A Febre do Chikungunya é uma doença causada por um vírus do gênero Alphavirus transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo Ae. aegypti e Ae. albopictus os principais vetores. A doença tem transmissão autóctone restrita a países da África e Ásia, e até então com registros de casos importados nos Estados Unidos, Canadá, Guiana Francesa, Martinica, Guadalupe e no Brasil. No final de 2013 foi registrada a transmissão autóctone da doença em vários países do Caribe.
Até a semana epidemiológica 13 de 2014, foram notificados para a Organização
Mundial de Saúde (OMS) 15.282 casos suspeitos com 3.112 casos confirmados, além
de 123 hospitalizações e cinco óbitos, importados e autóctones, de Chikungunya.
A distribuição dos casos está nos seguintes territórios do Caribe: Guiana
Francesa, Guadalupe, Martinica, São Martinho/França, São Bartolomeu, Anguilla,
Aruba, Dominica, Saint Kitts e Nevis, São Martinho/Holanda e Ilhas
Virgens/Reino Unido. Atualização periódica do número de casos nesses países
pode ser obtida por intermédio do endereço eletrônico:
A infecção pelo
vírus Chinkungunya provoca febre alta, dor de cabeça, dores articulares e dores
musculares. O período médio de incubação da doença é de três e sete dias
(podendo variar de 1 a 12 dias). Não existe tratamento específico nem vacina
disponível para prevenir a infecção por esse vírus. O tratamento sintomático é
o indicado. A doença pode manifestar-se clinicamente de três formas: aguda,
subaguda e crônica.
Na fase aguda os sintomas aparecem de forma brusca e
compreendem febre alta, cefaleia, mialgia e artralgia (predominantemente nas
extremidades e nas grandes articulações). Também é frequente a ocorrência de
exantema maculopapular.
Os sintomas costumam persistir por 7 a 10 dias, mas a
dor nas articulações pode durar meses ou anos e, em certos casos, converter-se
em uma dor crônica incapacitante para algumas pessoas.
Visando a implantação do sistema de vigilância e monitoramento da Febre do
Chikungunya no país, a SVS adotou as seguintes medidas:
• Importação de conjugado para produção de antígenos e distribuição para
os LACEN;
• Treinamento de técnicos da rede de laboratórios de referencia para
realização do diagnóstico de Chikungunya;
• Envio de dois profissionais médicos ao surto de Chikungunya na Martinica
para atualização no manejo dos pacientes e posteriores capacitações da rede de
saúde;
• Elaboração do Manual de Preparação e Resposta diante da introdução do
Vírus Chikungunya no Brasil;
• Atualização da distribuição geográfica atual do Aedes albopictus no
Brasil;
• Adequação do LIRAa para inclusão de informações mais detalhadas
para Aedes albopictus;
• Acompanhamento e monitoramento semanal do surto de Chikungunya no Caribe
pelo Comitê de Monitoramento de Emergências em Saúde Pública (CME)
Informações mais detalhadas sobre a doença podem ser consultadas no documento
da OPAS : Guía de Preparación y respuesta ante la eventual introducción del
virus chikungunya en la Américas (Disponível em:
Países com transmissão endêmica ou com epidemia do
Vírus Chikungunya
Ásia: Camboja, Timor Lest, Índia, Indonésia, Laos, Malásia, Maldivas, Mianmar,
Paquistão, Filipinas, Ilha da Reunião, Seychelles, Singapura, Taiwan, Tailândia
e Vietnã.
África: Benin,
Burundi, Camarões, República Centro Africano, Comores, Congo (RDC), Guiné
Equatorial, Guiné, Quénia, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Mayotte, Nigéria,
Senegal, África do Sul, Sudão, Tanzânia, Uganda e Zimbabwe.
Europa: Além de
taxas de incidência menores causadas por casos importados de viajantes, a
Itália é o único país europeu que tem tido um surto.
Américas: Caribe
Latino (Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, São Martinho/França e São
Bartolomeu) Caribe não Latino (Anguilla, Aruba, Dominica, Saint Kitts e Nevis,
São Martinho/Holanda e Ilhas Virgens/Reino Unido).
Fonte: CDC,OMS
Nenhum comentário:
Postar um comentário