Foto: Rita de Cássia Paulino
As obras de reforma e recuperação da Escola Estadual Atheneu
Norteriograndense, iniciadas em novembro de 2013, seguem em ritmo acelerado
desde o fim das aulas. Como os trabalhos estão sendo realizados mantendo o
pleno funcionamento da instituição, todos os serviços foram planejados para
causar um impacto mínimo no dia-a-dia do Colégio, mas com o fim do ano letivo
foi possível dar mais celeridade ao processo.
A obra é uma ação do Governo do RN, através da Secretaria de Estado da
Educação e da Cultura (SEEC) com fiscalização da Secretaria de Estado da
infraestrutura (SIN). O objetivo da
iniciativa é valorizar e preservar a instituição, que é a mais tradicional e
antiga da capital e a segunda do país. O projeto desenvolvido pela SEEC prevê a
reforma e a restauração do edifício principal, do Ginásio de Esporte Silvio
Pedrosa e a construção de uma área de convivência com cobertura interna, onde vai
funcionar a sala para o Grêmio Escolar, a cozinha e uma área para refeitório.
A diretora Severina Targino afirma que as expectativas com a reforma são
as melhores possíveis. “Trabalho no Atheneu há 24 anos e o colégio necessitava dessa
reforma, já trabalhamos com um quadro de 3.000 alunos, hoje esse número caiu
muito, e sabemos que o aspecto físico da Escola foi fator determinante para essa
diminuição, esperamos que agora o colégio fique como deve e merece ser”,
concluiu.
Sobre
o inicio do período letivo na semana que vem, a diretora comenta como será a
rotina da Escola: “As aulas começam próxima semana, mas nós já combinamos de
organizá-las de acordo com a reforma das salas, remanejando os alunos para os
espaços que já estão prontos”, explicou.
Entre
os serviços em execução está a demolição de trecho da arquibancada do ginásio
para possibilitar a acessibilidade aos portadores de necessidades especiais,
bem como a reforma dos vestuários e dos banheiros, também pensados sob a
perspectiva da acessibilidade. Ainda no ginásio, o piso antigo já está sendo
retirado e estrutura de concreto armado de cintas e pilares circulares está
sendo instalada.
Na parte elétrica do prédio principal está sendo concluída a revisão e a
substituição de componentes do sistema elétrico, com a instalação de
eletrodutos e quadros. Também já foram iniciados os trabalhos na tubulação
hidrossanitária, que deve ser trocada por canos de PVC, a estrutura existente ainda
é de ferro. Parte dos problemas com infiltrações já começaram a ser sanados e
estão em fase de conclusão. Também estão sendo instalados mecanismos de combate
a incêndios. Todas as alterações foram projetadas dentro das exigências
próprias de um prédio tombado pelo Patrimônio histórico, como é o caso do
Atheneu.
Um dos diferenciais encontrados na obra é a presença de mulheres
trabalhando, responsáveis justamente pelos setores nos quais se exige mais delicadeza.
Para Geruza de Lemos, uma das operárias da obra, o trabalho no colégio tem sido
muito gratificante. “Entrei na construção civil por incentivo do meu cunhado,
apesar de ser um ambiente muito masculino, todos respeitam muito e nós trabalhamos
satisfeitas”, afirmou. De acordo com o mestre de obras responsável pelo
ginásio, Xavier Viana, a participação das mulheres é muito bem vinda, “Elas
trabalham na restauração de gradis, que no caso do Atheneu são muito antigos e
precisam de uma atenção especial, é um trabalho que elas fazem muito melhor do
que os homens”, comentou.
Atualmente a Escola possui em seu quadro 1000 alunos e 58 funcionários.
O valor geral da obra é de R$ 1.841.365,82. O prazo previsto para a conclusão é
junho deste ano. A empresa responsável pela obra é a Mar construções.