sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Mais dois tubarões capturados por barco Sinuelo em Boa Viagem

Primeiro dia da nova expedição encontrou duas fêmeas, sendo uma da espécie flamengo e outra lixa, nas proximidades do Hotel Atlante Plaza

Dois tubarões foram capturados no mar de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, após o primeiro dia da segunda expedição realizada pelo barco Sinuelo. Uma fêmea da espécie flamengo, de 1,3 metro de comprimento, e outra lixa de 1,6 metro foram encontradas nas proximidades do Hotel Atlante Plaza. Como não são consideradas espécies perigosas, elas foram marcadas com chips pela equipe (para monitoramento) e devolvidas ao mar.

A nova expedição teve início na tarde da quinta-feira (1º), após cerca de 30 horas de interrupção dos trabalhos para reabastecimento e descanso da equipe de cinco profissionais. O grupo ficará em alto-mar até a próxima terça-feira (6). Os tubarões da espécie cabeça chata e tigre que forem capturados pelo Sinuelo serão levados para uma distância de até 37km da costa pernambucana e passam a ser monitorados, por cerca de um ano, por pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

A primeira expedição, que também durou cinco dias, resultou na captura de três tubarões, sendo dois deles da espécie tigre, considerada uma das mais periogosas. Ambos foram encontrados na praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho. O primeiro, na terça-feira, morreu depois de ser atingido em um dos olhos pelo anzol. O macho media 1,1 metro. O segundo, recolhido na quarta-feira, era uma fêmea de 1,5 metro. Ela não resistiu aos ferimentos resultantes de estresse durante a captura.

Segundo o Instituto Oceanário, cerca de 15% dos tubarões morrem durante esse tipo de operação. Eles foram encaminhados para pesquisa na UFRPE. O outro fisgado foi uma fêmea do tipo lixa, mais inofensivo, de 2,35 metros. Também estava nas proximidades do Hotel Atlante Plaza.

O barco voltou a operar há uma semana, quatro dias após a morte da turista paulista Bruna Gobbi, 18 anos, atacada por um tubarão, de espécie não identificada. Ela é considerada a 24ª vítima do animal marinho em Pernambuco, desde 1992, quando as estatísticas começaram a ser contabilizadas. Foram 59 ataques, no total. 

Raphael Guerra - Diário de Pernambuco 

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