Hoje me veio a lembrança de quando o movimento comunitário era
formado por uma fatia da sociedade que reivindicava melhorias para os diversos
cantos e recantos da nossa Cidade do Sol.
Época boa em que os moradores dos bairros reconheciam, pelo
trabalho, os que realmente representavam as diversas comunidades da cidade.
Outrora, os que enveredavam pelo caminho comunitário eram
reconhecidos e respeitados, tanto pela comunidade, quanto pelo meio político.
Recordo dos muitos companheiros, de saudosa memória, os quais, já
não são contados entre nós, porém, deixaram seus nomes gravados e selados para
sempre nos movimentos sociais potiguar.
Não irei citar nomes para não cometer injustiças, mas registro que
igualmente aos que já se foram, ainda há guerreiros que seguram firme as rédeas
do movimento comunitário para não deixar cair a bandeira de luta das periferias
e dos desfavorecidos socialmente.
Confesso que me entristeço quando vejo alguns pseudorepresentantes
comunitários, que mais parecem cabos eleitorais dos anos 50, bajulando vereadores
ou prefeitos, em troca de cargos comissionados nos gabinetes ou mesmo,
simplesmente, para aparecer.
Me enoja ver isso, chega a dar náuseas, pois esses fraudulentos
“líderes” não passam de usurpadores da confiança da população.
O verdadeiro movimento comunitário em Natal está desaparecendo e
no lugar está surgindo um grupo de aproveitadores e sanguessugas que mais
parecem urubus em carniça.
O movimento comunitário raiz precisa ressurgir em nossa capital,
precisa reagir e voltar a atuar como dantes já atuou.
O que nós presenciamos hoje não é um movimento comunitário e sim
um lote de cabos eleitorais ávidos por enganar a população em busca de status e
grana, tudo isso usando o nome de “líder comunitário”, e não são.
A situação está tão gritante que, os pretensos candidatos à
presidência das entidades comunitárias como: Conselho de Bairros e Associação
de Moradores; estão se candidatando para defender os interesses dos vereadores,
do Prefeito ou o seu próprio cargo comissionado, e, nunca falam em cobrar obras
ou serviços necessários ao bem-estar da comunidade, a qual deseja
“representar”.
Toda essa situação é muito confortável para os vereadores e para o
Executivo Municipal, pois encontram naqueles usurpadores, o pelego (capacho, puxa-saco) que necessitam dentro
dos bairros e comunidades com a finalidade de barrar a revolta da população e
essa, necessita abrir os olhos para poder enxergar que não se resolvem os
problemas da sociedade com esmolas, amiúde (regularmente), em tempos de eleição.
Só para fazer alusão, quando chega próximo de alguma eleição,
esses usurpadores comunitários supramencionados, começam a agir sorrateiramente
tentando enganar outra vez a população, ou seja, procuram demonstrar que estão
preocupados com o povo e com as penúrias popular, as quais são muitas, mas
procuram as que estão em foco.
Daí, começam a fazer reuniões nos bairros com a finalidade de
discutir aquele assunto, porém, você se engana se pensar que dali sairá alguma
coisa boa para a população, pois essas reuniões têm um único propósito,
garimpar aqueles ou aquelas que serão “bucha de canhão” para o político que
está financiando os cabeças dessas reuniões, ou seja, mais uma vez a sociedade
e preterida, enganada e usada em benefício de um, ou uns políticos canalhas e
cara de pau, os quais usam fraudulentamente os pseudolíderes comunitários para
fazer o que eles próprios desejam e não têm coragem suficiente para fazer, pois
não disfrutam de um bom relacionamento com o povo, assim usam aqueles
inescrupulosos representantes daquela comunidade, bairro ou região da cidade.
Assim estamos desvendando para vocês os ardis (as ciladas) dessas
falsas lideranças e esperando pela ação daqueles e daquelas que realmente são
os verdadeiros líderes desse tão combalido movimento
comunitário.
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