sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Coluna Sociedade & Cidadania com Lima Freire

 


Hoje me veio a lembrança de quando o movimento comunitário era formado por uma fatia da sociedade que reivindicava melhorias para os diversos cantos e recantos da nossa Cidade do Sol.

Época boa em que os moradores dos bairros reconheciam, pelo trabalho, os que realmente representavam as diversas comunidades da cidade.

Outrora, os que enveredavam pelo caminho comunitário eram reconhecidos e respeitados, tanto pela comunidade, quanto pelo meio político.

Recordo dos muitos companheiros, de saudosa memória, os quais, já não são contados entre nós, porém, deixaram seus nomes gravados e selados para sempre nos movimentos sociais potiguar.

Não irei citar nomes para não cometer injustiças, mas registro que igualmente aos que já se foram, ainda há guerreiros que seguram firme as rédeas do movimento comunitário para não deixar cair a bandeira de luta das periferias e dos desfavorecidos socialmente.

Confesso que me entristeço quando vejo alguns pseudorepresentantes comunitários, que mais parecem cabos eleitorais dos anos 50, bajulando vereadores ou prefeitos, em troca de cargos comissionados nos gabinetes ou mesmo, simplesmente, para aparecer.

Me enoja ver isso, chega a dar náuseas, pois esses fraudulentos “líderes” não passam de usurpadores da confiança da população.

O verdadeiro movimento comunitário em Natal está desaparecendo e no lugar está surgindo um grupo de aproveitadores e sanguessugas que mais parecem urubus em carniça.

O movimento comunitário raiz precisa ressurgir em nossa capital, precisa reagir e voltar a atuar como dantes já atuou.

O que nós presenciamos hoje não é um movimento comunitário e sim um lote de cabos eleitorais ávidos por enganar a população em busca de status e grana, tudo isso usando o nome de “líder comunitário”, e não são.

A situação está tão gritante que, os pretensos candidatos à presidência das entidades comunitárias como: Conselho de Bairros e Associação de Moradores; estão se candidatando para defender os interesses dos vereadores, do Prefeito ou o seu próprio cargo comissionado, e, nunca falam em cobrar obras ou serviços necessários ao bem-estar da comunidade, a qual deseja “representar”.

Toda essa situação é muito confortável para os vereadores e para o Executivo Municipal, pois encontram naqueles usurpadores, o pelego (capacho, puxa-saco) que necessitam dentro dos bairros e comunidades com a finalidade de barrar a revolta da população e essa, necessita abrir os olhos para poder enxergar que não se resolvem os problemas da sociedade com esmolas, amiúde (regularmente), em tempos de eleição.

Só para fazer alusão, quando chega próximo de alguma eleição, esses usurpadores comunitários supramencionados, começam a agir sorrateiramente tentando enganar outra vez a população, ou seja, procuram demonstrar que estão preocupados com o povo e com as penúrias popular, as quais são muitas, mas procuram as que estão em foco.

Daí, começam a fazer reuniões nos bairros com a finalidade de discutir aquele assunto, porém, você se engana se pensar que dali sairá alguma coisa boa para a população, pois essas reuniões têm um único propósito, garimpar aqueles ou aquelas que serão “bucha de canhão” para o político que está financiando os cabeças dessas reuniões, ou seja, mais uma vez a sociedade e preterida, enganada e usada em benefício de um, ou uns políticos canalhas e cara de pau, os quais usam fraudulentamente os pseudolíderes comunitários para fazer o que eles próprios desejam e não têm coragem suficiente para fazer, pois não disfrutam de um bom relacionamento com o povo, assim usam aqueles inescrupulosos representantes daquela comunidade, bairro ou região da cidade.

Assim estamos desvendando para vocês os ardis (as ciladas) dessas falsas lideranças e esperando pela ação daqueles e daquelas que realmente são os verdadeiros líderes desse tão combalido movimento comunitário.        

 

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