O Jornal Clarim Natal vem
realizando entrevistas com maestros e maestrinas de Bandas Marciais, Fanfarras
e Orquestras.
Você irá conhecer as diversas
Bandas, como espaços de inclusão social e aprendizagem da juventude, tanto
musical quanto cidadã, seus regentes, e desafios.
Confira
a 5ª entrevista com o Maestro Elias Quaresma de Araújo da Filarmônica Professora Maria da
Penha – FIPROMAP – Brejinho/RN
Elias
Quaresma de Araújo,
39 anos, nasceu em Campo Grande/RN, casado. Além de regente da Filarmônica Professora Maria da
Penha – FIPROMAP – Brejinho/RN há
10 anos, é Marceneiro.
JORNAL
CLARIM NATAL - Como chegou a ser maestro?
ELIAS - Foi através da
professora Suely quando a mesmo me convidou para assumir a regência da Banda do
Colégio Ativo em 2011.
JCN - A Banda é composta
por quantos membros?
ELIAS - 40 componentes
JCN
- Qual é a sua grande vitória como regente?
ELIAS - É ter o
reconhecimento do meu trabalho em todo RN.
JCN
- As Bandas Marciais e Bandas de Música
são espaços de inclusão social? Por quê?
ELIAS - Sim. A música tem
papel importante na inclusão social entre as pessoas. Não é de hoje que essa
arte atua na transformação da vida de milhares de jovens no Brasil. Com as
oportunidades desiguais que encontramos principalmente no interior do nosso
estado, a arte e a cultura muitas vezes se tornam a única opção de saída de uma
triste realidade que habita nosso país.
Aos que enxergam esperança, as nossas bandas e filarmônicas é uma
ferramenta essencial para o desenvolvimento e educação do Brasil.
JCN
- Na realidade, qual o papel social das Bandas, Fanfarras e Orquestras?
ELIAS - Tirar nossas crianças
das ruas e dar uma oportunidade de além de ser um profissional da música é ser
também uma pessoa do bem.
JCN
- Qual a atual situação das Bandas
Marciais, de Música, Fanfarras e Filarmônicas com relação ao apoio do poder
público?
ELIAS - A nossa situação
atual é de total abandono sem nenhum apoio. É lamentável.
JCN - A sua Banda
recebe incentivo do poder público?
ELIAS - Sim, recebemos apoio
da Nota Potiguar.
JCN
- A Banda é filiada a alguma Associação
ou Federação? Qual?
ELIAS - Não.
JCN
- A Banda recebe algum apoio financeiro ou outro tipo de colaboração?
ELIAS - Sim. Recebemos apoio
da Nota Potiguar e Alguns amigos que são verdadeiros parceiros.
JCN
- Quais os principais desafios para colocar uma Banda na rua, através de
desfiles cívicos?
ELIAS - A falta de
investimentos tanto para comprar instrumentos, fardamentos e até mesmo o
transporte para deslocamento.
JCN
- Diversas Bandas Marciais, de Música e
Fanfarras se acabaram, afetando diretamente a cultura e a área musical. Em sua
opinião, o que fazer para resgatá-las?
ELIAS - Porque a érea musical
foi sempre discriminada e nunca foi prioridade para o poder público. Mesmo
sabendo que através das bandas resgatamos nossos jovens e não deixamos que vá
para o mundo errado.
JCN
- Qual mensagem você deixaria para o
poder público?
ELIAS - Que olhem para nossas
bandas como um meio de inclusão social e isso só será possível com o apoio do
poder público.
JCN
- Qual mensagem você deixaria para os amantes das Bandas Marciais, de
Música?
ELIAS - Que além de serem
amantes das bandas que sejam também parceiros e apoie financeiramente seja com
qualquer quantia.
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