sábado, 26 de abril de 2014

SVS informa procedimentos a serem adotados para a vigilância da Febre do Chikungunya no Brasil


A Febre do Chikungunya é uma doença causada por um vírus do gênero Alphavirus transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo Ae. aegypti e Ae. albopictus os principais vetores. A doença tem transmissão autóctone restrita a países da África e Ásia, e até então com registros de casos importados nos Estados Unidos, Canadá, Guiana Francesa, Martinica, Guadalupe e no Brasil. No final de 2013 foi registrada a transmissão autóctone da doença em vários países do Caribe.


Até a semana epidemiológica 13 de 2014, foram notificados para a Organização Mundial de Saúde (OMS) 15.282 casos suspeitos com 3.112 casos confirmados, além de 123 hospitalizações e cinco óbitos, importados e autóctones, de Chikungunya. A distribuição dos casos está nos seguintes territórios do Caribe: Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, São Martinho/França, São Bartolomeu, Anguilla, Aruba, Dominica, Saint Kitts e Nevis, São Martinho/Holanda e Ilhas Virgens/Reino Unido. Atualização periódica do número de casos nesses países pode ser obtida por intermédio do endereço eletrônico:


A infecção pelo vírus Chinkungunya provoca febre alta, dor de cabeça, dores articulares e dores musculares. O período médio de incubação da doença é de três e sete dias (podendo variar de 1 a 12 dias). Não existe tratamento específico nem vacina disponível para prevenir a infecção por esse vírus. O tratamento sintomático é o indicado. A doença pode manifestar-se clinicamente de três formas: aguda, subaguda e crônica. 

Na fase aguda os sintomas aparecem de forma brusca e compreendem febre alta, cefaleia, mialgia e artralgia (predominantemente nas extremidades e nas grandes articulações). Também é frequente a ocorrência de exantema maculopapular. 

Os sintomas costumam persistir por 7 a 10 dias, mas a dor nas articulações pode durar meses ou anos e, em certos casos, converter-se em uma dor crônica incapacitante para algumas pessoas.



Visando a implantação do sistema de vigilância e monitoramento da Febre do Chikungunya no país, a SVS adotou as seguintes medidas: 

• Importação de conjugado para produção de antígenos e distribuição para os LACEN;
• Treinamento de técnicos da rede de laboratórios de referencia para realização do diagnóstico de Chikungunya;
• Envio de dois profissionais médicos ao surto de Chikungunya na Martinica para atualização no manejo dos pacientes e posteriores capacitações da rede de saúde;
• Elaboração do Manual de Preparação e Resposta diante da introdução do Vírus Chikungunya no Brasil;
• Atualização da distribuição geográfica atual do Aedes albopictus no Brasil;
• Adequação do  LIRAa para inclusão de informações mais detalhadas para Aedes albopictus;
• Acompanhamento e monitoramento semanal do surto de Chikungunya no Caribe pelo Comitê de Monitoramento de Emergências em Saúde Pública (CME)

Informações mais detalhadas sobre a doença podem ser consultadas no documento da OPAS : Guía de Preparación y respuesta ante la eventual introducción del virus chikungunya en la Américas (Disponível em: 




Países com transmissão endêmica ou com epidemia do Vírus Chikungunya



Ásia: Camboja, Timor Lest, Índia, Indonésia, Laos, Malásia, Maldivas, Mianmar, Paquistão, Filipinas, Ilha da Reunião, Seychelles, Singapura, Taiwan, Tailândia e Vietnã.

África: Benin, Burundi, Camarões, República Centro Africano, Comores, Congo (RDC), Guiné Equatorial, Guiné, Quénia, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Mayotte, Nigéria, Senegal, África do Sul, Sudão, Tanzânia, Uganda e Zimbabwe.
Europa: Além de taxas de incidência menores causadas por casos importados de viajantes, a Itália é o único país europeu que tem tido um surto.
Américas: Caribe Latino (Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, São Martinho/França e São Bartolomeu) Caribe não Latino (Anguilla, Aruba, Dominica, Saint Kitts e Nevis, São Martinho/Holanda e Ilhas Virgens/Reino Unido).

Fonte: CDC,OMS

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