A
feira que reúne uma variada programação artesanal, cultural e
gastronômica, a Fiart, termina no próximo domingo (02), no Pavilhão das
Dunas do Centro de Convenções de Natal. A deputada estadual Márcia Maia,
uma das grandes entusiastas do evento, visitou o pátio da feira na
última quinta-feira (30) e ouviu uma série de desabafos dos artesãos que
se mostravam insatisfeitos com a política do Governo do Estado para o
setor.
Falta de apoio na comercialização de artesanato,
redução drástica do número de feiras pelo RN e ausência nos eventos
nacionais e internacionais, além do fim de programas de qualificação
profissional voltada para o artesanato e a formação técnica de novos
artesões pelo estado estavam entre as principais reclamações ouvidas
pela parlamentar.
Entre as artesãs insatisfeitas estava Ana Lúcia, de
Ceará-Mirim. “A nossa categoria está abandonada. Tínhamos uma associação
em Ceará-Mirim que funcionava e tinha um importante apoio do Governo do
Estado, chegamos a ir para a Espanha representar o estado em feiras
internacionais. Agora, até a nossa associação fechou por falta de
apoio”, afirmou a artesã, que produz cestas de palha de carnaúba.
“Queremos aquele mesmo apoio de volta”, pediu.
A parlamentar lamentou a situação e lembrou as ações
realizadas pela Secretária de Trabalho, Habitação e Assistência Social
(Sethas), quando além da realização e apoio às feiras na capital e
interior, ainda contava com o incentivo na participação de comitivas
potiguares dentro e fora do país, fórum permanente dos artesãos do RN,
promoção do Desenvolvimento Solidário, dentre outras.
“Não há mais feiras no interior do estado, pouca
assistência técnica do governo, queda de produção, a falta de apoio na
comercialização de artesanato, propusemos microcrédito, além de fórum
permanente que foi ativado na minha gestão na Sethas, um canal direto
junto a Sebrae, Banco do Nordeste e Associações. A gente trabalhava
escutando o segmento. Fórum não existe mais, e foi muito forte a fim de
promover o desenvolvimento da atividade”, destacou ela.
Para Márcia, o investimento em artesanato é garantir
não apenas emprego e renda para a população da capital e do interior,
mas também oferecer a chance de divulgação da cultura do Rio Grande do
Norte para o país e o mundo.
“No Brasil, o setor de artesanato movimenta R$ 50
bilhões por ano. São mais de 8,5 milhões de pessoas envolvidas com a
atividade no país e quase metade da produção está no Nordeste. Na
Assembleia, cobramos constantemente apoio ao setor e esperamos que se
olhe para essa categoria, que colabora de forma substancial para nossa
economia, com a devida atenção”, disse.
Fiart
Os artesãos
que participam das Fiart’s tem origem em diversos municípios do Rio
Grande do Norte, todos os estados brasileiros e muitos países, como
Bolívia, Peru, Espanha, Itália, Uruguai ,entre outros.
Com o tema “A originalidade dá forma a novas
oportunidades”, a feira conta com 385 estandes e os organizadores
estimam que 68 mil pessoas deverão circular pelo evento durante o
período. A feira tem apoio da Prefeitura de Natal, Sebrae/RN, Ministério
do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio Exterior e do Governo do
Estado, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da
Assistência Social.
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