Públio José – jornalista
Desde o surgimento do primeiro homem, independente da visão criacionista ou
evolucionista que envolve o tema, nunca deixou de existir interação entre o ser
humano e a divindade. Independente de épocas, nomes, culturas, hábitos e
estruturas político-sociais, o assunto sempre se fez presente na vida do homem,
subsistindo até a fortes períodos de oposição à presença de uma pessoa de
dimensão divina na rotina terrena. Mesmo o mais empedernido ateu, o mais
encorpado descrente intui que existe algo a mais na existência do homem –
de difícil ou mesmo de impossível explicação. Algo sobrenatural, muito além do
Big Bang e da compreensão, atuou na origem do Universo – fato aceito por
alguns, mesmo que de forma enviesada. Enquanto isso – embora formulando
suas próprias respostas para tais fenômenos – o homem exercita uma
verdadeira compulsão no sentido de buscar a imortalidade.
Em diferentes culturas, em longínquas civilizações, em recônditos miseráveis ou
em ambientes sofisticados, o homem cultiva uma chama que arde em seu interior e
que, extravasada de forma incivilizada – ou mesmo obedecendo a
conveniências sociais – o recoloca no mesmo caminho: a busca pela
imortalidade. Ou, por outra, o que leva um feiticeiro indígena a querer diferenciar-se
dos demais, acumulando conhecimento que só ele tem acesso, senão o desejo de se
tornar algo que o aproxime do divino? E o que faz ambientes cultos e letrados
criar organismos culturais, a título de academias de letras, nos quais impera a
norma dos sócios se autodenominarem imortais? Ou o que move o monarca que se
designa O Rei Sol? Ou o cientista
que pesquisa formas de combater a morte, através de fórmulas sem fim que venham
prolongar a vida humana, fazendo-a, digamos, imorredoura? Como se vê...
Utilizando-se de bruxaria, de cultura, de poderio político, religioso ou
militar, o homem vem tentando colocar-se acima do natural, buscando com
sofreguidão um status que o faça imune à morte. Será este fenômeno algo casual,
gratuito, de geração espontânea no psiquismo humano? Ou será que algo tão
profundo, presença constante em pessoas, culturas e regiões tão díspares,
ocorre de maneira semelhante ao nascimento da grama após as primeiras chuvas?
Mistério... Nas histórias em quadrinhos, por exemplo, de onde vem o desejo dos
criadores de ver seus heróis reverenciados como invencíveis..., como imortais?
Mesmo sem ser conhecedor dos mistérios e enigmas que envolvem o universo de HQ,
basta dar uma olhada no desempenho de seus heróis – aliás, super-heróis
– para enxergar neles seres de atributos jamais encontráveis nos demais
habitantes da Terra.
De onde vem, então, esse conhecimento que não se aprende na escola e que se
manifesta em Flash Gordon, Batman, Homem
Aranha, Super Homem, Homem de Ferro e tantos outros, alçando-os ao
time (suprema dádiva!) dos imbatíveis, dos imortais? Ora, se o Homem de Ferro tem status de deus para seu
criador, lógico que é reflexo do sonho do artista de se ver imortal! Além do
mais, defendendo injustiçados, humildes e fragilizados? Prática tirada de onde?
Não seria da essência do Evangelho de Jesus? Se os super-heróis posam de
imortais e de deuses, inclusive na defesa dos mais fracos, de qual DNA se
origina tal concepção? De qual fonte bebem seus inspiradores? Só pode ser do
Deus verdadeiro, ora! Afinal, o homem é imagem e semelhança de Deus! Xeque mate
no enigma: o Homem de Ferro só existe porque Deus existe! Ou melhor, Deus
existe e fez o homem que criou o Homem de Ferro. Confere?
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