quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Tudo começa com aparência física e o nome

Francisco Ferraz
O trabalho de construção da imagem começa por aqueles aspectos da pessoa do candidato que não admitem modificação como a aparência física e o nome.

Defeitos físicos, traços demasiadamente pronunciados (um nariz de Cyrano p. ex.), estatura fora dos limites comuns (muito alto ou muito baixo), calvície, obesidade ou aparência doentia, para citar alguns casos mais comuns, interferem na construção da imagem desejada.

Interferem porque atraem a atenção.
Antes de escutar o que o candidato tem a dizer, os olhos são capturados pela aparência, naquilo que ela tem de curioso, ridículo, chocante ou intrigante. É preciso então, superar essa primeira barreira que se apresenta, problema que o candidato de aparência comum não tem que enfrentar.

Há duas situações bem distintas que exigem uma clara diferenciação:
  • Problemas de aparência física que não podem ser alterados, como defeitos físicos;
  • Problemas de aparência física que podem ser bem resolvidos, como obesidade.
Com relação aos primeiros, deve-se lidar com eles com o máximo de naturalidade e discrição. Não se deve agir como se eles não existissem, porque existem; tampouco se deve forçar  os outros a tratá-los com absoluta naturalidade,desrespeitando seus possíveis sentimentos de pudor e até de desconforto; não é também de bom tom minimizá-lo, por meio de brincadeiras exageradas, que visam mostrar que o defeito não é  problema para você.

O que é um problema de aparência física que pode ser resolvido? É simples. É qualquer aspecto de sua pessoa que chama a atenção negativamente aos outros, e que é percebido como um problema que tem solução, ao contrário daqueles outros que resultam de defeitos físicos, que não podem ser recuperados ou resolvidos.
É a partir esta dimensão, a aparência física, que o trabalho de construção da imagem do político começa. É sobre ela que os atributos desejáveis serão acrescentados.
Fonte: Político para Políticos

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