Não são poucos os que consideram o casamento como uma
instituição desacreditada e falida. Esse conceito está difundido em todas as
partes do mundo. Desde cedo nossos jovens são induzidos, pelos meios de
comunicação, a pensar que o casamento não tem de durar a vida toda. Afirmam que
o tempo deve variar de acordo com o quanto cada um pode dar. Seria como com as
laranjas: as maiores podem produzir mais suco que as menores. Extraído todo o
suco, joga-se o bagaço fora. Muitos veem o casamento dessa forma; acham que,
depois de um período, ele não tem mais sentido e pode ser desfeito.
O compromisso dos casais a respeito do casamento
deveria ser de nele investir e mantê-lo a todo custo. Muitas pessoas o avaliam
de um ângulo totalmente egoísta: “Ele ainda está me satisfazendo; vale a pena
cuidar dele”.
Poucos se dispõem a pagar o devido preço para
continuar casados quando o ambiente é de conflitos e dificuldades. Em vez de
“jogar tudo para cima” e abandonar o relacionamento, os cônjuges deveriam
buscar um caminho para mudar a situação. Os que se casam e cultivam a ideia de
que permanecerão casados somente enquanto os dias forem dourados ou mesmo numa
lua-de-mel, já iniciam esse caminho predispostos à separação. O risco realmente
é grande, pois um relacionamento, por mais estruturado que seja, cedo ou tarde
apresentará tensões e problemas. Se a convivência não anda bem, não é o caso de
invocar Aquele que instituiu o casamento e paresentar os problemas a Ele (Sl
130:1-6)?
Nos momentos delicados da vida conjugal, não devemos
agir como juízes, mas como médicos; não como promotores, e sim como advogados
de defesa do relacionamento. Cada um deve reconhecer suas próprias faltas e
pedir perdão, assim como perdoar as deficiências do cônjuge. Ao invés de
procurar qual dos cônjuges é o culpado pelos problemas no casamento, devemos
procurar o Senhor Jesus, Aquele que os soluciona. Ele por certo dará uma virada
na situação e permitirá que a “lua cheia” da vida conjugal apareça rapidamente,
pois a lua cheia é o refletir da luz contemplada sem nenhuma barreira.
“Contemplai-o e sereis iluminados, e o vosso rosto jamais sofrerá
vexame” (Sl 34:5).
“Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis
que faço cousa nova, que está saindo à luz; porventura, não percebeis? Eis que
porei um caminho no deserto e rios, no ermo” (Is 43:18-19).
Publicado pela Editora Árvore da Vida e disponível em
qualquer unidade BooKafé
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