quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Pré-candidato Maestro José Roberto concede entrevista para oficializar pré-campanha a vereador de Natal


Nosso 32º (trigésimo segundo) entrevistado da série é o pré-candidato José Roberto Silva, que conversou sobre os rumos e a decisão de lançar sua pré-candidatura a vereador em Natal nas eleições municipais deste ano.

O Lançamento
O pré-candidato José Roberto oficializou sua pré-campanha a vereador de Natal pelo Partido Social Cristão (PSC) no último dia 12 de agosto na sede do Partido no Tirol Way.

Participaram do lançamento esposa, filhos, amigos e representantes do diretório municipal e estadual do PSC. Para José Roberto, a partir de agora a expectativa é participar aos amigos a sua pré-candidatura e buscar apoio na divulgação dessa pretensão coletiva.
 Confira a entrevista completa!
José Roberto Silva, 49 anos, casado, tem dois filhos, nasceu em Natal-RN e possui o Doutorado (Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais).

José Roberto é Professor; Músico-Maestro; Advogado; Servidor Público estadual e municipal; Evangelista.

O pré-candidato é Flautista Solista da Orquestra Sinfônica do RN; Maestro Assistente da Orquestra Sinfônica do RN; e Flautista Solista da Banda Sinfônica do Município de Natal.

JORNAL CLARIM NATAL - Qual seu propósito, enquanto pré-candidato a concorrer a uma vaga no legislativo de Natal?
MAESTRO JOSÉ ROBERTO – Enquanto pré-candidato visando vaga no legislativo municipal, pretendo, através de planejamentos, proposições claras e construtivas fundamentadas nas demandas e necessidades emergentes detectadas-sabidas nas comunidades natalenses – segurança, desemprego, saúde, cultura, esporte, educação, infraestrutura e serviços essenciais – apresentar-elaborar a título de proposições, sugestões visando soluções a curto e médio prazo, tomando como referências planejamentos e legislações que já deram certo em outras comunidades no Brasil e Exterior, adequando-as à realidade natalense.   Ainda como pré-candidato estarei auxiliando o povo no tocante a sua responsabilidade direta na construção política, estimulando-os a participarem ativamente na escolha de seus representantes, estabelecendo critérios qualitativos de seu voto, sem aceitar ser moeda de troca a cada dois anos.  Somente através da consciência do povo de que ‘todo poder emana do povo’, os propósitos e proposições dos políticos estarão acalcanhadas para o povo e pelo povo, diminuindo drasticamente os jogos de barganhas do poder. No caminho de engajamento comunitário, visando contribuir positivamente na mudança da realidade precária das comunidades mais desassistidas, também estaremos nesta fase de pré-candidato discutindo proposições voltadas às ações sociais, as quais, mesmo não sendo a erudição institucional do vereador, não devem ficar de fora de seus propósitos, porém, deve-se buscar a viabilidade criativa para efetivação destas proposições, sempre atento ao cenário socioeconômico da Cidade do Natal.  

JCN - Filiado a qual partido?  Por que?
MAESTRO JOSÉ ROBERTO – Partido Social Cristão – PSC. No momento atual é o partido pelo qual tenho afinidade. 

JCN - Quando você iniciou na política? MAESTRO JOSÉ ROBERTO – Ao longo de mais de três décadas tenho atuado de forma discreta e continuada em ações sociais voltadas para o atendimento de crianças, adolescentes e adultos em situação de risco. Essa tem sido a forma de estar fora da política institucionalizada, pois, o ambiente político é nocivo-tóxico e cercado de “troca-troca” despudorada, eivadas de interesses pessoais na contramão do bem estar coletivo – “jogo de poder” – pouco atrativo às pessoas que têm proposições, por isso tenho evitado estar diretamente ligado ao ambiente político, mas, após a conclusão de meu Doutorado no ano de 2018, quando escrevi sobre Direito a Educação e Emprego, decidi colocar meu nome a disposição do sufrágio natalense, pois, não conseguirei continuar assistindo de camarote o descaso-omissão do Parlamento com as políticas públicas e sociais necessárias à educação-emprego. 

JCN - Qual é sua visão de política? Política é profissão?
MAESTRO JOSÉ ROBERTO – Minha visão de política me reporta às origens-significado da palavra “política”, a qual surgiu na cultura grega com a ideia de Pólis=Cidade, que por extensão pode significar comunidade, sociedade e coletividade. Em favor da Pólis o parlamentar deve lutar objetivando a convivência pacífica e feliz entre seus habitantes, e, somente assim será um representante digno do povo.  O parlamentar em qualquer das esferas de governo precisa ter a visão da política em várias frentes, tais como política pública, pela qual os governos resolvem problemas que afligem a sociedade; política social, na qual se objetiva garantir condições mínimas à existência cidadã; política monetária com ações direcionadas ao controle de juros e da inflação; e, política fiscal gerenciadora do equilíbrio das contas públicas.   A boa gerência e atuação do parlamentar na política evitará desemprego, diminuição de salários, aumento da violência, reformas previdenciárias, reformas trabalhistas, atraso de salários e/ou venda indiscriminada das riquezas de seu País.  Na minha visão de política também se encontra a ideia de sacerdócio voltado às necessidades do povo.

A política não é profissão, pois, não tem fim em si mesma, haja vista ter como fim maior administrar as necessidades metamórficas do povo visando o bem comum. Por isso deve ser considerada uma missão, na qual o político renunciando a si mesmo deve ter a capacidade de, através de suas proposições, responder aspirações, bem como transformar expectativas em programas.

A política não é profissão”


JCN - Quais são as suas expectativas para o período eleitoral de 2020?

MAESTRO JOSÉ ROBERTO – Que os eleitores demonstrem maturidade nas urnas, ou seja, votem com critério, escolhendo pessoas que demonstrem capacidade técnica e conhecimento sobre as necessidades dos Municípios com proposições claras e construtivas, bem como apresentem projetos sociais viáveis e direcionados ao bem estar coletivo.

JCN - Qual é o papel do vereador?
 MAESTRO JOSÉ ROBERTO – O papel primordial do vereador é representar de forma incansável os interesses da população perante o poder público.  Para se ter o mínimo de conhecimento institucional de seu papel, o vereador deve ter conhecimento dos artigos 14 a 31 da Constituição Brasileira, com atenção especial aos artigos 29, 30 e 31. Somando-se a Constituição Federal está a Lei Orgânica do Município e Regimento Interno da Câmara Municipal, os quais devem ter atenção do vereador.  Dentre as atribuições mais relevantes do vereador está o controle externo do Executivo Municipal; Fiscalizar os atos-ações do Poder Executivo Municipal; Legislar; e, Aprovar o orçamento público (Leis Orçamentárias), o qual será destinado a toda uma coletividade através da aplicação-execução das políticas públicas.

JCN - Como está hoje a aceitação ao seu nome nas ruas do município?
MAESTRO JOSÉ ROBERTO – Por décadas alguns amigos têm insistido pela minha participação no Parlamento.  Recentemente, antes de oficializar minha pré-candidatura, decidi consultar amigos e conhecidos sobre a possibilidade de ser pré-candidato, e, diante da alegria de todos aqueles que pude consultar, resolvi caminhar na direção do Parlamento. Após minha decisão tenho caminhado por todas as regiões de Natal sendo muito bem recebido pelo povo. A aceitação de meu nome está superando todas expectativas imaginadas por mim.

JCN - Quais projetos farão parte de sua pré-candidatura? Cite os principais.
MAESTRO JOSÉ ROBERTO – Na fase de pré-campanha escolhi debater sobre três projetos:  O primeiro irá tratar da necessidade dos vereadores terem extensão de seus gabinetes nas quatro regiões de Natal (Gabinete nos Bairros), e, dessa forma estarem presentes e partícipes das necessidades reais das comunidades.  O segundo ponto estará sob a reflexão da Transparência Parlamentar, haja vista que a prática rotineira de coalisão irrestrita sem a devida transparência aos cidadãos, por vezes frustrando interesses da coletividade, além de superfaturar orçamentos nos mais diversos setores de investimentos, oprime o combate a corrupção.  Todo parlamentar que defenda a Transparência, anualmente, deveria prestar diretamente ao povo contas de seus gastos de gabinete.  Desde o ano de 2008 redigi um esboço de lei que equipara todo e qualquer desvio doloso de verba pública, a crime hediondo. Pretendo avançar nesta proposição de forma que chegue ao Congresso Nacional. O terceiro ponto está fundado na implementação de ações sociais em diversos segmentos da sociedade, abrangendo todas as classes sociais, das quais estarei apresentando viabilidade destas ações com criatividade e sustentabilidade, sem depender de aprovação do Parlamento e/ou do Executivo Municipal.

Todo parlamentar que defenda a Transparência, anualmente, deveria prestar diretamente ao povo contas de seus gastos de gabinete. “

JCN - Qual sua bandeira de destaque que vai ser espelho do seu mandato, caso seja eleito?
MAESTRO JOSÉ ROBERTO – Caso me torne candidato, bem como obtenha êxito no pleito que se aproxima, estarei legislando fomentando cultura, educação, trabalho e ações sociais nos mais diversos segmentos, abrangendo todas as classes sociais.  Outra bandeira importante será interagir constantemente – mesmo com as limitações territoriais de um vereador – com as três esferas executivas (Município, Estado e União), tanto nos governos municipais, governos estaduais e Governo Federal, avançando na construção de uma nova política, pela qual o povo seja respeitado na sua dignidade cidadã.

JCN - Como não ficar refém dos partidos?
MAESTRO JOSÉ ROBERTO – Ter personalidade compromissada com o bem estar coletivo, bem como proposições-projetos úteis à sociedade de forma a conquistar o poder emanado – o povo.

JCN - Você se inspira em alguém na política? 
MAESTRO JOSÉ ROBERTO – Na política não tenho referências pessoais que me inspirem piamente, mas, tenho como referência a honestidade de meus pais – Ismael e Neuza (in memoriam), os quais não atuaram diretamente na política.

JCN - O pré-candidato é conhecedor dos problemas que afetam a cidade? Em sua opinião quais precisam ser tratados com prioridade?
MAESTRO JOSÉ ROBERTO – A cidade do Natal tem muitas demandas de infraestrutura em vários setores e serviços essenciais, em especial nas zonas Norte e Oeste.  Na minha opinião, em razão da provável escassez dos recursos pós-pandemia, aumentando o desemprego e diminuindo investimentos em obras de infraestrutura na saúde-saneamento-calçamento-urbanismo, o Município de Natal deve priorizar ações voltadas para educação, cultura, esporte e geração de renda. Referidas ações poderão contribuir para que a violência não aumente entre a população deste município.

JCN – Você é a favor ou contra a candidatura avulsa? Por que?
MAESTRO JOSÉ ROBERTO – Apesar de tentadora, o sistema político brasileiro e seus partícipes, ainda não estão preparados para absorverem a candidatura avulsa.  Acredito que a ordem constitucional condicionando filiação a um partido político para concorrer nas eleições, se faz necessária na atual conjuntura. De outro pórtico, considerando as dificuldades nos entendimentos políticos partidários em nosso País, incluir nesse contexto o político independente decorrente da candidatura avulsa, poderá engessar a governabilidade e agilidade nas decisões do Poder Executivo e Legislativo. Independentemente do partido em que esteja inserido o parlamentar, este tem o dever de concatenar suas proposições aos interesses coletivos e sociais-cidadãos. Por fim, apesar de alguns partidos políticos causarem incômodos sociais, estes nascem da sociedade civil e representam interesses legítimos, fruto da Democracia. 

“Apesar de tentadora, o sistema político 
brasileiro e seus partícipes, ainda não estão preparados para absorverem 
a candidatura avulsa. “

JCN Quem você apoia para prefeito de Natal? Por que?
MAESTRO JOSÉ ROBERTO – Cel. Azevedo, pois, o mesmo tem demonstrado ser um parlamentar que se preocupa com o bem estar da população, bem como apresenta proposições inteligentes-atualizadas e sensíveis às necessidades do povo.

JCN Como você pretende atuar se eleito for?
MAESTRO JOSÉ ROBERTO – Caso me torne candidato e obtenha êxito no pleito eleitoral, estarei legislando e fiscalizando respeitando os anseios e a dignidade do povo, além de implementar-efetivar, de forma independente, ações voltadas ao bem estar social. Noutra frente, a experiência adquirida como servidor público estadual e municipal, músico-maestro, administrador, advogado, professor e evangelista, me ajudarão na construção-efetivação de projetos na conjuntura de legislador, bem como na fiscalização atenta do Executivo municipal buscando auxílio de instituições de combate a corrupção e à impunidade, pois, na medida em que avançamos no mundo formal da política, os crimes encastoados no seio da máquina pública, patenteiam-se.  Aliado às ações que ajudarão no combate a corrupção, na condição de agente político, terei proposições para melhorar os “portais da transparência”, inclusive, prestarei contas de nosso mandato anualmente. Referida prestação de contas, além de outras informações, comunicará sobre quem trabalha diretamente em nosso gabinete, o que fazem e quanto ganham – essa transparência deve ser a tônica de qualquer agente público e/ou político. 

JCN Qual sua opinião sobre espiritualidade e envolvimento das igrejas na política? 
MAESTRO JOSÉ ROBERTO – Na minha opinião a espiritualidade que faz a diferença é aquela que se expressa no cuidado com o outro. É aquela que obedece ao mandamento de Jesus de amar a Deus e ao próximo, e faz isso não somente com palavras, mas com ações práticas.  A espiritualidade deve ir além das aparências.  A espiritualidade que faz a diferença não está diretamente ligada a uma religião, pois, é a capacidade humana de superar seus egoísmos e maldades – É um estilo de vida. Em razão da crescente descrença do povo na política, fazendo com que muitos votem nulo, as igrejas devem contribuir para conscientização de seus membros no sentido de que devem procurar o voto válido, escolhendo seus candidatos com critérios técnicos fundados nas propostas e histórico de serviços prestados à sociedade.  O político é finito, a política não. Dessa forma, a política deve se curvar a vida, pois, toda ideologia política é mândria, haja vista não se relacionar com a única certeza espiritual que temos na vida: nossa desaparição do habitat terreno.

JCN – Qual mensagem gostaria de deixar?
MAESTRO JOSÉ ROBERTO – Todo poder emana do povo.

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