quinta-feira, 4 de março de 2021

PROJETO RODA VIVA ENFERMAGEM

A divulgação da valorização da Enfermagem é o principal objetivo do Projeto Roda Viva, bem como deixar notório a riqueza da ciência, da ética e humanização, reconhecimento do profissional da saúde.

 

Confira a seguir entrevista completa com a Enfermeira Obstetra Ana Cláudia de Freitas de Belo Horizonte/MG.

 

JORNAL CLARIM NATAL - Nome completo

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA - Ana Claudia de Freitas Queles Belmonte

 

JORNAL CLARIM NATAL - Reside onde? Cidade/municipio/estado

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – Belo Horizonte/MG

 

JCN – Profissão

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – Graduada em Enfermagem Obstetrícia pela UEMG-Passos

 

JCN – Há quanto tempo está na Enfermagem?

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – Estou na Enfermagem desde 1997. Trabalhei como Auxiliar, Técnica de Enfermagem, Supervisão, acompanhei estágio, Professora, Presidente de Comissão de Ética, RT.

 

JCN – Onde trabalha?

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – Divina Amamentação. Sou fundadora e temos a equipe para o atendimento materno infantil.

 

SOBRE O PROJETO

JCN – O Projeto Roda Viva Enfermagem foi idealizado por quatro profissionais da Enfermagem, quem são, suas funções profissionais e local de origem?

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – Belo Horizonte/MG – Ana Cláudia de Freitas Queles Belmonte, graduada em Enfermagem Obstetrícia pela UEMG-Passos.

De Salvador/BA - Josevan Santos, Técnico de Enfermagem com especialização em Hemodiálise, Diálise peritoneal, ambulatorial, UTI.



De Natal/RN - Paulo César Pereiro (Paulo Enfermeiro), Técnico de Enfermagem com cursos especializados em Psiquiatria, onde trabalhou por 23 anos. Assistente Social com um trabalho voltado ao Sistema Prisional, onde defende a educação como alternativa de ressocialização. Docente de turmas dos cursos de Pedagogia e Serviço Social e especialização incompleta em Gestão Pública. Paulo Enfermeiro é o idealizador do Projeto Saúde na Tenda e da Associação de Veteranos Jerônimo de Albuquerque.



De Rondônia/ Porto Velho - Júlia, Enfermeira, Pedagoga, Pós-graduada em Gestão em Saúde Pública e Laboratório e Vigilância em Saúde.

JCN – Como os quatro profissionais se conheceram?

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – Nos conhecemos através do MAE, que é o Movimento Ativista da Enfermagem Brasileira. Participamos do Movimento.

 

JCN – Como surgiu a ideia? O primeiro passo?

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – O projeto surgiu a partir da necessidade de trazer a voz da Enfermagem.

 

JCN – Qual o principal objetivo do Projeto Roda Viva Enfermagem?

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – O principal objetivo do projeto é a divulgação da valorização da Enfermagem. E deixar notório a riqueza da ciência, da ética, humanização, reconhecimento do profissional da saúde.

 

JCN – Como será realizado o projeto para que venha chamar a atenção e participação da categoria e a partir daí expandir, chegando a outros municípios e estados do Brasil?

 

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – Será efetuado da seguinte forma. Estaremos efetuando lives com temas ricos de conteúdo para a categoria da Enfermagem. Sempre haverá um convidado de uma determinada região do nosso lindo Brasil, transmitindo experiência a todos.

 

JCN – Este projeto é de cunho político ou social?

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – O Roda viva possui o alvo para a valorização da Enfermagem, mas também não deixará o contexto social e politico a margem.

 

JCN – Como você avalia o projeto que vem crescendo e já inicia com a participação de quatro profissionais da Enfermagem, porém de estados/cidades distintas?

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – Avalio o projeto como o norteador do século XXI a categoria da saúde. A participação dos quatro integrantes provenientes de cidades distintas (BH, Rondônia, Natal e Salvador) deixa bem claro que a Roda Viva é um constante renovar de células, de enriquecimento profissional e intelectual.

 

SOBRE A PROFISSÃO ENFERMAGEM

JCN – Mais do que nunca, agora a Enfermagem vem exercendo o papel de protagonista, atuando na proteção e reabilitação da saúde. Em um ano de desafios, principalmente para os profissionais que atuam na linha de frente no combate ao coronavírus, como você avalia a situação em prol da categoria?

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – Sim. A Enfermagem no dia a dia já é submetida ao desafio constante, pois lidamos diariamente com a vida e com morte. Mas a pandemia realmente veio nos submeter a mais uma batalha. Creio que a categoria mediante a esse inimigo invisível a olho nu tem sofrido bastante, temos o relato de vários óbitos de profissionais da saúde e espero que essa porcentagem diminua o quanto antes. A situação é realmente deprimente, pois há profissionais que pertencem ao grupo de risco e não podem exercer a profissão e mediante a esse fator necessitam de acompanhamento psicológico. E por outro lado, temos a presença de profissionais que muitas vezes acabaram de graduarem e são expostos profissionalmente sem uma capacitação adequada e com isso, constatamos muitas anomalias. Enfim, está sendo muito sofrido para a classe da Enfermagem.

 

JC - Em sua opinião, a Enfermagem tem sido valorizada como merece?

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – A Enfermagem não tem sido valorizada. Podemos pontuar iniciando pelos elementos básicos para sobrevivência humana:
1.Há profissionais que trabalham em instituições por 12 horas e não recebem alimentação e nem local adequado para efetuarem o descanso;
2- Devido ao piso salarial inadequado, há profissionais que são chefe de família e necessitam de trabalharem em 2 ou 3 empregos para completarem a renda familiar;
3- As vozes que nos representam no legislativo são poucas e devido a esse fator, dificilmente ouvem o clamor da categoria da Enfermagem; 4- Os Corens, Cofen e sindicatos da categoria da Enfermagem muitas vezes não possuem o hábito de escutar a classe e com isso não conseguem suprir as necessidades contextuais da Enfermagem....

 

JC - Quais ou qual a maior dificuldade da Enfermagem em Belo Horizonte?

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – Bom, no momento a maior dificuldade em BH, é fazer com que a classe de Enfermagem se veja como uma única categoria e lute de forma conjunta pela valorização.

 

JC – Em sua opinião, o que a Enfermagem em sua cidade necessita para ter uma melhor qualidade?

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – Creio que em BH a Enfermagem terá sua qualidade melhorada, quando ela deixar de ser apenas serviçal e técnica e aprender a olhar para o contexto científico, político e empreendedor. E também elevar a sua voz através dos meios de comunicação, que estão disponíveis (Coren), apresentando soluções óbvias para a saúde da população.

 

JC – Os gestores da cidade contribuem com o segmento, tendo um olhar como deve ser ou não?

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – Bem, vejo que os gestores, mediante a globalização da categoria tem visualizado a fala, a crítica e a insatisfação da classe da saúde. Todavia, alguns ainda estão inertes a trabalho em prol da Enfermagem. Nesse contexto de gestão alguns têm posicionado e tornado em evidência, mas são poucos os trabalhadores e a seara é imensa. Por isso deixo aqui o meu recado.

Enfermagem, globalização não basta, precisamos nos unirmos e elegermos gestores que façam parte da saúde. O MAE(Movimento Ativista da Enfermagem Brasileira) tem esse objetivo dentre outros. E ter um sindicato mais atuante também. A Enfermagem, em regra geral, é largada. Ninguém luta por nós, nem nós mesmos.

 


JC – Como e onde funciona. Divina Amamentação?

ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – Sendo  mãe de duas filhas e profissional, resolvi que seria incrível poder criar uma empresa capaz de preencher tudo o que um atendimento materno infantil, tanto particular quanto público deixam a desejar.

Dei o nome de Divina Amamentação, pois acredito muito que, o que é DIVINO tem que ser completo, portanto, esse sempre foi o objetivo da minha empresa.

Pensei em tudo que seria capaz não somente de facilitar a vida de uma gestante como também, de tornar mágico cada segundo. “O mesmo que prepara a casa, prepara o alimento”.

Alber - Vice-presidente Nacional do MAE e Presidente do MAE/MG

 

 


 

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