Você irá conhecer as
diversas Bandas, como espaços de inclusão social e aprendizagem da juventude,
tanto musical quanto cidadã, seus regentes, e desafios.
Confira a entrevista com o Maestro Kaio Kennedy da Silva da Banda Marcial Onze de Abril da Cidade de Catolé do Rocha/Paraíba.
MAESTRO KAIO KENNEDY - No ano de 2019, iniciei minhas atividades
como professor de música no Colégio Normal Francisca Mendes. Posteriormente, em
2022, recebi o convite para assumir a direção da banda.
JORNAL
CLARIM NATAL/RN - Qual a
importância de estar à frente de uma Banda Marcial como Maestro?
MAESTRO KAIO KENNEDY - Ao assumir a banda, compreendi que o
trabalho vai além da dimensão musical. Trabalhar com crianças, jovens e
adolescentes exige promover valores a sua formação, como a ética,
responsabilidade e cidadania.
JCN - A
Banda Marcial Onze de Abril da Cidade de Catolé do Rocha/Paraíba possui
coreógrafo?
MAESTRO KAIO KENNEDY - Sim,
nossa corporação possuí uma coreógrafa, Júlia Santos.
JCN - A Banda
Marcial Onze de Abril de Catolé do Rocha/Paraíba é composta por quantos
membros?
MAESTRO KAIO KENNEDY - A
Banda Marcial Onze de Abril é conduzida por 3 membros: O regente (maestro), a
coreografa e a coordenação escolar, possuindo 60 componentes.
JCN -
Qual o diferencial da Banda Marcial Onze de Abril?
MAESTRO KAIO KENNEDY - A
Banda Marcial Onze de Abril preza pela musicalização, pela disciplina cívica e
pelo compromisso social. Firmamos nossa identidade enraizada na cultura local,
promovendo a inclusão de jovens por meio da música, da expressão corporal e da
vivência em grupo.
MAESTRO KAIO KENNEDY - Não.
Até o presente momento, não participamos de campeonatos ou competições que haja
premiações.
MAESTRO KAIO KENNEDY - Diante
desta pequena trajetória enquanto regente da banda, uma vitória que tenho
conquistado, é que através da música posso trazer diversos conhecimentos aos
meus alunos da banda e assim conquistar o respeito e o reconhecimento de cada
um deles.
JCN - As Bandas Marciais e Bandas de Música são espaços de
inclusão social? Por quê?
MAESTRO KAIO KENNEDY - Com
certeza as bandas são espaços de inclusão social. Ao serem integrados na banda,
os participantes passam a ser partes de um grupo coletivo, onde através das
atividades musicais e de dança, os componentes desenvolveram não apenas
habilidades técnicas, mas competências sociais, como o trabalho em equipe,
disciplina e respeito.
JCN - Na realidade, qual o papel social das Bandas, Fanfarras e Orquestras?
MAESTRO KAIO KENNEDY - Acredito
que ao ofertamos o acesso ao ensino artístico coletivo, as bandas podem
promover o desenvolvimento humano integral dos participantes, contribuindo com
valores como disciplina, cooperação, empatia, senso de responsabilidade e
respeito à diversidade.
JCN - Qual a atual situação das Bandas Marciais, de Música, Fanfarras e Filarmônicas com relação ao apoio do poder público?
MAESTRO
KAIO KENNEDY - Com relação ao apoio do poder público é um
pouco contrastante, onde, alguns estados ou municípios não dispõem de
iniciativas para a manutenção das corporações. Nossa banda, por exemplo, faz
parte de uma escola de ensino privado, que conseguiu recursos através da PNAB
para ajudar na manutenção da nossa corporação.
JCN - Você acha que onde existe o trabalho com jovens envolvidos com Bandas Marciais o cenário se transforma? Por que?
MAESTRO KAIO KENNEDY - Com
certeza. As Bandas Marciais, quando bem estruturadas e orientadas por uma
proposta pedagógica sólida, tornam-se potentes agentes de mudança social,
principalmente quando envolvem a juventude.
MAESTRO KAIO KENNEDY - Acredito
que um dos principais desafios enfrentados pelas bandas, está relacionado à
estrutura e material, que de uma forma direta, está relacionado aos poucos
recursos direcionado à cultura.
JCN - Algumas Bandas Marciais vêm desaparecendo. Você acredita que o motivo seria um reflexo da desvalorização da cultura local, bem como a ausência de atividades regulares de arte nas escolas, que inclui ensaios permanentes?
MAESTRO
KAIO KENNEDY - Acredito que sim. Esses grupos
sempre estiveram ligados ao ambiente escolar e, com a redução do espaço
dedicado às artes, juntamente com a falta de incentivo à cultura regional,
muitos jovens deixam de ter acesso a essas atividades.
Em
Catolé do Rocha-PB, somos privilegiados por contar com uma bela tradição de
bandas marciais, onde há uma grande procura por parte dos jovens. Dessa forma,
conseguimos, apesar das nossas realidades, manter as bandas ativas. Atualmente,
as bandas enfrentam algumas dificuldades, mas o fato de a maioria delas estar
vinculada às escolas torna possível sua manutenção, pois não faltam eventos, e,
considerando as condições financeiras de cada instituição, há viabilidade para
sua continuidade.
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