Apesar dos esforços em três anos para repor direitos
represados em gestões passadas, que representa um reajuste salarial de
91,5% para professores ativos e aposentados, liberação de promoções
verticais e horizontais, quinquênios, licenças e aposentadorias,
reajuste da gratificação dos diretores de escolas, formação de comissão
para revisão do plano de cargos e convocação de 3.839 concursados, o
SINTE/RN sempre consegue encontrar motivos para fomentar suas contínuas
práticas grevistas.
Para que a população entenda o que realmente está por trás desse movimento, destacamos:
1.
No segundo semestre de 2013, recomendada pelo Ministério Público, a
Secretaria da Educação determinou que 46 professores cedidos ao
sindicato retornassem à sala de aula. A ação revoltou os coordenadores
da entidade, que tentou, sem sucesso, emplacar a greve. Naquele momento,
o movimento conquistou a adesão de apenas 400 professores e a
paralisação não foi consolidada. O que a sociedade não sabe é que a
partir daí entraram em cena aqueles que historicamente estão por trás do
Sindicato, solicitando à Secretaria que ajudasse os coordenadores do
SINTE a encerrar a greve oficialmente, pois a oposição existente na
própria entidade estava querendo esticar a corda para aumentar o
desgaste dos atuais coordenadores.
Com o fracasso do movimento, foi pedido que a Secretaria concedesse
qualquer benefício que fosse, para que o sindicato não saísse ainda mais
desmoralizado do que já estava. Para não prolongar a discussão e acabar
de vez com a suposta greve, que embora natimorta criava um clima de
tensão nas escolas, a equipe da SEEC preparou uma pauta com os
benefícios que já estavam programados para serem concedidos pelo governo
neste início de 2014 e colocou à disposição do SINTE, para que os
coordenadores utilizassem como justificativa ao fim da greve, o que
ocorreu.
Isso significa dizer que a pauta que o sindicato cobra atualmente foi
criada pela própria Secretaria e está sendo cumprida dentro da sua
programação. Logo, surge o questionamento sobre o que realmente está por
trás da greve.
2. A coordenação do SINTE não aceita os processos administrativos por
abandono de emprego que a Secretaria abriu contra os professores
cedidos à entidade que não retornaram para sala de aula no prazo
correto, assim como ainda cobra um número maior de cessões para o
sindicato, contradizendo o seu discurso oficial, de que as escolas estão
sem professores e que o governo deve contratar mais concursados.
3. Outro ponto oculto da pauta que o sindicato cobra da Secretaria é o
desconto em folha dos honorários de seus advogados no pagamento das
horas suplementares que os professores recebem junto com os salários.
Pelo acordo firmado entre o sindicato e seu escritório jurídico, em um
período de oito meses, a Secretaria da Educação deveria descontar em
folha, 20% das horas suplementares pagas aos professores não
sindicalizados, e 10% das horas suplementares destinadas aos professores
sindicalizados, fruto do reordenamento do terço da hora atividade
realizado em 2013, judicializado pelo SINTE.
Ao ouvir a Procuradoria Geral do Estado, para proteger os professores, a Secretaria foi orientada a não descontar os valores, pois a autorização para o desconto deveria ser feita de forma individual, por cada professor, o que não ocorreu. Nesse sentido, a Secretaria não autorizou o desconto no pagamento das horas suplementares aos professores, o que mais uma vez desagradou a coordenação do SINTE. Contraditórios, os fatos levantam sérias suspeitas sobre os reais interesses da entidade, como defensora da categoria dos professores.
Ao ouvir a Procuradoria Geral do Estado, para proteger os professores, a Secretaria foi orientada a não descontar os valores, pois a autorização para o desconto deveria ser feita de forma individual, por cada professor, o que não ocorreu. Nesse sentido, a Secretaria não autorizou o desconto no pagamento das horas suplementares aos professores, o que mais uma vez desagradou a coordenação do SINTE. Contraditórios, os fatos levantam sérias suspeitas sobre os reais interesses da entidade, como defensora da categoria dos professores.
Por esses e outros motivos, a Secretaria de Estado da Educação não
reconhece a pauta da greve deflagrada na última terça-feira (28) e
garante que está concluindo o seu compromisso assumido diretamente com
os professores em repor tudo o que falta de direitos represados há anos.
Natal, 31 de janeiro de 2014
Natal, 31 de janeiro de 2014
Secretaria de Estado da Educação
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