O Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) divulgou no último dia 8 a divisão do fundo eleitoral de R$ 2
bilhões. O dinheiro vai abastecer as campanhas de prefeitos e vereadores nas
eleições municipais deste ano.
Maiores bancadas na
Câmara, PT, PSL e PSD ficaram com as maiores parcelas – R$ 200 milhões, R$ 193
milhões e R$ 157 milhões respectivamente.
O primeiro turno está
marcado para o dia 4 de outubro, mas pode ser adiado para mitigar os riscos da
pandemia do novo coronavírus. Além do dia de votação em si, o calendário
eleitoral prevê convenções partidárias, testes das urnas eletrônicas e a
própria campanha – compromissos que podem ser afetados pela Covid-19.
Mais cedo, o presidente
do TSE, Luís Roberto Barroso, afirmou aos presidentes do Senado, Davi
Alcolumbre, e Rodrigo Maia (DEM-RJ), que especialistas recomendaram adiar o
pleito por algumas semanas, empurrando a votação entre o fim de novembro e
início de dezembro.
Questionados, os
representantes do Judiciário e do Legislativo vêm afirmando que a intenção é
garantir que o resultado final seja divulgado ainda em 2020, para que não seja
necessário prorrogar os mandatos atuais de prefeitos e vereadores.
Ao sancionar o
Orçamento 2020, em janeiro, o presidente Jair Bolsonaro chegou a indicar que
poderia vetar o Fundo Eleitoral. Em dezembro, por exemplo, Bolsonaro disse:
"Em havendo brecha para vetar [os R$ 2 bilhões], eu vou fazer isso."
Distribuição
do fundo
A lei prevê a seguinte
distribuição do fundo:
- 2% distribuídos
igualmente entre todas as legendas registradas
- 35%
consideram
a votação de cada partido que teve ao menos um deputado eleito na última
eleição para a Câmara
- 48% consideram o
número de deputados eleitos por cada partido na última eleição, sem levar
em conta mudanças ao longo da legislatura
- 15% consideram o
número de senadores eleitos e os que estavam na metade do mandato no dia
da última eleição
Os recursos do Fundo
Eleitoral só serão disponibilizados aos partidos depois de a sigla definir
critérios para a sua distribuição. Essas instruções têm de ser aprovadas pela
maioria absoluta da executiva nacional da sigla e, depois, divulgadas ao
público.
Entre as novas regras
fixadas pelo TSE para o uso do fundo, neste ano, está a proibição para que os
partidos políticos repassem esses recursos para candidatos de outras
coligações.
Outra medida é a de que
os gastos com advogados e contadores não poderão mais entrar no limite de
gastos com apoiadores previsto em lei.
Valor
por partido
Confira, abaixo, o
valor que cada legenda receberá no Fundo Partidário, segundo o TSE:
- PT: R$ 200.925.914,05
- PSL:
R$
193.680.822,47
- PSD:
R$
157.180.452,52
- MDB: R$ 154.867.266,21
- PP: R$ 140.245.548,54
- PSDB: R$ 26.028.246,07
- PL: R$
123.291.771,52
- DEM: R$
114.582.014,53
- PSB: R$
109.473.374,53
- Republicanos: R$
104.420.877,14
- PDT: R$ 99.268.623,40
- PODE: R$ 88.650.237,68
- PROS: R$ 44.662.782,92
- Solidariedade: R$ 42.226.143,46
- PSOL: R$ 40.671.705,00
- Cidadania: R$ 39.432.103,26
- Novo: R$ 36.593.934,06
( o partido teria direito a esse valor, mas informou que abriu mão)
- PTB: R$ 35.104.450,75
- PSC: R$ 33.174.133,61
- PCdoB: R$ 30.975.329,95
- Avante: R$ 28.147.299,59
- Patriotas: R$ 27.486.008,90
- PV: R$ 20.513.797,41
- Rede: R$ 20.420.046,72
- PMN: R$ 5.872.173,76
- PTC: R$ 5.634.758,31
- DC: R$ 4.025.171,90
- PCB: R$ 1.233.305,95
- PCO: R$ 1.233.305,95
- PMB: R$ 1.233.305,95
- PRTB: R$ 1.233.305,95
- PSTU: R$ 1.233.305,95
- UP: R$ 1.233.305,95
- Total:
R$ 2.034.954.823,96
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