Na próxima segunda-feira, 27, a partir das 9h30, o problema da intolerância religiosa contra povos de tradição afro-ameríndia no Rio Grande do Norte será debatido em audiência pública na Assembleia Legislativa. A proposição do evento é do deputado estadual Fernando Mineiro (PT), atendendo à reivindicação dos representantes de comunidades de matrizes africanas.
Para o debate, foram convidados representantes dos segmentos católico, evangélico e da Comissão de Terreiros de Umbanda e Candomblé. Além deles, foram chamadas, ainda, representações da Secretaria de Segurança Pública, da Defensoria Pública e do Ministério Público.
"É inadmissível que em um Estado declarado laico, com um povo de origem africana, ainda se veja tanta intolerância religiosa se materializar em atos de agressão gravíssimos ou até mortes", disse Mineiro. "O Estado precisa garantir a liberdade de culto e combater toda e qualquer forma de violência nesse sentido".
Para o secretário do Setorial de Combate ao Racismo do PT do RN, Ludjânio Rogério, a audiência pública tem o papel de “evidenciar a intolerância vivenciada por todos os religiosos, mas principalmente pelos povos de matrizes africanas no Rio Grande do Norte”.
Ainda segundo Ludjânio, há o agravante de que a maioria das agressões contra esse segmento vem acompanhada do cunho homofóbico. “As vítimas relatam que, quando chegam às delegacias para prestarem queixa, os policiais se recusam a registrar que foi um crime de homofobia ou intolerância religiosa”, comentou.
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