O aumento do número de mortes de mulheres vítimas de violência e as formas de combate são temas abordados no evento
Foto: Divulgação
Para debater formas de combate à violência e conscientizar sobre a importância de identificar, sensibilizar e encorajar vítimas de violência doméstica, a Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN – SOGORN realiza no dia 23 de setembro o evento “Em defesa da mulher – Fórum sobre violência”.
O evento acontece às 8h30 no auditório da Federação das Indústrias do Estado do RN – FIERN, situada na Av. Senador Salgado Filho, 2860 – Lagoa Nova. O Fórum vai contar com representantes de diferentes setores, como saúde, educação, judiciário e segurança, para contribuir com as discussões. Aparecida França, secretária da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres (SEMUL) está entre os convidados.
De acordo com a presidente da SOGORN, Elvira Mafaldo, o objetivo do fórum é trazer à tona debates importantes que estimulem a reflexão sobre a problemática da violência doméstica e buscar formas de combatê-la. “A violência contra a mulher não é só uma preocupação do nosso país, é algo mundial, uma preocupação da Organização Mundial da Saúde. O debate não pode ser só com médicos, tem que ser com a população”, pondera.
A presidente da SOGORN também ressalta que o fórum acontece em um momento oportuno, pois até o início de setembro, 69 mulheres foram assassinadas no estado, 27 por feminicídio, que são mortes relacionadas ao gênero da vítima. Os dados são do Observatório da Violência Letal Intencional do RN – OBVIO.
Para Aparecida França, secretária da SEMUL, o evento cumpre um papel importante para sensibilizar e melhorar o acolhimento à vítima. “Temos que treinar nossas equipes, especialmente da área da saúde, para identificar possíveis vítimas de violência doméstica ou familiar. Muitas mulheres têm medo de denunciar, por isso, quanto mais informadas de seus direitos e quanto mais se sentirem acolhidas, mais força terão para se contrapor a essa violência”, comenta.
Sobre a SEMUL
A SEMUL oferece dois serviços para atendimento às mulheres em situação de violência: o Centro de Referência Elizabeth Nasser e a Casa Abrigo Clara Camarão.
A Casa Abrigo Clara Camarão tem como objetivo oferecer moradia protegida e sigilosa por tempo integral às mulheres e seus dependentes, vítimas de violência doméstica, com risco iminente de morte. Desde o início do ano até agora, a Casa já abrigou 66 mulheres.
Já o Centro de Referência funciona na Zona Norte, localizado na Rua Acaraú, 2118, no Conjunto Panatis. O objetivo do Centro é conceder às mulheres em situação de violência, acolhimento jurídico e atendimento psicossocial. Neste ano o Centro já atendeu 338 mulheres.
Já o Centro de Referência funciona na Zona Norte, localizado na Rua Acaraú, 2118, no Conjunto Panatis. O objetivo do Centro é conceder às mulheres em situação de violência, acolhimento jurídico e atendimento psicossocial. Neste ano o Centro já atendeu 338 mulheres.
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