sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Calçadas são apropriadas de forma irregular na Zona Norte



 Fotos: Divulgação














À medida que o comércio da zona Norte de Natal cresce, aumenta a desigualdade e também os problemas. São ruas inteiras com comércios, nos mais variados segmentos, que aumentaram o tamanho de suas fachadas, ultrapassando até as calçadas impedindo a visão daquele comércio que não avançou e ficou recuado.


Para um comerciante local, o crescimento do comércio da Zona Norte é desordenado, o que não pode acontecer, “porque depois fica difícil controlar as fachadas, as calçadas”. Muitos comércios na ZN, principalmente na Avenida Maranguape, Panatis, já não têm mais calçadas. “Eu queria que os órgãos competentes tomassem as providências em prol dos comerciantes”, reivindicou o empresário que não quis se identificar.


Estas fachadas e toldos impedem o consumidor de ver os comércios que ficam recuados, muitas vezes, tomando a visibilidade de quem está legalizado. Vários comércios estão dentro do padrão de fachadas do paisagismo da Prefeitura de Natal, exigidos pela Secretaria de Paisagismo da SEMSUR (Secretaria Municipal de Serviços Urbanos). “Eles não estão obedecendo aos limites exigidos pela própria Prefeitura, e estão prejudicando os que estão seguindo a lei. As empresas que estão regularizadas estão sendo prejudicadas”.


Como a própria expressão diz que os espaços públicos, as calçadas são de uso público, isto é, de uso comum por toda a população. Mas, em Natal, algumas pessoas têm se apropriado de parte destes bens.


O “resto” de calçadas que estão sendo invadidas. O uso indevido acaba impedindo a livre circulação de pedestres. “Não sei quem inventou que calçada tem dono”, reclamou um comerciante que vê o problema se repetir em várias outras ruas daquela área. “A falta de fiscalização é que facilita esse tipo de irregularidade”, acrescenta outro comerciante.


Segundo empresários locais até o momento não foi tomada nenhuma providência com relação a este problema. “Pelas próprias fotos que o jornal vai exibir mostram que está desordenado, e nenhum órgão competente toma a providência”, apontou.


Enquanto alguns comércios ampliaram o espaço do estabelecimento com as frentes de lojas, o avanço sobre o bem público (a calçada) municipal para a utilização de modo particular transformou-se num dilema que passa despercebido ou esquecidos pela gestão pública municipal.


“Sou contra a este descaso. A gente paga os impostos, trabalhamos dentro das partes do paisagismo exigido pela Prefeitura, enquanto eles estão invadindo as calçadas. Notificar e deixar a turma avançar não adianta, tem que tomar providências. Nós sentimos o reflexo da desorganização que está se generalizando”, criticou o empresário.


Como consequências destas irregularidades o empresário aponta “a concorrência desleal e falta de visibilidade”.


“Eu fiz minhas fachadas sob orientação da Secretaria de Paisagismo e hoje elas não são visíveis mais, por causa do avanço desordenado de algumas calçadas”, concluiu.


Nenhum comentário:

Postar um comentário