O
diretor do PELOPES (Pelotão de Operação do Espírito Santo) Wellington Wagner
concedeu entrevista no dia 07 de dezembro (quarte-feira) ao programa A Hora das
Comunidades com Jeferson Andrade e Edward Rocha.
Wellington
Wagner é diretor do PELOPES - Pelotão de Operação do Espírito Santo, uma Casa
de Apoio, se podemos assim chamar, que vem desenvolvendo há 06 anos, um
belíssimo trabalho de cunho espiritual e social, através da evangelização, com
o objetivo de regenerar a vida das
pessoas mediante a palavra de Deus.
Wellington Wagner é um jovem obreiro, que após conhecer um rapaz que precisava de ajuda espiritual
começou a orientá-lo espiritualmente e a partir daí seu trabalho foi crescendo,
ajudando mais e mais pessoas.
Acompanhando Wellington também estiveram presente à
entrevista a senhora Nazaré, Davi, Cristiano, todos membros do PELOPES.
Confira a
entrevista na íntegra:
Edward Rocha – Qual o
significado da sigla PELOPES?
Wellington
Wagner - Pelotão de Operação do Espírito Santo
Jeferson Andrade - Quando e como surgiu o PELOPES?
Wellington
Wagner – O PELOPES foi um fato que aconteceu, não houve uma organização pra
que isso acontecesse. Há muito tempo eu frequentando a igreja, fazia trabalho
de evangelização, trabalho comunitário, juntava já o pessoal, conheci um casal
e passava muito sufoco, e eu passei a tomar café com esse casal de manhã e
fazer uma oração com eles pra ajudá-los tanto fisicamente como espiritualmente.
E esse casal, fui acompanhando, foi chegando outros
e outros e pessoas que foram saindo das drogas. E como eu evangelizava muito
nas comunidades, tinha muita gente com essa necessidade.
E um certo dia eu vinha com essas pessoas, deixando
elas em casa, quando ouvi a voz de um rapaz dizendo que precisava ir pra uma
igreja, estava falando com um amigo dele. “eu preciso ir pra uma igreja porque
eu não aguento mais essa vida”. Foi quando encontrei esse rapaz, que era o
Davi.
Jeferson Andrade – Você
disse que tinha feito vários trabalhos comunitários antes de realizar o
PELOPES, qual era a atuação que você tinha nas comunidades?
Wellington Wagner – Era
particularmente mesmo. A gente ia e via o sofrimento das pessoas, como meu
trabalho me dava tempo de poder ajudar, vendedor autônomo, então quando
encontrava uma pessoa sofrendo, levava à igreja, fazia orações, levava os
pastores na casa dessa pessoa, a gente ajudava no máximo no que podia.
Jeferson Andrade
- Qual a igreja que vocês frequentam?
Wellington
Wagner – A Igreja Universal.
Edward Rocha - Onde se localiza o PELOPES?
Wellington
Wagner – Fica na Praça Pacaembú, nº 34, na primeira quadra do Conjunto
Gramoré.
Jeferson Andrade
- Como funciona o trabalho do
PELOPES de regenerar vidas das pessoas mediante a palavra de Deus? Você
trabalha apenas com dependentes químicos?
Wellington
Wagner – Não. Por isso trouxe testemunhos variados. Tem dons Nazaré que não é
dependente química, tenho também pessoas que nunca usaram drogas e que
frequentam lá. É um trabalho aberto pra apoiar várias pessoas. A gente começou,
como esse rapaz, Davi, o pai dele faleceu, a mãe dele faleceu, e como ele
entrou no crack, começou a roubar a família em casa e a família não aceitou
mais ele em casa e pôs ele pra fora. Então encontrei ele na rua, o aluguel de
um quarto pequeno que não tinha condições de pagar e nesse desespero, até
clamando por uma pessoa que socorresse ele.
Então eu coloquei ele no meu quintal, passei o dia
com ele. Ele disse que se voltasse pra casa ele ia usar, porque onde morava
todo mundo usava. Ele não ia aguentar, suportar. Dormiu no quintal o primeiro dia,
ele quis.
Daí comecei a trabalhar com ele, andar com ele,
tirei ele da casa de aluguel que morava; e depois veio outro e tive que alugar
uma casa e começar a fazer esse trabalho.
Então ficou o café da manhã porque a gente começava
a tomar o café da manhã nesse rapaz, então eu fui fazendo todo dia uma oração
no café da manhã. Daí foi surgindo de um em um, chegando outras
pessoas.
Jeferson Andrade – Já
faz quanto tempo que Davi está na casa?
Wellington
Wagner – Com esse trabalho faz seis anos e com a chegada de Davi faz cinco
anos, que hoje ele já regenerado vai poder falar melhor, que ele não mora mais
na casa.
A gente tem essa palestra aberta ao público. Uma
palestra que é de segunda à sexta às 06:50 da manhã todos os dias
Jeferson Andrade – Na
casa tem algum tipo de curso, trabalho, ocupação deles?
Wellington
Wagner – A gente não tem tanto apoio nesse lado. É muito difícil conseguir.
Como o tipo da maioria de pessoas que a gente trabalha, são justamente pessoas
que não têm escolaridade, que foram menos influenciadas na sociedade, então a
gente não tem esse trabalho assim.
Nosso trabalho é um café da manhã e lá a gente
acompanha a pessoa que frequenta todos os dias, faz visita na casa dela. E na
comunidade, a gente pinta rua, limpa quadra, faz esses trabalho com os
moradores que moram na casa.
Jeferson Andrade – Tem
um trabalho em parceria com o Conselho Comunitário.
Wellington
Wagner – Isso mesmo. A gente terminou de limpar a praça que a gente mora em
frente e vamos partir pra o Ralf agora, no Gramoré. A gente vai capinar, limpar
e entrar à sociedade, limpo.
Wellington
também conversou com ouvintes que deram diversos depoimentos sobre o trabalho
do PELOPES.
Liliane (pelo
telefone) – Estou muito feliz e ter conhecido o PELOPES, seu Wellington, essa
família que me ajudou. Hoje faz seis anos que estou liberta, primeiramente
Deus, mas através do PELOPES que me ajudou, acreditou em mim e hoje eu tenho
uma nova vida, e conheci Jesus, tenho minha filha, minha casa, Deus restituiu
tudo.
Depois que conheci o PELOPES, Deus me deu minha dignidade de volta, me
libertou, me deu meu filho. Eu vivia nas drogas, passei 14 anos no crack, vivia
me prostituindo pra manter o meu vício e só tenho que agradecer primeiramente a
Deus e por conhecer essa casa e a paciência que esse homem de Deus tem, a
sabedoria que Deus tem dado a ele pra instruir a gente, ensinar a gente a como
combater esse mal que a medicina ela desengana. Como no João Machado, quando eu
cheguei por conta do crack o médico falou que não tinha remédio, não tinha cura.
E quando cheguei no PELOPES, seu Wellington falou diferente: que o Deus dele
curava e libertava e restaurava. E foi feito tudo isso na minha vida depois que
conheci o PELOPES.
Wellington
Wagner – Foi uma das primeiras pessoas que chegou também precisando de ajuda.
Com problemas já com o filho. Eu lembro que o filho dela tinha oito anos de
idade e o camburão foi deixar ele em casa. E como ela falou, está com os filhos
dela em casa, ela frequenta todo dia. Quem quiser ver o testemunho dela.
Nós atendemos uma base de quarenta pessoas todos os
dias e damos café pra essas pessoas, mas não é nem pelo café, que a maioria nem
precisa mais. Mas é por causa da palestra que é muito interessante para
qualquer área na sua vida, não só a droga.
Edward Rocha – Esse
café da manhã que você está se referindo é todos os dias, de domingo a domingo?
Wellington
Wagner – De segunda a sexta.
Edward Rocha – Interessante
esse café da manhã, o encontro de todos os frequentadores também. Podem levar
convidados?
Wellington
Wagner – É a nossa maior vontade que várias pessoas fossem. Imagina se todas
as pessoas que estão ouvindo agora, que esteja passando por “qualquer tipo de
problema”, espiritual, físico, química, problema no casamento, na família, ela
chegando lá ela vai ver que o problema dela tem solução sim.
Às vezes tem pais que não têm mais segurança com os
filhos nem no colégio. E lá ele vai saber lidar como criar o filho, pra que
fuja dessa realidade da droga, que o pai e a mãe é o último a saber. É bom que
toda a família vá e aprenda.
Edward Rocha - Quem financia o PELOPES?
Wellington Wagner – Ninguém. Somos nós mesmos. O trabalho é voluntário. Tivemos visitas do
ex-presidente da Urbana Sávio Hackradt, o ex-secretário da SEL Eduardo Machado,
o deputado estadual Fernando Mineiro, mas infelizmente não voltaram lá. Não
tivemos retorno nenhum; Governo, ninguém ajuda a gente. Quando chega essa época
de Natal vai um ou outro, dá um sacolão, mas depois esquece, passa o Natal e a
gente fica por isso mesmo. É na força e na vontade.
O segundo ouvinte falou
com Wellington através do telefone:
Paulo Enfermeiro (pelo
telefone) – Quando a gente ouve o depoimento de Wellington a gente ver que tem
pessoas boas nesse mundo ainda. Sou testemunha desse trabalho, inclusive
Wellington sabe disso: Há um ano, mais ou menos, eu fui fazer a retirada de 51
pontos de um rapaz que apareceu na casa. E a gente sempre está ajudando esses
meninos que merecem o respeito da sociedade para que amanhã eles possam se
ressocializar.
Parabenizar o trabalho de Wellington diante público,
dizer a sociedade que existe esse trabalho, mas que o poder público muitas vezes
não chega pra dar o mínimo, nem um pão para dividir pra esses meninos. E eles
precisam disso.
Wellington
Wagner – Eles fazem a visita, mas pra estender a mão temos poucos, como você
Paulo, como a gente vive de voluntários. Você usou a experiência que tem na
enfermagem pra nos ajudar, sem cobrar nada, foi lá, saiu da sua casa e chegou
lá na residência e tirou cinquenta e poucos pontos, que eu nem lembro mais,
tinha na perna do rapaz de três tiros que ele tomou.
Jeferson Andrade - O
trabalho é voluntário, quem toma conta da casa? A casa fica aberta todos os
dias?
Wellington
Wagner – Todos os dias ela é aberta. Quem fica lá são 15 moradores e sempre
ficam os mais antigos. Tem um rapaz lá que está com um ano e meio morando com a
gente, e ele mora lá, então ele é um dos responsáveis da casa. Tem 15 homens.
Não temos como comportar ainda mulheres. Mas elas vão ao café da manhã e as
outras mulheres que vão pra casa, as esposas dos que foram recuperados, que tem
sua casa, família abençoadas hoje, elas ajudam a tomar conta dessas mulheres
que chegam lá.
Jeferson Andrade –
Existe um limite de moradores na casa e o que precisa para ser um morador do
PELOPES? Qual a
exigência, paga alguma coisa? Quais os critérios?
Wellington
Wagner – Infelizmente existe limite. Se nós tivéssemos ajuda do Governo,
ajuda de quem tem mais condição não teria limites porque não há limite pra quem
sofre. Tem muita gente sofrendo na nossa cidade, no nosso bairro. E eles não
pagam nada, não precisam ser só dependente químico. Não precisa. Chegou lá na
porta e dizer assim: “Eu preciso de ajuda”...Essa pessoa vai ter ajuda.
Edward Rocha – Hoje
vocês tem uma casa de acolhimento, especificamente masculina, por enquanto.
Wellington
Wagner – Uma casa alugada. É aberta à criança, mulher, todo mundo. É um salão
que a gente fez com nossos próprios recursos, tem ar condicionado, porta de
vidro, cadeiras, tem tudo, tem um café quando termina, especial para as
pessoas, e tem essa palestra que é a Palavra que muda a vida da pessoa.
Jeferson Andrade – A
igreja dá algum apoio?
Wellington
Wagner – Esse trabalho não tem nenhum vínculo com a igreja. A gente vai na
igreja, mas a gente não tem nenhuma aliança com a igreja.
Edward Rocha - Em
termos financeiro.
Wellington
Wagner – Exatamente. Isso.
Edward Rocha - Você tem testemunhos de vidas recuperadas? Cite dois ou três grandes
testemunhos de recuperação e superação.
Wellington
Wagner –Temos dona Liliane que ligou, é muito forte o testemunho dela. Temos vários,
pra mais de cem pessoas hoje recuperadas. Eu sempre recebo mensagens no
whatsapp agradecendo, pessoas que estão em outro bairro hoje, que já foram
recuperadas, que estão libertas de insônia e por aí vai. Mas eu podia trazer
três aqui que são bem diferentes.
Um que foi o morador que precisou morar na casa,
que é o Davi. E o outro não precisou morar na casa, mas também tinha uma vida
destruída, que é o Cristiano, conhecido no bairro como Dedé, que chegou a
passar muita necessidade, e tem também dona Nazaré que nunca usou droga, também
foi lá, participou, precisou, o filho dela vivia drogado, Valério, conhecido
como Leleco e que hoje está recuperado, graças a Deus, já faz três anos que
está livre.
São três tipos de pessoas pra mostrar que não é só
o dependente químico que precisa de ajuda. Às vezes você está em casa e é um
dependente químico pra dormir, então você precisa de ajuda pra se libertar. Eu
falo pra você que você tem jeito, você tem cura.
A seguir os
testemunhos:
Jeferson Andrade – Davi, o
que foi que mudou na sua vida depois que você conheceu o PELOPES?
Davi – O
que mudou na minha vida foi que eu entrei nas drogas novo. Aos 11 anos de idade
eu perdi a minha mãe e aos 12 anos comecei usar drogas, comecei a usar maconha.
Quando cheguei a 13 pra 14 anos eu já estava viciado no crack e aos 17 anos
perdi o meu pai. Cada ano da minha vida, ao invés de ter melhora eu tinha
piora, pensando que conhecia as amizades erradas, ia para as festas, para a
praia usar drogas, roubar, fazer o que não podia e assim eu fui aprofundando
nas drogas, até chegar no fundo do poço, que foi quando conheci Wellington.
De tanto eu roubar, roubava em casa, meus irmãos,
tudo o que meus irmãos deixava em casa eu pegava. Chegou um tempo que ele não
aguentou mais o meu vício que já tinha tomado conta de mim, eles tomaram uma
providência, alugaram uma casa e me fizeram sair da minha casa e eu fui morar
na casa que eles alugaram.
E foi nesse dia que eu quando conheci Wellington,
tinha acabado de fumar uma pedra de crack e sai pra o meio da rua desesperado
porque eu não aguentava mais essa vida. E falando com um colega que estava do
meu lado, dizendo que precisava ir pra uma igreja, senão eu ia morrer de tanto
usar drogas. Fora os inimigos que a gente tinha de dívidas, de roubo, de tudo.
Foi assim que eu conheci o PELOPES e não existia
nem PELOPES ainda, era só ele. Eu estava na calçada atordoado, que eu tinha
acabado de usar uma pedra de crack, ele chegou pra mim e falou: “Eu posso te
ajudar”. Eu já ia levantar e correr porque eu pensava que eram os inimigos pra
me matar. E ele disse: “Eu tenho café da manhã, todos os dias. Se você quiser
tomar um café comigo, eu vou te buscar.
Foi quando decidi mudar minha história, quando eu
falei que precisava ir pra igreja mudar a minha vida, quando ele me acolheu na
casa dele, sem me conhecer, me botou pra morar no quarto da filha dele, vizinho
aonde eu morava.
Wellington
Wagner – Quando ele chegou não tinha pra onde ir nem eu não tinha condições
de alugar uma casa. Eu botei ele pra morar comigo na Academia. E Liliane
também, ela dormia no quarto com minha filha.
Davi –
Chegando lá ele me acolheu e começou a me ensinar a tomar atitude certa na vida
e fui levando a serio o ensinamento dele.
Hoje eu sou casado, tenho minha esposa, minha casa,
meu filho que nasceu agora, vai fazer dois meses, que era o que a gente mais queria
no nosso casamento. Deus nos deu essa honra. Tenho meu trabalho, graças a Deus
é abençoado meu comércio, trabalho pra mim mesmo e prospero. Hoje sou um homem
independente. De volta à sociedade, que de onde eu fui excluído, hoje estou de
volta à sociedade.
A terceira ouvinte
falou com Wellington através do telefone:
Lígia (pelo
telefone) – Conheço o grupo PELOPES, eu moro na Praça Pacaembú, eu queria uma
forma de parabenizar esse grupo, parabenizar esses meninos porque eu nunca vi,
os anos que moro aqui há 27 anos, eu nunca vi a praça tão bonita, tão arrumada,
está tudo muito limpo, eles estão pintando as árvores, o meio fio. Eu sou
testemunha do que eles têm feito aqui.
Então eu queria parabenizar esse grupo, o diretor e
dizer a ele que está de parabéns porque é um incentivo muito bonito esse
testemunho que esse rapaz acabou de dar. Eu sou testemunha de tudo porque moro
na Praça Pacaembú. E que cada dia eles cresçam mais.
Se cada praça, cada lugar tivesse um grupo desse, a
gente tem certeza que as coisas funcionavam melhor.
O terceiro ouvinte
falou com Wellington através do telefone:
Márcio (pelo telefone) - A cada dia eu venho aprendendo mais coisas através de
seu Wellington, porque aqui a gente tem uma Palavra para que a gente venha
transformar. O projeto tem mudado a minha vida. Não tenho do que falar. Eu me
sinto muito honrado.
Wellington Wagner – Você procurou o PELOPES por que como você estava vivendo? Como você
chegou no PELOPES?
Márcio (pelo telefone) – Eu estava no fundo do poço. Totalmente destruído.
Wellington Wagner – O que é o fundo do poço pra você?
Márcio (pelo telefone) – Viver na rua, não tinha rumo na minha vida, me
drogando direto, bebendo, não tinha pra onde ir, batia numa porta, batia
noutra, ninguém me socorria. E quando cheguei, eu fui bem recebido.
Wellington Wagner – Você ainda mora na rua?
Márcio (pelo telefone) – Não.
Wellington Wagner – Ainda bebe, usa droga?
Márcio (pelo telefone) – Graças a Deus não.
Wellington Wagner – Você tem seu trabalho direitinho, ganha seu dinheiro?
Márcio (pelo telefone) – Trabalho e ganho meu dinheiro todos os dias.
O quarto ouvinte falou
com Wellington através do telefone:
Gustavo (pelo telefone) – Eu participo desse grupo também. Já morei nessa
casa, passei um tempo ali, e hoje estou na minha casa com minha esposa, com
minha família. Restaurei minha vida inteira através do PELOPES, através desse
homem de Deus, seu Wellington. Me botou pra frente, me ensinou muito, tudo que
sei hoje eu aprendi com ele.
Vim de São Paulo pra Natal, cheguei aqui sozinho, abandonado, estava na
rua, só com uma mala de roupa na mão, sem saber pra onde ir. Foi a primeira
porta que se abriu, me acolheu, me resgatou, me ensinou a ser um homem de
verdade.
Eu era viciado, tinha vários problemas, então eu estava um nada, eu era
nada no mundo. Hoje estou totalmente mudado. Consegui construir minha família
que tanto sonhei. Adquiri minha casa, minhas coisas, tenho toda aminha família
por perto, trabalho pra mim. Isso tudo eu aprendi como conquistar através de
seu Wellington, foi o homem que me ensinou tudo o que eu sei hoje. Me ensinou
que Deus era a melhor escolha a se fazer, mostrou como.
Através dos exemplos
que eu escutei foi assim que eu mudei. Como a nossa vida na sociedade vira as
costas pra gente, nos trata como um nada. Ele me tratou como se eu fosse um
filho, eu tenho seu Wellington pra mim hoje como se fosse meu pai. Então o que
ele diz pra mim eu obedeço, acato porque sei que tudo que vem da boca dele vem
de Deus.
Continuando os
testemunhos:
Jeferson Andrade – O que o levou a procurar o PELOPES?
Cristiano – Eu viciado nas drogas, o casamento destruído, fazia coisas erradas,
roubava, não cheguei a morar lá não. Então através de uma pessoa que me fez
esse convite pra ir para o PELOPES e chegando lá fui participando das reuniões.
A pessoa que me convidou era uma pessoa que frequentava lá. Hoje em dia ele não
frequenta mais. Fui aprendendo na palestra, e fui mudando meus hábitos. Reconstruí
meu casamento, minha família, me livrei das drogas. Foi um passo a passo. E
graças a Deus, tudo abençoado na minha vida. Tenho filhos, meu próprio comércio,
Participo e ajudo ao PELOPES.
Jeferson Andrade – O que a levou a procurar o PELOPES?
Dona Nazaré – Eu não procurei, fui convidada. Doze anos meu filho na cocaína,
tocando pagode, e eu com depressão, e aí, ao decorrer dos anos, 12 anos, Cristiano
chegou um dia na minha casa e disse: cadê Leleco? E disse: Eu acho que mataram
ele. Faziam quatro noites, quatro dias que não tinha mais notícias. Eu fiquei
na calçada com minha mãe de 84 anos, e quando olhei chegaram homens de camisas
pretas e era justamente o pessoal do PELOPES. E ali naquele momento quando esse
homem olhou pra mim, pegou na minha mão e disse: A senhora crê em Deus? E fez
uma oração. E ele disse: A partir de agora ninguém vai tocar no seu filho. E me
pediu que fosse ao café da manhã. E eu fui. Tudo que ele me falou ficou na
minha cabeça, gravado até hoje. E meu filho chegou como aquele homem havia
dito. No outro dia fui pra o PELOPES e estou lá até hoje.
Hoje ele está recuperado, já casou, está trabalhando, eu durmo bem, sou
feliz. Só tenho agradecer à seu Wellington por tudo de bom que aconteceu que
foi salvar a vida do meu filho e a minha. As pessoas já não me respeitavam, mas
Deus é grandioso e hoje eu sou respeitada e o meu filho também.
O meu filho Valério, vendeu tudo o que era de música, mudou totalmente,
trabalha na rua com vendas. Os lugares aonde ele tocava na Praia do Meio,
barzinhos chiques, na Via Costeira, mas o dinheiro era pra drogas. Hoje ele
trabalha só na Praia de Ponta Negra e nos Shoppings. Um novo homem.
Sou uma parceira do PELOPES com muita honra, muita fé na Palavra que
todos os dias eu me conforto com ela.
Depoimento via whatsapp:
Jornalista Waldilene
Farias – Quero parabenizar Wellington que
está a frente do PELOPES, que tem sido incansável no resgate de vidas de
pessoas que estão sofrendo. Sou testemunha e parceira, ajudando e divulgando e
até tentando fazer chegar o PELOPES às autoridades que não aparecem para ajudar
a casa.
Fabiano (pelo telefone) – Cheguei acabado no PELOPES, família destruída, minha mãe
doida, eu acabado nas drogas, com duas crianças passando dificuldades. De lá
pra cá só transformando, cada vez crescendo mais.
Jeferson Andrade - Como
você se sente ao ver um morador da Casa PELOPES ter sua vida totalmente
transformada?
Wellington
Wagner – Essa é a realização de um homem de Deus. Quando o homem entrega, doa
a vida dele pra o Senhor Jesus o maior sonho realizado é quando aquela pessoa, quando
a Palavra de Deus é manifesta numa pessoa que a medicina não resolve mais a
situação dela. Quando o médico, o ser humano ele estuda anos e quando chega um
certo limite dele, quando diz que não dá mais, entra o homem de Deus e através
da Palavra de Deus liberta essa pessoa daquilo que não tinha mais jeito. Isso é
a realização de um sonho.
Edward Rocha - Quem quiser ajudar com doações, o que fazer?
Wellington
Wagner – Procurar no endereço Praça Pacaembú, nº 34, no Conjunto Gramoré,
próximo ao Ginásio Nélio Dias. E também pelo telefone whatsapp 98726-9710
Edward Rocha – Os
rapazes que moram no PELOPES faz manutenção na praça?
Wellington
Wagner – Todo dia a gente faz limpeza da praça. Agora estamos pintando todas
as árvores, podamos, limpamos. E agora vamos partir para outra praça.
Edward Rocha – Que
bom se a Prefeitura reconhecesse esse tipo de coisa, não obrigatoriamente vir
com ajuda financeira, mas que viesse pelo menos dizer: Obrigado.
Wellington
Wagner – Nosso objetivo em 2017 é que em todo o Conjunto Gramoré a gente
tenha limpado todas as praças, organizado.
Edward Rocha – Faça as suas
considerações finais.
Wellington
Wagner – Tudo isso que a gente falou nessa uma hora, o mais interessado é
você que está ouvindo ou lendo o testemunho dessas pessoas, que estão sofrendo.
O nosso trabalho não está aqui pra mostrar pra todo mundo que a gente trabalha
pra mostrar as nossas condições porque toda Honra e toda Glória não é nossa,
mas é pra chegar até você que está ouvindo, ou lendo aí, que de repente não
dorme à noite, de repente está aí e sabe que seu filho faz dois, três dias que
não chegou em casa, que seu esposo é um drogado, não foi em vão que Deus
permitiu você ouvir, ou ler isso. Então deixo o convite pra você mudar sua
vida. Não importa quem é você. Não estou te chamando pra mais uma religião. Não
é uma religião. Não é uma igreja. É pra mudar a história da sua vida. Talvez eu
não mude a história desse bairro, talvez eu não mude a história da cidade, mas
eu posso mudar a história da sua casa. Eu convido você pra tomar um café comigo,
ligar, entrar em contato, chegando lá será bem recebido. Você vai fazer parte
dessa família chamada PELOPES e você não vai pagar nada. É gratuito.
Direção e Produção:
Jornalista Waldilene Farias
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