Foto: Assecom/Ufersa
Estudante de Computação irá apresentar, em São Paulo, projeto “Povo Soberano” na Campus Future.
O estudante do curso de Ciência da Computação da Ufersa, José Dijon de Oliveira Neto, irá apresentar em São Paulo o projeto “Povo Soberano” durante a realização da Campus Future. O evento é um projeto da Campus Party Brasil, que dá espaço, divulgação e exposição para projetos acadêmicos de estudantes universitários que tenham destaque pela utilização da tecnologia, sejam inovadores, criativos e também tenham um impacto social relevante.
O projeto de José Dijon surgiu a partir da crise de representatividade com a classe política brasileira. Conforme ele exemplifica: escândalos de corrupção, a necessidade de reformas (política, tributária, etc); votação de propostas contrárias à opinião/vontade popular e com teor de corrupção; demora na votação de propostas; distorção no conteúdo original de projetos de lei (ex.: 10 medidas contra a corrupção, criado pelo Ministério Público Federal); e, principalmente, por causa do aumento de interesse e atuação da população nessas questões.
Foi a partir desta percepção político-social que surgiu a ideia do “Povo Soberano”, um projeto que pretende viabilizar a democracia direta por meio de um sistema de informação focado em transparência e segurança e desenvolvido pela comunidade brasileira de acadêmicos e profissionais. Dijon defende que, por meio dele, os cidadãos votarão naquilo que acredita e seguindo recomendações sobre Economia, Direito, Ética, Meio Ambiente etc., dos “Especialistas Credenciados”.
Ou seja, para ser credenciado como “Especialista Credenciado” é necessário possuir diploma universitário na área relacionada ao assunto em votação. Com o intuito de garantir a transparência, o código-fonte será disponibilizado em um repositório público, permitindo, assim, colaboração no desenvolvimento. Além disso, auditorias poderão ser feitas tanto no código quanto nos servidores.
A segurança está baseada no uso de tecnologias para o reconhecimento e autenticação de cada cidadão e na não-intervenção humana em processos que poderiam fraudar votações. Em vez de fazer manifestação ou ocupação para demonstrar a insatisfação com alguma medida, é mais simples o próprio cidadão votar diretamente contra (ou a favor) de alguma medida, assim como acontece de forma simbólica na Consulta Pública do Senado.
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