Fotos: Jornal Clarim Natal
A
reunião do Orçamento Participativo aconteceu no último dia 14, na Paróquia Dom
Bosco, no Gramoré com a participação de moradores do Conjunto. A organização ficou
por conta da Sempla – Secretaria Municipal de Planejamento.
O
encontro foi realizado por uma equipe coordenada por Fátima Abrantes,
responsável pelo Orçamento Participativo.
O
Orçamento Participativo foi implantado desde a gestão de Aldo Tinoco, reimplantado
na administração de Carlos Eduardo, interrompido durante o governo Micarla de
Souza e voltando a existir nesta gestão do prefeito Carlos Eduardo, resgatando
o processo.
Orçamento
Participativo é o poder público abrir um espaço para que a população, todo e
qualquer morador da cidade possa deliberar sobre os recursos do município.
O
Orçamento Participativo foi assegurado na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO)
do município, na Lei Orçamentária Anual (LOA) e no Plano Plurianual (PPA)
através de votação na Câmara Municipal, onde foi aprovado 1% da receita
tributária do município, ou seja, 1% do que se paga de impostos ficou destinado
para a população.
Durante
o encontro que aconteceu na Igreja Dom Bosco os moradores que participaram
foram credenciados. Segundo a coordenadora Fátima Abrantes o banco de dados do
Orçamento Participativo está sendo reconstruído, uma vez que já não existia
mais nenhum documento. “Foi formada uma comissão do Orçamento Participativo,
que tem representantes das quatro regiões que vem construindo através de
reuniões”. Ano passado foi realizada as reuniões regionais, ficando destinado
para cada região, o valor de R$ 1.250.000 (hum milhão duzentos e cinquenta mil
reais). Segundo a população presente na Conferência do Orçamento Participativo foi
escolhido para a Zona Norte este valor para a regularização de terrenos para a
construção de unidades básicas de saúde.
Durante
a reunião o morador e líder comunitário Sena falou sobre os problemas do
Conjunto, como saúde e mobilidade. Em sua opinião, a prioridade é para a saúde.
“O posto daqui é uma vergonha para a nossa comunidade”, falou.
Segundo
a moradora Antonia, “funcionário temos demais, todos eficientes, agora,
medicamentos não tem nada, o prefeito não manda nada para os nossos
funcionários trabalhar, e isso é uma vergonha”, disse.
Dona Antônia, sentada do lado direito da foto
Dona Antônia, sentada do lado direito da foto
A
assistente social Valcir, também moradora do Gramoré, representou a praça Mauá
reivindicou uma reforma no local que se encontra abandonado há muito tempo. “Os
bancos estão todos quebrados pelos vândalos e precisa de plantio de árvores e
de uma academia para os idosos”.
Assistente social Valcir
E
a dona Antônia voltou a falar: “A academia vizinha ao Ginásio Nélio dias foi
fechada. Abriram uma no Ralf, onde nenhum idoso não tem condições de fazer nada
lá. É ir pra lá e ser assaltado, porque Gramoré está totalmente abandonado”.
Logo
após foi a vez do técnico de enfermagem e líder comunitário Paulo enfermeiro
falar. Ele lembrou que em outras oportunidades Gramoré foi contemplado com o
Orçamento Participativo e até hoje é esperado.
Paulo
pediu que fosse feito o encaminhamento
No
dia 26 de novembro de 2013 foi protocolado no Gabinete Civil da Prefeitura de
Natal um requerimento de iniciativa popular com todas as demandas do Gramoré,
“e até hoje não houve nem o respeito da Prefeitura ou do Gabinete Civil com o
agendamento que fizeram conosco, eu, Sena e Abel”. Segundo Paulo enfermeiro,
foram encaminhadas 48 demandas.
Paulo
falou sobre as três principais demandas. A mobilidade, “que temos o anel viário
que faz mais de dez anos que nunca sofreu uma reforma; a iluminação do anel
viário é precária; assalto é frequente à luz do dia, imagine à noite; a questão
da segurança patrimonial; e a questão de lazer, cobramos a reforma em nossas
quadras”.
Continuando
Paulo: “Temos cinco quadras e infelizmente estão todas caídas. Acredito que
isso também gera muita violência. Quando leva a juventude para as drogas é por
falta de esporte e lazer”.
“Então
são 48 demandas que encaminhamos e que a comunidade fique ciente disso. Não é
politiquês. Uma comissão de amigos que gostam do Gramoré sentou e detectou
algumas demandas”.
Para
Macedo, morador do Gramoré há 23 anos, os secretários das diversas pastas
deveria estar presente na reunião para acompanharem tudo o que está sendo
falado sobre as dificuldades da comunidade.
Nas
palavras do padre Francisco, “infelizmente o nosso povo ainda não está
acostumado com aquilo que é chamado cidadania; grita muito, mas na hora de se
organizar é um Deus nos acuda. Sem participação social é uma coisa vazia”. E
citou a frase: “Honesto cidadão e bom cristão. Respeitando os demais, não
fazendo diferença entre católico, crente, espírita; se tratando de ação social,
todo mundo. Lideranças e participação”.
E
o padre continuou: “Digo a vocês que faço questão de participar como líder da
comunidade”. Ele frisou: “Se queremos um bairro melhor precisamos que todos de
fato se unam”.
A
última fala foi de Gasparina, em defesa do trabalho dos funcionário da Unidade
de Saúde do Gramoré, quando foi citado em público pela assistente social Valcir
a ausência da vacinação no dia D de Vacinação contra a gripe, devido à greve na
Saúde. Gasparina explicou a todos que a
Unidade ficou aberta o dia inteiro, onde foi realizada a vacinação.
O
Jornal Clarim Natal esteve no local no Dia D de Vacinação e conferiu de perto a
presença de todas as agentes, enfermeiras e técnicas de enfermagem fazendo a
vacinação. Uma semana antes a direção da Unidade se reuniu com as técnicas de
enfermagem e uma comissão de moradores do Conjunto para discutir alguns pontos,
entre dificuldades e melhorias na unidade e informou a presença de todos na
vacinação independente da greve. E assim
aconteceu.
Após
alguns moradores presentes falar foi realizada a votação das três primeiras prioridades
temáticas escolhida pelos presentes.
A
votação das temáticas foi a seguinte:
Para
a 1ª prioridade os moradores escolheram:
Saúde – 56 votos
Cultura
– 1 voto
Esporte
e Lazer – 5 votos
Habitação
– nenhum
Obras,
Urbanismo e Saneamento Básico – 2 votos
Educação
– 2 votos
Assistente
Social – 1 voto
Mobilidade
– 10 votos
Para
a 2ª prioridade os moradores escolheram:
Saúde
– 9 votos
Cultura
– 1 voto
Esporte
e Lazer – 7 votos
Habitação
– 3 votos
Obras, Urbanismo
e Saneamento Básico
– 25 votos
Educação
– 18 votos
Assistente
Social – 2 votos
Mobilidade
– 12 votos
Para
a 3ª prioridade os moradores escolheram:
Saúde
– 7 votos
Cultura
– 1 voto
Esporte
e Lazer – 9 votos
Habitação
– 3 votos
Obras,
Urbanismo e Saneamento Básico – 14 votos
Educação
– 10 votos
Assistencia
Social – 4 votos
Mobilidade – 29 votos
As
três primeiras prioridades escolhidas pelos moradores para o Conjunto Gramoré
foram:
!ª
prioridade – Saúde - com 56 votos
2ª
prioridade – Obras, Urbanismo e
Saneamento Básico - com 25 votos
3ª
prioridade – Mobilidade - com 29
votos
A
apuração dos votos dos moradores foi acompanhada por uma comissão de três
líderes comunitários: Sena, Macedo e Paulo enfermeiro.
A reunião foi encerrada com uma oração com todos os presentes, independente da religião de cada um deles.
Uma nova reunião está marcada para o dia 07 (sábado) na igreja Dom Bosco para discutir os temas escolhidos pela população.
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