A
divulgação da valorização da Enfermagem é o principal objetivo do Projeto Roda
Viva, bem como deixar notório a riqueza da ciência, da ética e humanização,
reconhecimento do profissional da saúde.
Confira a
seguir entrevista completa com a Enfermeira Obstetra Ana Cláudia de Freitas de Belo
Horizonte/MG.
JORNAL
CLARIM NATAL - Nome
completo
ENFERMEIRA
ANA CLÁUDIA - Ana
Claudia de Freitas Queles Belmonte
JORNAL
CLARIM NATAL - Reside
onde? Cidade/municipio/estado
ENFERMEIRA
ANA CLÁUDIA – Belo
Horizonte/MG
JCN – Profissão
ENFERMEIRA
ANA CLÁUDIA – Graduada
em Enfermagem Obstetrícia pela UEMG-Passos
JCN – Há quanto tempo está na
Enfermagem?
ENFERMEIRA
ANA CLÁUDIA – Estou na Enfermagem
desde 1997. Trabalhei como Auxiliar, Técnica de Enfermagem, Supervisão, acompanhei
estágio, Professora, Presidente de Comissão de Ética, RT.
JCN – Onde trabalha?
ENFERMEIRA
ANA CLÁUDIA – Divina
Amamentação. Sou fundadora e temos a equipe para o atendimento materno
infantil.
SOBRE O
PROJETO
JCN – O Projeto Roda Viva
Enfermagem foi idealizado por quatro profissionais da Enfermagem, quem
são, suas funções profissionais e local de origem?
ENFERMEIRA
ANA CLÁUDIA – Belo Horizonte/MG – Ana Cláudia de Freitas Queles Belmonte, graduada em
Enfermagem Obstetrícia pela UEMG-Passos.
De
Salvador/BA - Josevan
Santos, Técnico de Enfermagem com especialização em Hemodiálise, Diálise
peritoneal, ambulatorial, UTI.
De
Natal/RN - Paulo
César Pereiro (Paulo Enfermeiro), Técnico de Enfermagem com cursos
especializados em Psiquiatria, onde trabalhou por 23 anos. Assistente Social
com um trabalho voltado ao Sistema Prisional, onde defende a educação como
alternativa de ressocialização. Docente de turmas dos cursos de Pedagogia e
Serviço Social e especialização incompleta em Gestão Pública. Paulo
Enfermeiro é o idealizador do Projeto Saúde na Tenda e da Associação de
Veteranos Jerônimo de Albuquerque.
De
Rondônia/ Porto Velho - Júlia, Enfermeira, Pedagoga, Pós-graduada em Gestão em Saúde Pública e
Laboratório e Vigilância em Saúde.
ENFERMEIRA
ANA CLÁUDIA – Nos
conhecemos através do MAE, que é o Movimento Ativista da Enfermagem Brasileira.
Participamos do Movimento.
JCN – Como surgiu a ideia? O primeiro
passo?
ENFERMEIRA
ANA CLÁUDIA – O projeto
surgiu a partir da necessidade de trazer a voz da Enfermagem.
JCN – Qual o principal objetivo do
Projeto Roda Viva Enfermagem?
ENFERMEIRA
ANA CLÁUDIA – O
principal objetivo do projeto é a divulgação da valorização da Enfermagem. E
deixar notório a riqueza da ciência, da ética, humanização, reconhecimento do
profissional da saúde.
JCN – Como será realizado o projeto
para que venha chamar a atenção e participação da categoria e a partir daí
expandir, chegando a outros municípios e estados do Brasil?
ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – Será efetuado da seguinte forma. Estaremos efetuando lives com temas
ricos de conteúdo para a categoria da Enfermagem. Sempre haverá um convidado de
uma determinada região do nosso lindo Brasil, transmitindo experiência a todos.
JCN – Este projeto é de cunho político
ou social?
ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – O Roda viva possui o alvo para a valorização da Enfermagem, mas
também não deixará o contexto social e politico a margem.
JCN – Como você avalia o projeto que
vem crescendo e já inicia com a participação de quatro profissionais da
Enfermagem, porém de estados/cidades distintas?
ENFERMEIRA
ANA CLÁUDIA – Avalio o
projeto como o norteador do século XXI a categoria da saúde. A participação dos
quatro integrantes provenientes de cidades distintas (BH, Rondônia, Natal e
Salvador) deixa bem claro que a Roda Viva é um constante renovar de células, de
enriquecimento profissional e intelectual.
SOBRE A
PROFISSÃO ENFERMAGEM
JCN – Mais do que nunca, agora a
Enfermagem vem exercendo o papel de protagonista, atuando na proteção e
reabilitação da saúde. Em um ano de desafios, principalmente para os
profissionais que atuam na linha de frente no combate ao coronavírus, como você
avalia a situação em prol da categoria?
ENFERMEIRA
ANA CLÁUDIA – Sim. A Enfermagem no dia a dia já é
submetida ao desafio constante, pois lidamos diariamente com a vida e com
morte. Mas a pandemia realmente veio nos submeter a mais uma batalha. Creio que
a categoria mediante a esse inimigo invisível a olho nu tem sofrido bastante, temos
o relato de vários óbitos de profissionais da saúde e espero que essa
porcentagem diminua o quanto antes. A situação é realmente deprimente, pois há
profissionais que pertencem ao grupo de risco e não podem exercer a profissão e
mediante a esse fator necessitam de acompanhamento psicológico. E por outro
lado, temos a presença de profissionais que muitas vezes acabaram de graduarem
e são expostos profissionalmente sem uma capacitação adequada e com isso,
constatamos muitas anomalias. Enfim, está sendo muito sofrido para a classe da
Enfermagem.
JC - Em sua opinião, a Enfermagem tem
sido valorizada como merece?
ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – A Enfermagem não tem sido valorizada. Podemos pontuar iniciando pelos
elementos básicos para sobrevivência humana:
1.Há profissionais que trabalham
em instituições por 12 horas e não recebem alimentação e nem local adequado
para efetuarem o descanso;
2- Devido ao piso salarial
inadequado, há profissionais que são chefe de família e necessitam de
trabalharem em 2 ou 3 empregos para completarem a renda familiar;
3- As vozes que nos representam no
legislativo são poucas e devido a esse fator, dificilmente ouvem o clamor da
categoria da Enfermagem; 4- Os Corens, Cofen e sindicatos da categoria da
Enfermagem muitas vezes não possuem o hábito de escutar a classe e com isso não
conseguem suprir as necessidades contextuais da Enfermagem....
JC - Quais ou qual a maior dificuldade da Enfermagem em
Belo Horizonte?
ENFERMEIRA
ANA CLÁUDIA – Bom, no momento a maior dificuldade em BH, é fazer
com que a classe de Enfermagem se veja como uma única categoria e lute de forma
conjunta pela valorização.
JC – Em sua opinião, o que a Enfermagem em sua cidade
necessita para ter uma melhor qualidade?
ENFERMEIRA ANA CLÁUDIA – Creio que em BH a Enfermagem terá sua qualidade melhorada, quando ela
deixar de ser apenas serviçal e técnica e aprender a olhar para o contexto
científico, político e empreendedor. E também elevar a sua voz através dos
meios de comunicação, que estão disponíveis (Coren), apresentando soluções
óbvias para a saúde da população.
JC – Os gestores da cidade contribuem com o segmento,
tendo um olhar como deve ser ou não?
ENFERMEIRA
ANA CLÁUDIA – Bem, vejo
que os gestores, mediante a globalização da categoria tem visualizado a fala, a
crítica e a insatisfação da classe da saúde. Todavia, alguns ainda estão
inertes a trabalho em prol da Enfermagem. Nesse contexto de gestão alguns têm
posicionado e tornado em evidência, mas são poucos os trabalhadores e a seara é
imensa. Por isso deixo aqui o meu recado.
Enfermagem,
globalização não basta, precisamos nos unirmos e elegermos gestores que façam
parte da saúde. O MAE(Movimento Ativista da Enfermagem Brasileira) tem esse objetivo
dentre outros. E ter um sindicato mais atuante também. A Enfermagem, em regra
geral, é largada. Ninguém luta por nós, nem nós mesmos.
JC – Como e onde funciona. Divina Amamentação?
ENFERMEIRA
ANA CLÁUDIA – Sendo mãe de duas filhas e profissional,
resolvi que seria incrível poder criar uma empresa capaz de preencher tudo o
que um atendimento materno infantil, tanto particular quanto público deixam a
desejar.
Dei o
nome de Divina Amamentação, pois acredito muito que, o que é DIVINO tem que ser
completo, portanto, esse sempre foi o objetivo da minha empresa.
Pensei em
tudo que seria capaz não somente de facilitar a vida de uma gestante como
também, de tornar mágico cada segundo. “O mesmo que prepara a casa, prepara o
alimento”.
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