quinta-feira, 18 de março de 2021

Homenagem ao Dia Internacional da Mulher

Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, reunimos depoimentos de diversas mulheres, contando sobre seus desafios e anseios.

Sheila Freitas, Delegada de Polícia Civil, atualmente, Secretária de Segurança de Natal,

casada, tem 3 filhos e 2 enteadas.

JORNAL CLARIM NATAL - O que é ser mulher para você?

DELEGADA SHEILA FREITAS - Mulher pra mim é sinônimo de Força, Coragem, Luta, Esperança e Fé.

 

JCN - O que a levou a escolher sua profissão?

DELEGADA SHEILA FREITAS - A possibilidade de quebrar barreiras e servir a população.

 

JCN - Em sua profissão, qual é o seu maior desafio? 

DELEGADA SHEILA FREITAS - Como Delegada de Polícia, o maior desafio é estabelecer a paz social. É na Delegacia onde se começa a Justiça.

Como Secretária Municipal de Segurança,  meu maior desafio é a proteção das mulheres vítimas de violência doméstica, através da Patrulha Maria da Penha.

 

JCN - O fato de ser mulher já a fez sofrer algum tipo de preconceito em sua profissão?

DELEGADA SHEILA FREITAS - Sim, não dentro da minha instituição, Polícia Civil, e sim, quando assumi o cargo de Secretária de Segurança do RN, onde poucos integrantes das forças militares do RN, não aceitavam o comando feminino.

 

JCN - Como avalia o papel da mulher na sociedade contemporânea? 

DELEGADA SHEILA FREITAS - A mulher na atualidade, embora em maioria, com nível de escolaridade mais elevado, ainda precisa lutar muito para provar sua competência. É uma guerra desigual. Somos filhas, mãe, esposa, dona de casa e profissionais, em tempo integral. Vamos mudar o mundo ainda!



Júlia de Almeida, Enfermeira, natural de Rondônia, solteira e tem

4 sobrinhos filho.

JORNAL CLARIM NATAL - O que é ser mulher para você?

ENFERMEIRA JÚLIA - Sinônimo de Amor, Superação, Guerreira, Coragem e Competência....

 

JCN - O que a levou a escolher sua profissão?

ENFERMEIRA JÚLIA - Eu tinha uma irmã que despertou um quadro de Epilepsia aos 4 anos de idade, e minha mãe peregrinava nos hospitais em busca de atendimento pra ela. Logo, passei a me familiarizar com a rotina hospitalar. Devido ao sofrimento dela eu prometi pra mim mesma que trabalharia em Hospital para ajudá-la, mas nem deu tempo ela faleceu por afogamento aos 23 anos.

 

JCN - Em sua profissão, qual é o seu maior desafio? 

ENFERMEIRA JÚLIA - Salvar vidas, mas no momento é vencer a pandemia da covid19, vencer a falta de insumos, vencer a falta de valorização, vencer a dor da perda dos parceiros, amigos de profissão, enfim tantas perdas.

 

JCN - O fato de ser mulher já a fez sofrer algum tipo de preconceito em sua profissão?

ENFERMEIRA JÚLIA - Sim, começando pelo próprio nome da profissão Enfermeiro, porque a Enfermagem nasceu de duas mulheres Floris (Florence) e Ana Néri, daí eu me questiono porque Enfermeiro? E não Enfermeira?

 

JCN - Como avalia o papel da mulher na sociedade contemporânea?

ENFERMEIRA JÚLIA - Muito proativa, antenada, disposta, competente, inovadora e empoderada.


Adeilze Silva dos Santos, Guarda Municipal, Técnica de Enfermagem, casada e tem 2 filhos.  

JORNAL CLARIM NATAL - O que é ser mulher para você?

GUARDA MUNICIPAL ADEILZE - Superação diária, todos os dias provar para mim mesma que eu posso, que não sou frágil, não nasci para ser submissa, nem tampouco para ser vítima de qualquer tipo de violência, em um universo extremamente machista e preconceituoso. Ser mulher é ser resiliente, é provar a todos que somos capazes de ser igual aos homens e tornar-se respeitada. É estar de cabeça erguida e lutar sempre por igualdade de direitos, ciente que a cada dia é um novo dia de desafios para nós. 

 

JCN - O que a levou a escolher sua profissão?

GUARDA MUNICIPAL ADEILZE - Buscando estabilidade financeira em uma função que me realizasse como pessoa e me desse satisfação em executar essa função, encontrei na Guarda Municipal, que tenho orgulho de fazer parte há pouco mais de 16 anos, ao qual mostrei que posso fazer a diferença em um universo estritamente masculino.

Ao longo da minha vida fui balconista, Recepcionista, Porteira de Condomínio, Segurança Privada e Técnica de Enfermagem.  Trabalhar é ter minha independência, desde os 18 anos que me sustento. Com muito orgulho ajudo meus pais e minha família, me sinto realizada como profissional, e como mulher.

Aqui mesmo nesse jornal concedi uma entrevista como candidata a Vereadora, pois acredito que a mulher tem que estar em todos os espaços, inclusive na política, com projetos e ações voltadas para nós. Só uma mulher sabe a necessidade e os problemas enfrentados. 

 

JCN - Em sua profissão, qual é o seu maior desafio? 

GUARDA MUNICIPAL ADEILZE - O desafio é sempre a desconfiança de que a mulher não é capaz, e aí toda hora você tem que estar provando o contrário, isso é exaustivo, tudo que a mulher for fazer, tem que ser bem feito, ou receberá  críticas e será excluída de alguma forma.

Na Guarda Municipal já superei vários desafios, pilotando moto, dirigindo viaturas, na inteligência, no CIOSP, na ROMU (Ronda Ostensiva Municipal), na Patrulha Maria da Penha e hoje no GAAM (Grupamento Ambiental). Ainda há uma resistência em colocar mulheres em cargos de comando e chefias, o machismo e o preconceito ainda imperam na instituição. 

 

JCN - O fato de ser mulher já a fez sofrer algum tipo de preconceito em sua profissão?

GUARDA MUNICIPAL ADEILZE - Sim, são muitos preconceitos, internos e externos. Existe uma cultura social que a mulher é frágil, e que não serve para algumas funções, então toda hora nós temos que estar provando nossa capacidade e com muito cuidado, porque qualquer vacilo alguém vai dizer: "É porque é mulher..." Quando eu fui trabalhar no operacional, alguns colegas não queriam trabalhar comigo porque não queriam mulher na equipe, além do preconceito interno, existe o externo, onde muitas vezes a própria sociedade não confia na agente feminina. É como falei, são infinitos desafios.

Sempre me posiciono e deixo claro que sou igual a todos, que não aceito machismo e que vou até às últimas instâncias para salvaguardar minha dignidade. Já passou a época de mulher ser maltratada sob qualquer tipo de violência ou assédio moral no trabalho. Inclusive temos hoje uma rede de atendimento à mulher baseado na Lei Maria da Penha, que dentre outros artigos, tipifica o feminicídio, haja vista o extermínio de mulheres ao longo do tempo.

 

JCN - Como avalia o papel da mulher na sociedade contemporânea? 

 

GUARDA MUNICIPAL ADEILZE - Avalio como agente modificador, se inserindo na sociedade de forma a mudar esse quadro de preconceito contra as mulheres. Estamos no limiar da mudança, pois as mulheres já trabalham e são chefes de famílias, além de independentes. Em outras épocas, a mãe solteira era desprezada e humilhada, hoje a mulher tem o direito de ser feliz e tentar novamente um relacionamento ou mesmo sozinha viver sua vida. Já houve muita evolução no quesito igualdade de gênero, mas ainda vivemos situações inaceitáveis e cabe a cada uma de nós levantar a voz, sem medo, e dizer, eu não aceito esse tipo de tratamento, eu exijo respeito e dignidade.

A todas as mulheres:

- Se posicionem e não aceitem ninguém diminuí-las ou tratá-las de forma desigual. 

Juntas somos a maioria e a maioria que faz a diferença.


Edwygina Silva de Araújo Frederico (Gina), Nutricionista e Especialista em Estética, casada e tem “uma filha linda”, como ela se referiu.

JORNAL CLARIM NATAL – O que é ser mulher para você?

NUTRICIONISTA GINA - Um presente de Deus. Ser mulher é sublime, é poder gerar um ser e alimentá-lo de amor, sabedoria, é sentir um amor incondicional, é sempre acreditar que o melhor está por vir, é exercer vários papeis com maestria.  Sou muito grata e feliz por ser, MULHER.

JCN - O que a levou a escolher sua profissão?

NUTRICIONISTA GINA - O desejo de promover qualidade de vida e bem estar e foi através dessas profissões que descobri o meu propósito de vida.


JCN - Em sua profissão, qual é o seu maior desafio? 

NUTRICIONISTA GINA - Despertar em cada ser que nos procurar a prioridade, o cuidado com a saúde do corpo e da mente.

 

JCN - O fato de ser mulher já a fez sofrer algum tipo de preconceito em sua profissão?

NUTRICIONISTA GINA - Felizmente não. 

 

JCN – Como avalia o papel da mulher na sociedade contemporânea?

NUTRICIONISTA GINA - De extrema importância para a evolução, eu diria revolução, renovação e ousadia.

Vivemos por muitos anos numa sociedade repressora, sendo taxadas de feministas, fomos masculinizadas, estigmatizadas de loucas, desvairadas. Pelo simples fato de reivindicar o nosso espaço na sociedade. 

Mostramos que somos e temos uma Força gigantesca, temos Criatividade, Profissionalismo, Competência e um grande Potencial em qualquer esfera que quisermos estar. Para nós, o céu é o limite. Sabemos que fazemos a diferença para o bem em toda área que desejamos.


Yndianara Lyzandra Damasceno Nogueira, Farmacêutica Bioquímica, casada e não possui filhos.

JORNAL CLARIM NATAL - O que é ser mulher para você?

BIOQUÍMICA YNDIANARA - É sensibilidade, antes de tudo. Fortaleza e muita sabedoria também.

 

JCN - O que a levou a escolher sua profissão?

BIOQUÍMICA YNDIANARA - Sempre tive muito interesse pela fisiologia, saúde... As análises clínicas foi uma consequência.

 

 

JCN - Em sua profissão, qual é o seu maior desafio? 

BIOQUÍMICA YNDIANARA - O desafio maior e diário é o cuidado, a responsabilidade de lidar com vidas.

 

JCN - O fato de ser mulher já a fez sofrer algum tipo de preconceito em sua profissão?

BIOQUÍMICA YNDIANARA - Não diretamente. Mas, claro que em um mundo machista os desafios de ser mulher nos acompanham em qualquer parte.

 

JCN - Como avalia o papel da mulher na sociedade contemporânea?

BIOQUÍMICA YNDIANARA - Desafiador e Fonte de Esperança. As mudanças têm sido muito rápidas, e nós mulheres temos sido agentes importantes.


Vanessa Pache da Rosa, Médica, casada e tem 2 filhos.

JORNAL CLARIM NATAL - O que é ser mulher para você?

DOUTORA VANESSA PACHE - É ter a oportunidade de poder viver experiências que com o sexo biológico masculino, eu não viveria, como por exemplo, a mais sublime delas que é a maternidade. 

 

JCN - O que a levou a escolher sua profissão?

DOUTORA VANESSA PACHE - A possibilidade de ajudar as pessoas, promovendo a saúde, prevenindo e tratando doenças e muitas vezes, quando não é possível a cura, simplesmente cuidar com amor. Todas estas funções a medicina nos permitem fazer. 

 

JCN - Em sua profissão, qual é o seu maior desafio?

DOUTORA VANESSA PACHE - Trabalhar com amor, apesar de todas as adversidades que encontramos, seja no âmbito público ou privado. É muito sofrido para o médico querer fazer mais pela saúde de um paciente e não ter condições para executar, seja pela falta de leitos, de medicamentos ou recursos diagnósticos. 

 

JCN - O fato de ser mulher já a fez sofrer algum tipo de preconceito em sua profissão?

DOUTORA VANESSA PACHE - Não tive nenhuma situação relevante, mas já presenciei comentários em ambiente de trabalho julgando que um determinado procedimento seria melhor executado por um homem do que por uma mulher, por exemplo.

 

JCN - Como avalia o papel da mulher na sociedade contemporânea?

DOUTORA VANESSA PACHE - De extrema importância, haja visto o esforço que temos feito para crescer e aprimorar nossos conhecimentos em todas as áreas e ainda mantendo os cuidados com nossos familiares.


Nadja Farias, Jornalista, “Operária da Comunicação”, como ela frisou. Possui filhos, um casal. de filhos.

JORNAL CLARIM NATAL - O que é ser mulher para você?

JORNALISTA NADJA FARIAS - Com experiência adquirida ao longo dos anos, as principais armas são: Fé, Coragem e Determinação.

 

JCN - O que a levou a escolher sua profissão?

JORNALISTA NADJA FARIAS - A adrenalina que borbulha no campo da Comunicação, em todas suas áreas de atuação. 

 

JCN - Em sua profissão, qual é o seu maior desafio? 

JORNALISTA NADJA FARIAS - O desconhecido, isso me gera atração. Como exemplo, minha experiência no Acre na década dos anos 80. Uma grande realização profissional.

 

JCN - O fato de ser mulher já a fez sofrer algum tipo de preconceito em sua profissão?

JORNALISTA NADJA FARIAS - Quem não sofreu preconceito? Claro muitas vezes. Pelo simples fato de ser mulher já é motivo. Muitas vezes, os olhares demonstram esse defeito de fabricação de grande parte da humanidade. 

 

JCN - Como avalia o papel da mulher na sociedade contemporânea? 

JORNALISTA NADJA FARIAS - É um ser especial. Costumo dizer que Deus quando criou a mulher da costela do homem, ela já se tornou mais forte. (Risos). Por isso, com Coragem conquistando cada vez mais seu papel na sociedade, com maestria e cada vez aumentando sempre na sua posição de Mulher Emponderada, podendo ser o que quer sem medo de ser feliz.


Encerrando as entrevistas das homenageadas, a Jornalista Nadja Farias realizou uma homenagem à editora do jornal Clarim Natal, Waldilene Farias, conhecida como Wal Farias.

“Quero aproveitar o espaço para também homenagear uma grande mulher Wal Farias, grande Jornalista, determinada, de garra, guerreira. O nome destaque é você, Wal. Obrigada.

Aqui... O meu aplauso (palmas...) para a lutadora que ama também o seu Bairro, local onde mora e defende...




 





 



 



 





 



 

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