terça-feira, 7 de junho de 2022

“Meu principal projeto é ampliar e divulgar a rede de apoio às mulheres vítimas de violência”, afirmou a Pré-Candidata a Deputada Estadual Delegada Sheila Freitas

 

Nossa entrevistada da série de entrevistas 2022 é Sheila FreitasDelegada de Polícia Civil do Rio Grande do Norte que conversou sobre o período eleitoral de 2022, o que a levou a colocar seu nome à disposição de uma pré-candidatura nestas eleições, seu principal projeto, entre outros assuntos.

 

Confira a entrevista na íntegra.

 

Sheila Maria Freitas de Souza Fernandes e Melo, casada, três filhos e duas enteadas, e natural de Natal. É Bacharel em Direito pela UFRN e sua profissão é Delegada de Polícia Civil Aposentada e Advogada

Iniciou sua carreira de Delegada em 2000, na Delegacia de Furtos e Roubos em Natal. Passou por diversas delegacias. Foi a primeira mulher a chefiar a Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado. Sheila Freitas foi Secretária da Semdes (Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social de Natal) 

 

JORNAL CLARIM NATAL – Qual seu partido?

SHEILA FREITAS –   MDB    (Movimento Democrático Brasileiro) 

 

JCN – Você é Pré-candidata a algum cargo nas eleições de 2022?  Qual? 

SHEILA FREITAS – Sim, Deputada Estadual

 

 

JCN – O que a levou a colocar seu nome à disposição de uma pré-candidatura nestas eleições?

SHEILA FREITAS – A vontade de fazer mais pelo meu Estado e de aumentar a representatividade feminina na Casa Legislativa.

 

 


JCN – Qual sua bandeira nesta pré-campanha?

SHEILA FREITAS – Segurança Pública, Proteção às mulheres vítimas de violência e Educação, como forma de transformação da sociedade.

 

JCN – Qual seu principal projeto? 

SHEILA FREITAS – Meu principal projeto é ampliar e divulgar a rede de apoio às mulheres vítimas de violência

 

JCN – Como você avalia o processo eleitoral deste ano?

SHEILA FREITAS – Infelizmente estamos vivendo um momento político de extremos, com a polarização da Direita esquerda, onde as pessoas estão ultrapassando os limites de civilidade, desrespeitando o outro,  sem apresentarem propostas plausíveis de realização. É preciso se desligar dessa "guerra ideológica" e buscar os caminhos e soluções para os conflitos que atinge a todos.

 

JCN – Quais os desafios e barreiras da mulher no poder?

SHEILA FREITAS – Os desafios são muitos, mas a vida de qualquer mulher já é por natureza, desafiadora. A todo o momento é posta à prova a sua capacidade, seja intelectual ou laboral. Uma mulher no poder serve de estímulo para outras mulheres, para que acreditem que também podem chegar lá e lutar por todos.

 

JCN – A que você atribui essa cota pequena de participação de mulheres na política?

SHEILA FREITAS – A falta de oportunidade que é dada pela atual conjuntura política. Somos um Estado de pioneirismo feminino. Temos a primeira mulher a votar, a primeira a ser eleita, etc, etc, porém a luta é tão desigual, que a maioria não se sente estimulada a dar continuidade a esse pioneirismo. Somos a maioria do eleitorado, mas não usamos isso para elegermos mais e mais mulheres. Fomos ensinadas, anos e anos, que política não era feita para mulheres, e temos que mudar esse quadro.

 

JCN – Como profissional da área da Segurança Pública, o que você pretende fazer para melhorar no RN?

SHEILA FREITAS – Precisamos entender que Segurança Pública não se faz apenas com policiamento nas ruas. Vai mais além. Precisamos ensinar nossas crianças a cultura de paz. Precisamos cria projetos que priorizem a educação integral, retirar as crianças das ruas, e no contraturno, a criança praticaria esportes, teria aulas de reforço, e aprenderiam os malefícios das drogas. Precisamos de ruas iluminadas, com cinturão de câmeras de vigilância nas principais ruas, entradas e saídas. Enfim, são tantos projetos, que o espaço é pequeno. 

 

JCN – Você tem projetos voltados para os

direitos das mulheres e o combate à violência doméstica?

SHEILA FREITAS – Sim, enquanto Secretária de Segurança do RN e de Natal, tive o prazer de colocar em funcionamento as duas PATRULHAS MARIA DA PENHA, onde as mulheres vítimas de violência doméstica que possuem medidas protetivas deferidas pelo Judiciário, são protegidas e amparadas pelas Patrulheiras. É um lindo trabalho e desde que foi implantado em Natal, há mais de dois anos, nenhuma mulher protegida, voltou a ser vitimada, nenhuma perdeu sua vida. O papel da Patrulha Maria da Penha é proteger a vida dessa mulher. É preciso fazer mais por essas mulheres e seus filhos, pois todos sofrem com a violência doméstica. É preciso restaurar a saúde mental e física dessa mulher agredida, suprir suas necessidades básicas, pois na maioria dos casos, o agressor é o responsável por manter a família; é preciso restaurar a dignidade dessas mulheres, que precisa ser qualificada e entrar no mercado de trabalho. A Patrulha Maria da Penha faz tudo isso: transforma vidas.

 

 

 

 

 


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