Fotos: Divulgação
À medida que o comércio da zona Norte de
Natal cresce, aumenta a desigualdade e também os problemas. São ruas inteiras
com comércios, nos mais variados segmentos, que aumentaram o tamanho de suas
fachadas, ultrapassando até as calçadas impedindo a visão daquele comércio que
não avançou e ficou recuado.
Para um comerciante
local, o crescimento do comércio da Zona Norte é desordenado, o que não pode
acontecer, “porque depois fica difícil controlar as fachadas, as calçadas”.
Muitos comércios na ZN, principalmente na Avenida Maranguape, Panatis, já não
têm mais calçadas. “Eu queria que os órgãos competentes tomassem as
providências em prol dos comerciantes”, reivindicou o empresário que não quis
se identificar.
Estas fachadas e toldos
impedem o consumidor de ver os comércios que ficam recuados, muitas vezes,
tomando a visibilidade de quem está legalizado. Vários comércios estão dentro
do padrão de fachadas do paisagismo da Prefeitura de Natal, exigidos pela
Secretaria de Paisagismo da SEMSUR (Secretaria Municipal de Serviços Urbanos). “Eles não
estão obedecendo aos limites exigidos pela própria Prefeitura, e estão
prejudicando os que estão seguindo a lei. As empresas que estão regularizadas
estão sendo prejudicadas”.
Como a própria
expressão diz que os espaços públicos, as calçadas são de uso público, isto é,
de uso comum por toda a população. Mas, em Natal, algumas pessoas têm se
apropriado de parte destes bens.
O “resto” de
calçadas que estão sendo invadidas. O uso indevido acaba impedindo a livre
circulação de pedestres. “Não sei quem inventou que calçada tem dono”, reclamou
um comerciante que vê o problema se repetir em várias outras ruas daquela área.
“A falta de fiscalização é que facilita esse tipo de irregularidade”,
acrescenta outro comerciante.
Segundo empresários
locais até o momento não foi tomada nenhuma providência com relação a este
problema. “Pelas próprias fotos que o jornal vai exibir mostram que está
desordenado, e nenhum órgão competente toma a providência”, apontou.
Enquanto alguns
comércios ampliaram o espaço do estabelecimento com as frentes de lojas, o
avanço sobre o bem público (a calçada) municipal para a utilização de modo
particular transformou-se num dilema que passa despercebido ou esquecidos pela
gestão pública municipal.
“Sou contra a
este descaso. A gente paga os impostos, trabalhamos dentro das partes do
paisagismo exigido pela Prefeitura, enquanto eles estão invadindo as calçadas.
Notificar e deixar a turma avançar não adianta, tem que tomar providências. Nós
sentimos o reflexo da desorganização que está se generalizando”, criticou o
empresário.
Como
consequências destas irregularidades o empresário aponta “a concorrência
desleal e falta de visibilidade”.
“Eu fiz minhas fachadas
sob orientação da Secretaria de Paisagismo e hoje elas não são visíveis mais,
por causa do avanço desordenado de algumas calçadas”, concluiu.
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