terça-feira, 30 de julho de 2013

Construção de condomínio para 165 famílias do Maruim




                           Foto: João Maria Alves



A Secretaria Municipal de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes (Seharpe) encaminhou no dia 02 de Julho à Comissão Permanente de Licitação (CPL) da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura o processo referente ao edital de chamamento de empresas para construção do condomínio que vai abrigar as famílias da favela do Maruim.

De acordo com o secretário municipal de Habitação, Homero Grec, a minuta do chamamento foi encaminhada informalmente para a CPL da Semopi para dar celeridade ao processo. Segundo o presidente da CPL da Semopi, Francisco Pereira da Silva Júnior, a análise foi concluída. “Estamos aguardando o envio do processo aberto pela Seharpe para marcar a abertura do chamamento”, disse.

Em paralelo a essa tramitação, a Procuradoria Geral do Município enviou à Câmara Municipal o projeto de lei que estabelece a doação do terreno do empreendimento ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), do programa Minha Casa, Minha Vida. O espaço fica na Rua Esplanada Silva Jardim, s/nº, no bairro das Rocas.

Em uma das frentes do projeto, que envolve a urbanização da área, a Prefeitura pretende construir um condomínio para 165 famílias do Maruim. Estão previstos 176 apartamentos.
Contudo, os moradores se mostram divididos com relação à saída do local. Mesmo admitindo que a situação em que vivem é precária, dados os problemas de saneamento e falta de estrutura, não são todos os que estão interessados em deixar a área.

Maria Pereira do Nascimento, de 74 anos, mora há cerca de 50 anos no Maruim. Ela diz que gosta de onde vive por ser próximo de tudo o que ela precisa. Além disso, ela prefere casa a apartamento. “Vou viver num poleiro?”, brincou.

O pescador Lenilson Miranda Júnior, 60, também se opõe a viver em condomínio.

Ainda assim, há quem vê nos problemas do local um motivo para sair. Para o pescador Francisco Gilberto da Silva, 41, a mudança será bem-vinda, já que as condições da comunidade do Maruim são precárias. “Eu preferia sair. As crianças pisam em lama o tempo todo, não tem saneamento básico, é tudo sujo”, avaliou.

De acordo com o secretário municipal de  Habitação, Homero Grec, na oportunidade serão unificados os orçamentos das pastas para avaliar se os recursos necessários poderão ultrapassar os R$ 3,5 milhões referentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que se somarão à contrapartida de R$ 180 mil da Prefeitura.

O investimento total é de R$ 14,2 milhões. Para a construção do condomínio serão aplicados R$ 10,7 milhões provenientes do Programa Minha Casa, Minha Vida. A contrapartida do município é o terreno no bairro das Rocas.
Fonte: Tribuna do Norte

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