Apesar do elevado número de
praticantes e do crescimento notável da modalidade, o basquete potiguar
encontra enormes dificuldades para se consolidar como um celeiro esportivo de
referência.
O esporte amador do Rio Grande
do Norte pulsa com força, mas o basquete destaca-se como uma das modalidades
mais praticadas, especialmente entre os jovens. Em Natal, as quadras escolares
— sobretudo das instituições privadas — tornaram-se arenas de disputas
intensas, com campeonatos escolares super acirrados que alimentam rivalidades
esportivas e revelam talentos a cada temporada.
Apesar do elevado número de
praticantes e do crescimento notável da modalidade, o basquete potiguar
encontra enormes dificuldades para se consolidar como um celeiro esportivo de
referência. Estruturas inadequadas, falta de apoio financeiro, ausência de políticas
públicas consistentes e quase nenhuma visibilidade na imprensa local tornam o
cenário desafiador.
O domínio das escolas privadas e a desigualdade estrutural
As escolas particulares
lideram as competições e concentram a maioria das oportunidades da prática a
formação técnica e tática. Porém, o talento brota também nas quadras
improvisadas das escolas públicas, nos bairros periféricos e nos poucos
projetos sociais existentes, onde jovens apaixonados pela bola vermelha
enfrentam condições precárias para treinar.
Em muitas dessas quadras, nem
sequer há tabelas de basquete regulamentares, seus pisos são impróprios, não
possuem iluminação e a prática ocorre de forma improvisada ou precariamente
limitada. Esse déficit estrutural alimenta a desigualdade e afasta jovens
promissores da prática regular e segura do esporte.
O êxodo silencioso: talentos que deixam o RN
O resultado desse abandono
institucional é visível, muitos atletas potiguares, com enorme potencial,
acabam deixando o estado em busca de melhores condições para desenvolver suas
carreiras. São jovens que poderiam fortalecer equipes locais, inspirar novas
gerações e consolidar o RN como uma potência esportiva, mas que migram por uma
oportunidade para representar times regionais ou nacionais que oferecem melhor
estrutura e visibilidade. Por outro lado, muitos talentos são desperdiçados e
abandonam o esporte prematuramente, sem acesso a apoio ou perspectivas de
profissionalização.
A resistência dos clubes e profissionais apaixonados
Depoimento: a luta diária de quem acredita no basquete
O relato de Nilberto sintetiza
o drama de muitas famílias potiguares que, apesar das dificuldades, seguem
investindo tempo e recursos para manter viva a chama do esporte.
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