segunda-feira, 6 de julho de 2020

Zona Norte de Natal,o Alvo Preferido

Foto Divulgação

Região com grande potencial de crescimento, 354.901 habitantes, de acordo com informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2016 e uma série de problemas a serem sanados a Zona Norte de Natal, maior região de Natal, em população e área se transforma na “queridinha” muito procurada em período de eleição, mas será que esta região tem sido valorizada através do poder público? 

É através desta questão que o Jornal Clarim Natal abriu uma discussão sobre o tema Zona Norte de Natal, onde a cada edição abrimos espaço para a sua opinião e avaliação. 

Pelo que tivemos oportunidade de verificar, as respostas e avaliações são unânimes quanto à presença de obras públicas nesta região, só lembrada em período eleitoral. 
Ressaltamos que a abertura deste espaço é meramente de cunho de utilidade pública e mostrar um pequeno raio x da Zona Norte de Natal. 

Com uma população maior que Mossoró, a ZN, segunda maior cidade do Rio Grande do Norte é conhecida por seu crescimento acelerado em todas as áreas. 

A região sempre foi vista como o Patinho Feio, mas, após a construção da Ponte Newton Navarro (Forte-Redinha) e o aeroporto de São Gonçalo do Amarante passou a ser vista como um lindo ganso. 

É composta por sete bairros: Igapó, Redinha, Potengi, Salinas, Nossa Senhora da Apresentação, Lagoa Azul e Pajuçara. Estes bairros por sua vez, se subdividem em 35 conjuntos habitacionais, 56 loteamentos e 18 áreas subnormais. Tudo isso distribuído por 5.768,66 hectares. 

Ivanilson de Oliveira Silva, presidente da FENAC (Federação de Natal e Grande Natal das Associações, Conselhos Comunitários e Ongs) é morador do Conjunto Brasil Novo, Bairro Pajuçara e durante entrevista comentou e avaliou diversos setores da região. 

Confira a avaliação e comentários sobre os segmentos: 

Mobilidade Urbana: Os bairros da Zona Norte são estratégicos para o sistema de transporte público de Natal e Região Metropolitana, pois, além do grande número de passageiros frequentes, necessita da criação de novas linhas ou ampliação de itinerários e criar novas rotas, sinalizar vias e organizar o tráfego. 

Saúde: Posto de Saúde sucateado, não tem médicos, remédios, os Programas Médicos da Família e outros não funcionam, ou seja, há muitas pessoas que não têm o atendimento básico da saúde, Unidade de Saúde da Família (denominados fora de área). 

Educação: Baixa remuneração paga aos professores de Ensino Básico, principalmente da educação pública. Falta de um sistema que beneficie os profissionais mais eficientes. - Carência em sistemas eficientes de aperfeiçoamento, capacitação e educação continuada para professores; Currículo pouco interessante para os alunos ou desconectados da realidade; Baixa participação dos pais na vida escolar dos filhos e nos assuntos da escola; Burocracia em excesso na administração escolar; Investimentos públicos insuficientes para atender com qualidades as necessidades educacionais; Elevados índices de repetência, principalmente em regiões mais carentes; Baixa permanência dos alunos nas escolas (média de 4 horas diárias); Existência de professores lecionando sem formação específica para a área; Uso em excesso de métodos de ensino ultrapassados (questionários, cópias de lição na lousa, muitas aulas teóricas sem participação dos alunos, etc.); Falta de conexão entre os níveis de ensino (infantil, fundamental e médio); Carência de condições materiais em escolas de regiões pobres. Não tem políticas públicas para integra o aluno o dia inteiro na escola. 

Transporte: Sucateados, passagem altíssimas, super lotados sem conforto e não cumprem com os horários. 

Saneamento e drenagem: Toda Região Norte foi iniciada, mas ficou pelo meio do caminho. 

Iluminação: Muitas lâmpadas queimadas e as que estão acesas são das amarelas muito fracas com manutenções altíssimas. 

Esporte Amador: Não existe incentivo, nossos jovens e adultos precisam deste incentivo para tirar do anseio. 

Ginásio Nélio Dias: Não agrega os esportes de base, Não fazem campeonatos entre bairros, deveria ser usado para fomentar a cultura, esporte e lazer de nossa região, mas só está servindo de abrigo para usuários de drogas e pombos. 

Obras concluídas na ZN da Prefeitura de Natal: Escolas, Posto de Saúde e Quadras Poliesportivas. 

Obras inacabadas: Posto de Saúde, ruas dos Conjuntos Brasil Novo, Parque das Dunas e Loteamentos Jardim Brasil, Alto da Colina, Nova República e Brasil Novo. 

Projetos de Lei aprovados para a ZN: Desconheço apenas as leis existentes para toda Natal. 

Qual principal problema de sua comunidade? Não tem Escola do Nível Médio, a Escola do Município só atende alunos do 1º ao 5º ano fechando a noite, na qual poderia ser utilizada com outras modalidades. 

Em sua opinião o que a Prefeitura poderia fazer pela ZN? Fazer a terceira ponte do Potengi a Ribeira, Mais creches com o atendimento o dia todo, incentivos para as crianças, jovens, adultos e da melhor idade, Cursos Profissionalizantes, artes plásticas, Primeiro Emprego, Ação Social com vários atendimentos, Academia da Melhor Idade e outros. 

E por sua comunidade Conjunto Brasil Novo? Escola do Município que atenda alunos do 6º ao 9º, Quadra Poliesportiva telada, Posto de Saúde, Academia da Melhor Idade e uma casa para Incentivo a Cultura e Artesanato. 

Característica - A região norte de Natal tem como característica principal estar situada em um espaço que antes se definia como rural e que, ainda hoje, mistura uma paisagem urbana com traços de uma vida campestre. É uma área baixa em relação ao nível do mar e em grande parte composta por mangues. Geograficamente isolada, possuía antigamente apenas uma via de acesso: a ponte de Igapó, construída há mais de 40 anos. 

Infraestrutura - Apesar do crescimento populacional, a infraestrutura da região norte ainda é precária (saneamento básico, transporte, saúde, segurança, serviços, educação, entre outros. 

Surgimento - A Zona Norte de Natal surgiu como uma área planejada de conjuntos habitacionais e loteamentos formais e informais, com a particularidade da presença da via férrea cortando a região e favorecendo a acessibilidade de seus moradores. São exemplos o Potengi (1976), Soledade I (1978), Panorama I e II (1978), Panatis I e III (1979), Panatis II (1981), Santa Catarina e Soledade II (1982) e Santarém (1983). 




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