Esta matéria foi publicada no dia 10 de maio de 2013 no antigo blog do Jornal Clarim Natal, que por motivos de problemas técnicos saiu do ar, mas agora está de novo endereço e novo formato.
Por este motivo estamos publicando novamente o texto para registro do blog. Esta mesma matéria está publicada no face do jornal com mensagens de apoios dos mais diversos segmentos.
O Jornal Clarim Natal agradece a todos as mensagens de apoio.
A jornalista Waldilene Farias, editora do Jornal Clarim
Natal e o fotógrafo Assis Nogueira passaram por uma situação de censura no
pleno exercício da profissão e do compromisso de informar a verdade dos fatos à
sociedade, durante a eleição da
ASCONORT (Associação dos Comerciantes e profissionais Autônomos da Zona
Norte), que aconteceu dia 09 de maio, no salão da Igreja Santa Maria Mãe no
Conjunto Santa Catarina, Zona Norte de Natal, em clima tenso.
Mesmo o local sendo público e contrariando os princípios
elementares do regime democrático, onde a liberdade de imprensa é o seu
sustentáculo, eles foram impedidos de fotografar e filmar o pleito.
A medida resultou no cerceamento da liberdade de
profissão e, especialmente, na liberdade de imprensa de uma jornalista e um
fotógrafo, ambos proibidos de acompanhar e fotografar para os registros
jornalísticos o processo de eleição e apuração de uma instituição pública.
O fotógrafo que estava à serviço do periódico foi intimidado
quando lhe foi dito que entrariam com uma ação caso as fotos do pleito
passassem para as mãos de alguém. As fotos e/ou imagens fazem parte do acervo
do jornal.
O episódio antidemocrático aconteceu há seis dias após a comemoração
do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3 de maio).
O acesso e a divulgação da informação garantem o sistema
democrático, são direitos do cidadão, e o cerceamento de ambos constitui
violação dos direitos humanos, privando-o do direito de ser informado
Faz parte do papel do responsável pelo processo
eleitoral de uma instituição o de facilitar o trabalho dos profissionais da
imprensa, sobretudo para que seja possível manter um princípio fundamental na
democracia: o da transparência das ações.
Não se pode conceber que medidas de censura como essa continuem a ocorrer com
qualquer que seja o profissional, mas, especialmente, em relação aos que têm a
prerrogativa da mediação da informação.
O jornalista não cria fatos, ele apenas divulga o que entende
ser de interesse público e coletivo. Quem tenta calar a imprensa, no jargão
popular, tem culpa no cartório…
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