Transmissor
da febre chikungunya é o mosquito aedes aegypt, o mesmo da dengue. Brasil vai
estar mais vulnerável durante a Copa do Mundo
Foto:
Instituto Pasteur
Aedes
albopictus se
alimentando. Uma refeição como esta pode transmitir a febre Chikungunya, doença
severa que pode estar prestes a se tornar epidêmica no continente americano.
Pesquisadores alertam para entrada de novo vírus no
Brasil
O
vírus tem um nome difícil de pronunciar: chikungunya. E é transmitido pelo
mosquito aedes aegypt.
Os
sintomas mais comuns são parecidos com os da dengue, apesar de não haver
parentesco entre os vírus. A única diferença é a dor intensa nas articulações,
que pode durar meses.
“É
uma dor que pode ser incapacitante, ou seja, que impeça a pessoa de se
locomover adequadamente, e que pode permanecer durante um bom tempo depois do
desaparecimento da febre”, explica o infectologista Celso Ramos.
O
chikungunya não tem a forma hemorrágica. E não tem vacina. Para tratar, é
preciso cuidar dos sintomas.
Por
enquanto o Brasil só registrou casos importados de chikungunya, ou seja,
pessoas que foram infectadas fora do país. Mas o surgimento de casos em algumas
ilhas do Caribe, e também na Guiana Francesa, que faz fronteira com o Amapá,
deixou os pesquisadores brasileiros em alerta. Para eles, o risco de
transmissão da doença aqui é real.
O
pesquisador Ricardo Lourenço, do Instituto Osvaldo Cruz, no Rio, coordenou o
estudo sobre a nova doença com o Instituto Pasteur, de Paris. Segundo ele, a
prevenção é igual à da dengue: evitar água parada onde os mosquitos se
reproduzem.
Ricardo
Lourenço afirma que o Brasil vai estar mais vulnerável à chegada do chikungunya
durante a Copa do Mundo.
“Quando
tem viajantes chegando de áreas endêmicas e epidêmicas, estando muito próximo
do Brasil, e havendo eventos como Copa do Mundo, faz um fluxo muito grande e
aumenta a vulnerabilidade, portanto, as chances de transmissão local”, declara
Ricardo Lourenço, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz.
O
Ministério da Saúde declarou que tem treinado médicos e laboratórios e
orientado secretarias municipais e estaduais.
Fonte: Jornal Nacional de 11 de abril de 2014
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