Foto: Demis Roussos
Ivan Júnior, presidente da FEMURN
No próximo domingo, 2 de outubro, teremos o primeiro turno das eleições 2016. É o momento de exercermos a nossa cidadania. No Rio Grande do Norte, mais de dois milhões de pessoas vão às urnas para escolher prefeitos e vereadores, que terão um mandato de quatro anos.
É verdade que ainda temos um longo caminho pela frente para fortalecer a democracia do nosso país. O direito ao voto deve ser valorizado. O voto é a arma que cada cidadão possui para escolher seus representes.
Os municípios vivenciam período histórico de extremas dificuldades. Com cada vez menos receitas, atrasos em repasses de diversos segmentos e graves dificuldades para pagar funcionários e fornecedores, gerir um município é, atualmente, um verdadeiro ato de coragem.
Aos corajosos que disputam as eleições, queremos parabenizá-los. E aos eleitos no próximo domingo, desejamos antecipadamente força e sabedoria, pois vivenciamos uma luta intensa, assim como também colocamos à disposição a Federação dos Municípios, na contínua parceria e busca por melhorias em todas as áreas, para todos os municípios.
Cumprimentamos também os chefes de poder executivo municipais que optaram por não buscar a reeleição – número recorde no Rio Grande do Norte, atualmente 28, e no Brasil, onde 1.830 abriram mão da reeleição, mesmo permitida pela legislação eleitoral.
Mas o principal recado deve ser direcionado ao eleitor: a população que, infelizmente, ainda enfrenta graves problemas sociais, ocasionados principalmente por dificuldades relacionadas à gestão pública. No atual cenário da coisa pública, a tendência é que as receitas continuem poucas, mas os gastos e a necessidade de investimento permaneçam.
Esta eleição é uma oportunidade que temos em buscar os gestores mais preparados, que tenham capacidade em gerir os municípios, apesar das dificuldades. A campanha nos possibilitou que as propostas fossem apresentadas. Agora nos cabe fazer a escolha certa, conscientes de que não existem fórmulas mágicas, e os recursos minguam cada vez mais.
Para se ter ideia, o principal repasse dos municípios, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), além das gradativas quedas ao longo de todo o ano de 2016, bateu recorde de cota zerada – quando o município não recebe repasses – no RN, com 59 cidades sem receber recursos nos meses de julho e setembro, respectivamente.
Convidamos todos, portanto, a uma reflexão: as demandas das cidades e do povo continuarão. Mas a crise também continuará. É necessário capacidade para gerir os municípios, enfrentar dificuldades, e fazer nossas cidades seguirem em frente. A responsabilidade do voto acompanha o crescimento e um melhor futuro para nossa gente.
Ivan Lopes Júnior - Prefeito do Município de Assú e Presidente da FEMURN
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