Foto: Divulgação
Antonio Temóteo
O valor
dos imóveis do Minha Casa, Minha Vida deve encarecer no próximo ano, admitiu a
secretária nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães. A
afirmação foi feita durante um evento do setor da construção, em São Paulo, mas
ela não detalhou qual deve ser o reajuste e quando ele passará a vigorar. O
aumento do teto do custo de casas e apartamentos é um pleito das empreiteiras,
que reclamam que os gastos com as obras aumentaram nos últimos anos e os
recursos repassados pelo governo são insuficientes.
Apesar de
sinalizar mudanças no programa habitacional, Inês avaliou que é preciso cautela
antes de anunciar aumento de preços para que os empreiteiros não deixem de lado
os projetos com valores atuais. “Nós trabalhamos para desindexar a economia e
não criar expectativas. Os empresários seguram o investimento para aproveitar o
preço maior depois. O que nos queremos é que haja investimentos contínuos”,
comentou.
Ela ainda
ressaltou que a pasta faz análises periódicas dos custos de construção e
promove reajustes sempre que necessário. O comentário da secretária ocorreu
após a presidente da República, Dilma Rousseff, anunciar que 3 milhões de novas
unidades devem ser contratadas na terceira fase do programa, além dos 350 mil
imóveis anunciados durante a transição para o próximo ciclo.
Para o
presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos
Rodrigues Martins, a atualização nos preços é natural, sobretudo porque há três
anos nenhum reajuste no valor dos imóveis foi concedido. “A inflação nesse
período foi significativa. Imagine no Distrito Federal, construir um imóvel com
R$ 190 mil. Esse aumento é necessário e é uma demanda do mercado”, destacou.
Fonte:
Correio Braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário