvenil da UR-3 Ibura, Rosa Mística dos Torrões, Estrela Guia do Recife, Estrela Dalva, Viver a Vida, Sonho de Uma Adolescente, Campinas Alegres, Jardim da Alegria, Tia Nininha da Terceira Idade, além do Reisado Imperial e o Guerreiro do Sol Nascente.
A lapinha é feita de folhagens secas e incensos. Antes da solenidade da queima, é feita a retirada da imagem do Menino Jesus para que ela seja entregue de presente a um homenageado. Feito isso, a lapinha é queimada, enquanto o público presente joga seus pedidos no fogo, na esperança de que eles sejam atendidos ao longo do ano.
Concluída a cerimônia quem assumiu o palco do Pátio de São Pedro é o Guerreiro do Sol Nascente, de Água Fria. Criado há mais de 20 anos pelos pesquisadores Ubiracy Ferreira e Antonia Batista, ele se apresenta com loas e saudações ao nascimento do Menino Jesus e à Maria.
Concluída a cerimônia quem assumiu o palco do Pátio de São Pedro é o Guerreiro do Sol Nascente, de Água Fria. Criado há mais de 20 anos pelos pesquisadores Ubiracy Ferreira e Antonia Batista, ele se apresenta com loas e saudações ao nascimento do Menino Jesus e à Maria.
História – A Queima da Lapinha é uma manifestação religiosa oriunda do século 19 e que foi trazida pelos jesuítas para o Brasil. A lapinha simboliza a manjedoura onde nasceu o Menino Jesus. Além de ser um rito de despedida do Ciclo Natalino, a Queima da Lapinha antecipa o novo período festivo, abrindo caminho para o Carnaval. De acordo com o assessor técnico da Fundação de Cultura Cidade do Recife e coordenador do evento, Marcelo Varella, foi no Nordeste que a manifestação, que tinha um caráter “evangelizador”, ganhou novos elementos. “Com o passar do tempo foram agregadas à tradição religiosa as manifestações populares do Reisado e o Pastoril”, explica.
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