Foto:
João Maria Alves
A
Secretaria Municipal de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos
Estruturantes (Seharpe) encaminhou no dia 02 de Julho à Comissão Permanente de
Licitação (CPL) da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura o
processo referente ao edital de chamamento de empresas para construção do
condomínio que vai abrigar as famílias da favela do Maruim.
De
acordo com o secretário municipal de Habitação, Homero Grec, a minuta do
chamamento foi encaminhada informalmente para a CPL da Semopi para dar
celeridade ao processo. Segundo o presidente da CPL da Semopi, Francisco
Pereira da Silva Júnior, a análise foi concluída. “Estamos aguardando o envio
do processo aberto pela Seharpe para marcar a abertura do chamamento”, disse.
Em
paralelo a essa tramitação, a Procuradoria Geral do Município enviou à Câmara
Municipal o projeto de lei que estabelece a doação do terreno do empreendimento
ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), do programa Minha Casa, Minha Vida.
O espaço fica na Rua Esplanada Silva Jardim, s/nº, no bairro das Rocas.
Em
uma das frentes do projeto, que envolve a urbanização da área, a Prefeitura
pretende construir um condomínio para 165 famílias do Maruim. Estão previstos
176 apartamentos.
Contudo, os moradores se mostram divididos com relação à saída do local. Mesmo admitindo que a situação em que vivem é precária, dados os problemas de saneamento e falta de estrutura, não são todos os que estão interessados em deixar a área.
Contudo, os moradores se mostram divididos com relação à saída do local. Mesmo admitindo que a situação em que vivem é precária, dados os problemas de saneamento e falta de estrutura, não são todos os que estão interessados em deixar a área.
Maria
Pereira do Nascimento, de 74 anos, mora há cerca de 50 anos no Maruim. Ela diz
que gosta de onde vive por ser próximo de tudo o que ela precisa. Além disso,
ela prefere casa a apartamento. “Vou viver num poleiro?”, brincou.
O
pescador Lenilson Miranda Júnior, 60, também se opõe a viver em condomínio.
Ainda
assim, há quem vê nos problemas do local um motivo para sair. Para o pescador
Francisco Gilberto da Silva, 41, a mudança será bem-vinda, já que as condições
da comunidade do Maruim são precárias. “Eu preferia sair. As crianças pisam em
lama o tempo todo, não tem saneamento básico, é tudo sujo”, avaliou.
De
acordo com o secretário municipal de Habitação, Homero Grec, na
oportunidade serão unificados os orçamentos das pastas para avaliar se os
recursos necessários poderão ultrapassar os R$ 3,5 milhões referentes ao
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que se somarão à contrapartida de
R$ 180 mil da Prefeitura.
O
investimento total é de R$ 14,2 milhões. Para a construção do condomínio serão
aplicados R$ 10,7 milhões provenientes do Programa Minha Casa, Minha Vida. A
contrapartida do município é o terreno no bairro das Rocas.
Fonte:
Tribuna do Norte
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